Semana passada eu experimentei um prato supertipico daqui: o Holodets. Eh uma gelatina sabor carne. Enquanto no Brasil a gente coloca frutas e chantilly, aqui o negocio eh bife.
Antes de passar a receita, preciso dizer que o negocio eh bom. A principio, a cara e a consistencia dele sao meio estranhas. Passado o medo, voce se delicia.
Para preparar o Holodets, um ingrediente eh fundamental: paciencia. Isso porque a carne precisa ser cozinha por 7 horas em fogo baixo.
Holodets:
Coloque um quilo de carne na panela e cubra com agua (a agua deve ficar uns 8 cm acima da carne). Tampe a panela ateh ferver.
Adicione sal e cozinhe a carne por 7 horas. Retire a gordura que vai saindo com uma colher.
Ao acabar, separe a carne dos ossos e desfie tudo. Passe o caldo todo por uma peneira. Coloque a carne num prato fundo e despeje o liquido.
Quando a gelatina se formar, pode comer. Ou nao...
Fui.
Sunday, January 27, 2008
Tuesday, January 22, 2008
O inverno que a gente assiste.
A primeira coisa que me perguntam quando o assunto eh Russia eh: e o frio? Resposta: e o frio?
Como voce pode ver na foto, apesar da neve e do frio, estou de camiseta. E eh assim que eu passo quase todo o meu dia. Quando a gente nao tem rotina de turista, que passa o dia todo na rua, o frio eh um espetaculo que a gente assiste de camarote. A neve eh igual aos bichos do simba-safari: eu vejo de pertinho, mas do outro lado do vidro.
Para ser bem honesto, eu passava muito mais frio em SP do que em Moscou. A diferenca eh simples: aqui, tudo tem aquecimento. Minha casa eu deixo nos 27 graus. O carro, nos 28.5 (opcao do meu motorista, tema do proximo post) e o trabalho nos 25C.
O unico momento do dia que eu preciso de jaqueta eh para andar da porta de casa ateh o carro, do carro pro trabalho e vice-versa. Ah, e para ir de casa ateh a academia.
Fora isso, o inverno na Russia nao eh mais o mesmo. Com o aquecimento global (ou nao), o inverno amenizou. Ha tres anos que quase nem neva mais. A temperatura oscila entre -3 e +3. Quase igual a Campos de Jordao, em julho. Essa neve ai da foto eh uma imagem rara, fruto de uma nevezinha que caiu no final de semana.
Fui.
Como voce pode ver na foto, apesar da neve e do frio, estou de camiseta. E eh assim que eu passo quase todo o meu dia. Quando a gente nao tem rotina de turista, que passa o dia todo na rua, o frio eh um espetaculo que a gente assiste de camarote. A neve eh igual aos bichos do simba-safari: eu vejo de pertinho, mas do outro lado do vidro.
Para ser bem honesto, eu passava muito mais frio em SP do que em Moscou. A diferenca eh simples: aqui, tudo tem aquecimento. Minha casa eu deixo nos 27 graus. O carro, nos 28.5 (opcao do meu motorista, tema do proximo post) e o trabalho nos 25C.
O unico momento do dia que eu preciso de jaqueta eh para andar da porta de casa ateh o carro, do carro pro trabalho e vice-versa. Ah, e para ir de casa ateh a academia.
Fora isso, o inverno na Russia nao eh mais o mesmo. Com o aquecimento global (ou nao), o inverno amenizou. Ha tres anos que quase nem neva mais. A temperatura oscila entre -3 e +3. Quase igual a Campos de Jordao, em julho. Essa neve ai da foto eh uma imagem rara, fruto de uma nevezinha que caiu no final de semana.
Fui.
Wednesday, January 16, 2008
Comecou bem...
Depois das aventuras passadas em Londres (ver ultimo post), achei que meu karma turistico estava pago por umas tres reincarnacoes. Again: Haha. Tudo bem que ninguem vomitou em mim no Brasil, mas acho que foi soh o que faltou.
Antes que eu seja injusto com a viagem, foi otimo rever os amigos, ficar com a familia, curtir um calorzinho, pegar uma cor, nadar no mar, ver golfinhos, etc. Soh que o preco pago nao foi dos mais baixos.
Soh para facilitar a sua vida, vou descrever o roteiro: Moscou-SP-Natal-SP-Moscou. Na verdade, quero deixar parte do episodio Natal para o fim porque eh beeeem longo.
Vou comecar pela parte boa. Natal tem coisas muito bonitas. Coisas que soh o Brasil tem: essa mistura de praia, duna, agua doce e salgadas, fauna marinha, calor, vento e tudo mais. Vale a pena conhecer. Eu nao voltaria, mas isso eh outro assunto. Em meio aa essa maravilha toda estao os hoteis e os passeios (como disse, o hotel fica para o final). Um dos passeios mais tradicionais de lah eh o passeio de buggy nas dunas de Jenipabu. Tem com emocao e sem emocao. Minha sugestao: sem emocao. E nao eh por medo nao, eh porque eu sou ateu e nao tenho Deus para pedir socorro quando a vaca vai pro brejo. No meu caso, foi soh um coccix inflamado. No hospital, contudo, teve gente com nariz quebrado, dente quebrado, braco quebrado e muitos casos de morte. No Flickr, uma curiosidade: no meu raio-X do coccix tem uma mancha preta. Eh um "pum". Para quem nunca tinha visualizado um...
Pulo agora para a minha volta a Moscou (jah falo do hotel). Comecou no aviao. Embarque no horario (contradizendo todas as previsoes) e previsao de um voo sem problemas. Falou, dancou. Depois que todo mundo estava sentado no aviao, comeca a angustia. O APU (Auxiliary Power Unit) nao estava funcionando e, como resultado, tivemos o prazer de ficar uma hora e meia numa cabine que beirava os 40 graus. Celsius. Tinha gente sem camisa, idosos passando mal. Caos total. Resolvido um problema, nasce outro. Eu tinha uma conexao em Paris 55 minutos apos a chegada. Ou seja, perdi o voo de conexao e tive que pegar o ultimo voo do dia, para chegar em Moscou aas 18h30 (sendo que no dia seguinte eu voltava pro trabalho). Chegando em Moscou, mais caos. Todas as esteiras de bagagem com problema. Mas eu nao tive que me preocupar com isso porque minha bagagem nao chegou. Meu problema foi enfrentar 3 horas de indas e vindas na fila das bagagens perdidas. Eu e mais uns 500 perdidos. Quando eram quase 22h consegui ir para a minha casa, sem mala e sem forcas para mais nada. A bagagem chegou 2 dias depois com o ziper cortado. Daqui para frente nao tenho mais como lacrar essa mala...
Agora, vamos ao que interessa: o Hotel. Se alguma vez voce resolver ir a Natal, me prometa uma coisa... Pensando bem, duas coisas: nao ir no Reveillon e, atencao, nao ficar no Hotel Parque da Costeira. Esses dois fatores somados garantem a voce uma experiencia inesquecivel. Pena que seja para o lado ruim da coisa. Como esse post jah estah virando um Testamento, vou parar de escrever e colocar aqui a carta que mandamos para CVC, Hotel e Agencia de Turismo. Divirta-se. Afinal, no coccix dos outros eh refresco, neh?
Fui,
A
Ps - Tem fotos no Flickr.
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Natal, 04 de Janeiro de 2008.
A Gerente Geral do “Hotel” Parque da Costeira.
A CVC (Diretoria)
A Idealle Viagens (Sra. Fátima).
Tem a presente a intenção de colaborar com a melhoria dos serviços do “hotel” Parque da Costeira, pelo qual nos entusiasmamos após visitar o site (belas instalações, bons recursos, piscinas, meia pensão, etc.). Por intermédio da Idealle Viagens, fechamos um pacote para 4 pessoas (quartos 133 e 309), esperando uma estadia agradável, coerente com o que havíamos visto no site, visto que todos os anos selecionamos um bom hotel para as ferias.
Qual não foi nossa surpresa e frustração ao ver que nosso investimento não daria o retorno esperado e, pior, nos daria dores-de-cabeça diárias, do primeiro ao ultimo dia.
1) Logo na chegada, a recepção nos deu indícios do que seria o resto da estadia: muita confusão e desorganização. Filas enormes, falta de quartos, quartos sem toalhas, quartos sem roupa de cama, sem limpeza, hóspedes ocupando quartos que deveriam estar livres para os recém-chegados (vale ressaltar que eram 15h, muito além do horário de check-out).
2) Em meio a esse caos, outra característica que se mostrou uma regra e não uma exceção: o mau atendimento. Ao invés de reunir o grupo, explicar a situação e oferecer alguma forma de compensação, os funcionários Silvana e Ricardo (recepcionistas no dia) se limitavam a dizer “Esperem a chamada pelo nome”, até que a situação se tornou incontrolável e a verdade veio à tona. Nesse momento, quando requisitamos a presença do gerente a resposta foi ainda mais mediocre “O gerente não está, mas vai entrar em contato assim que possível”. Após 7 dias, concluímos que ele não vai entrar em contato ou não está muito preocupado com seus hóspedes.
3) Após 1h30 de muita discussão, chegamos ao quarto. Mais uma vez, ficou claro que aquilo que o “hotel” anuncia não é o que ele oferece: o quarto não tinha armários. No lugar do mesmo, havia uma viga de madeira com alguns cabides.
4) Ao notar tamanha falta de estrutura, resolvemos entrar em contato com a recepção. Nesse momento, ficou claro o quanto o “hotel” é antigo e qual é a falta de atenção aos detalhes. A lista de ramais COLADA NO TELEFONE DO QUARTO dava como número da recepção o número de um quarto de hóspedes (134). O pobre turista disse não agüentar mais receber ligações (mais um sinal de que a insatisfação não era só nossa).
5) Já que o assunto é telefone e atenção, fica aqui o relato de um dos dias em que usamos o serviço de despertador. Solicitamos a chamada para as 6h45, mas fomos acordados às 6h20. Pelo menos foram 25 minutos ANTES do horário e não DEPOIS. Foi um incômodo, mas não perdemos o passeio do dia.
6) Nos dias seguintes, faltou toalha porque “não tinha”, “não chegou da lavanderia”, ou porque “precisa ir buscar”.
7) Depois de tantos problemas estruturais, fomos experimentar a estrutura gastronômica do “hotel”. Logo no primeiro café (que estava com um gosto horroroso), encontramos folhas no fundo da xícara. Ao mostrarmos o achado para o garçom, ouvimos a seguinte resposta: “Estranho. Vou levar para a cozinha e lavar”. Num Bed&Breakfast isso é quase aceitável. Num hotel caro como este, não.
8) O café acima foi cobrado, assim como quase tudo no hotel. Aqui só não se paga o ar que respira. Tudo aquilo que era anunciado como diferenciais do hotel eram na verdade “extras”. Tudo era cobrado à parte: academia, toalha de praia (!), sauna, Jacuzzi e até (inacreditavelmente) a bolinha de ping-pong. O que não ajudou em nada, visto que TODAS as raquetes estavam quebradas.
9) Mesmo sendo paga, a massagem também teve problemas. Na primeira, a massagista atrasou 1h30. Na segunda, o responsável se esqueceu de marcar a massagem, resultando em novo atraso (mais 1 hora).
10) Chegada a noite do Reveillon, mais surpresas. Primeiro, faltou luz duas vezes pouco antes da ceia. Depois, NA HORA DA CEIA, não tínhamos mesa para sentar. Fomos jogados de funcionário a funcionário, até que improvisaram uma mesa no meio do salão.
11) No dia seguinte (esperamos que o motivo não seja a ceia), um membro de nosso grupo teve problemas intestinais. O papel higiênico do quarto acabou. Ligamos gentilmente para a recepção QUATRO vezes. Na QUINTA VEZ, foi preciso especificar o que estava se passando para conseguir alguma atenção e o esperado papel higiênico.
12) Por falar em ceia. Hoje, três dias após o jantar de ano novo, ainda estamos comendo restos da ceia. É o terceiro dia consecutivo de restos de “Perú à Califórnia” no buffet.
13) O quesito limpeza merece um capítulo à parte. Vamos nos restringir às baratas (três em um quarto e uma no outro) e à sujeira em volta da piscina. Ao mover uma das cadeiras de praia, encontramos embaixo dela: bolos de cabelo, colher, lata, copos, papel de sorvete, embalagens e até um coco verde inteiro. Cadê a faxina das areas comuns?
14) A resposta em todos os casos era padrão: “não sei”, “pode deixar” e “depois eu vejo”. Parecia que eles tinham sido treinados para isso.
15) Para fechar a viagem com chave de ouro, mais um show de falta de consideração. Ao voltar da praia, encontramos todas as nossas roupas espalhadas pelo quarto: em cima da TV, penduradas na viga de madeira, em cima do criado-mudo, etc. (lembre-se que não há armário). O motivo de tudo isso é tão absurdo como o resto da estadia: RETIRARAM UMA DAS CAMAS DO QUARTO. No quarto onde estão mãe e filho existe agora somente uma cama de casal. Ao falar com Edileuza, ouvimos que Berta, a chefa da Governança, autorizou a retirada da cama sem a nossa autorização (!).
A única coisa boa de tudo isso é que estamos indo embora amanhã. Esperamos que tudo isso seja resolvido antes que o “hotel” Parque da Costeira receba novos turistas desavisados. Aliás, o nome deveria mudar para Parque da Barrigueira, visto que é com a barriga que eles andam empurrando todos os problemas que encontramos durante nossa estadia.
Cordialmente,
Andreas, Karin e Márcia Toscano.
Antes que eu seja injusto com a viagem, foi otimo rever os amigos, ficar com a familia, curtir um calorzinho, pegar uma cor, nadar no mar, ver golfinhos, etc. Soh que o preco pago nao foi dos mais baixos.
Soh para facilitar a sua vida, vou descrever o roteiro: Moscou-SP-Natal-SP-Moscou. Na verdade, quero deixar parte do episodio Natal para o fim porque eh beeeem longo.
Vou comecar pela parte boa. Natal tem coisas muito bonitas. Coisas que soh o Brasil tem: essa mistura de praia, duna, agua doce e salgadas, fauna marinha, calor, vento e tudo mais. Vale a pena conhecer. Eu nao voltaria, mas isso eh outro assunto. Em meio aa essa maravilha toda estao os hoteis e os passeios (como disse, o hotel fica para o final). Um dos passeios mais tradicionais de lah eh o passeio de buggy nas dunas de Jenipabu. Tem com emocao e sem emocao. Minha sugestao: sem emocao. E nao eh por medo nao, eh porque eu sou ateu e nao tenho Deus para pedir socorro quando a vaca vai pro brejo. No meu caso, foi soh um coccix inflamado. No hospital, contudo, teve gente com nariz quebrado, dente quebrado, braco quebrado e muitos casos de morte. No Flickr, uma curiosidade: no meu raio-X do coccix tem uma mancha preta. Eh um "pum". Para quem nunca tinha visualizado um...
Pulo agora para a minha volta a Moscou (jah falo do hotel). Comecou no aviao. Embarque no horario (contradizendo todas as previsoes) e previsao de um voo sem problemas. Falou, dancou. Depois que todo mundo estava sentado no aviao, comeca a angustia. O APU (Auxiliary Power Unit) nao estava funcionando e, como resultado, tivemos o prazer de ficar uma hora e meia numa cabine que beirava os 40 graus. Celsius. Tinha gente sem camisa, idosos passando mal. Caos total. Resolvido um problema, nasce outro. Eu tinha uma conexao em Paris 55 minutos apos a chegada. Ou seja, perdi o voo de conexao e tive que pegar o ultimo voo do dia, para chegar em Moscou aas 18h30 (sendo que no dia seguinte eu voltava pro trabalho). Chegando em Moscou, mais caos. Todas as esteiras de bagagem com problema. Mas eu nao tive que me preocupar com isso porque minha bagagem nao chegou. Meu problema foi enfrentar 3 horas de indas e vindas na fila das bagagens perdidas. Eu e mais uns 500 perdidos. Quando eram quase 22h consegui ir para a minha casa, sem mala e sem forcas para mais nada. A bagagem chegou 2 dias depois com o ziper cortado. Daqui para frente nao tenho mais como lacrar essa mala...
Agora, vamos ao que interessa: o Hotel. Se alguma vez voce resolver ir a Natal, me prometa uma coisa... Pensando bem, duas coisas: nao ir no Reveillon e, atencao, nao ficar no Hotel Parque da Costeira. Esses dois fatores somados garantem a voce uma experiencia inesquecivel. Pena que seja para o lado ruim da coisa. Como esse post jah estah virando um Testamento, vou parar de escrever e colocar aqui a carta que mandamos para CVC, Hotel e Agencia de Turismo. Divirta-se. Afinal, no coccix dos outros eh refresco, neh?
Fui,
A
Ps - Tem fotos no Flickr.
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Natal, 04 de Janeiro de 2008.
A Gerente Geral do “Hotel” Parque da Costeira.
A CVC (Diretoria)
A Idealle Viagens (Sra. Fátima).
Tem a presente a intenção de colaborar com a melhoria dos serviços do “hotel” Parque da Costeira, pelo qual nos entusiasmamos após visitar o site (belas instalações, bons recursos, piscinas, meia pensão, etc.). Por intermédio da Idealle Viagens, fechamos um pacote para 4 pessoas (quartos 133 e 309), esperando uma estadia agradável, coerente com o que havíamos visto no site, visto que todos os anos selecionamos um bom hotel para as ferias.
Qual não foi nossa surpresa e frustração ao ver que nosso investimento não daria o retorno esperado e, pior, nos daria dores-de-cabeça diárias, do primeiro ao ultimo dia.
1) Logo na chegada, a recepção nos deu indícios do que seria o resto da estadia: muita confusão e desorganização. Filas enormes, falta de quartos, quartos sem toalhas, quartos sem roupa de cama, sem limpeza, hóspedes ocupando quartos que deveriam estar livres para os recém-chegados (vale ressaltar que eram 15h, muito além do horário de check-out).
2) Em meio a esse caos, outra característica que se mostrou uma regra e não uma exceção: o mau atendimento. Ao invés de reunir o grupo, explicar a situação e oferecer alguma forma de compensação, os funcionários Silvana e Ricardo (recepcionistas no dia) se limitavam a dizer “Esperem a chamada pelo nome”, até que a situação se tornou incontrolável e a verdade veio à tona. Nesse momento, quando requisitamos a presença do gerente a resposta foi ainda mais mediocre “O gerente não está, mas vai entrar em contato assim que possível”. Após 7 dias, concluímos que ele não vai entrar em contato ou não está muito preocupado com seus hóspedes.
3) Após 1h30 de muita discussão, chegamos ao quarto. Mais uma vez, ficou claro que aquilo que o “hotel” anuncia não é o que ele oferece: o quarto não tinha armários. No lugar do mesmo, havia uma viga de madeira com alguns cabides.
4) Ao notar tamanha falta de estrutura, resolvemos entrar em contato com a recepção. Nesse momento, ficou claro o quanto o “hotel” é antigo e qual é a falta de atenção aos detalhes. A lista de ramais COLADA NO TELEFONE DO QUARTO dava como número da recepção o número de um quarto de hóspedes (134). O pobre turista disse não agüentar mais receber ligações (mais um sinal de que a insatisfação não era só nossa).
5) Já que o assunto é telefone e atenção, fica aqui o relato de um dos dias em que usamos o serviço de despertador. Solicitamos a chamada para as 6h45, mas fomos acordados às 6h20. Pelo menos foram 25 minutos ANTES do horário e não DEPOIS. Foi um incômodo, mas não perdemos o passeio do dia.
6) Nos dias seguintes, faltou toalha porque “não tinha”, “não chegou da lavanderia”, ou porque “precisa ir buscar”.
7) Depois de tantos problemas estruturais, fomos experimentar a estrutura gastronômica do “hotel”. Logo no primeiro café (que estava com um gosto horroroso), encontramos folhas no fundo da xícara. Ao mostrarmos o achado para o garçom, ouvimos a seguinte resposta: “Estranho. Vou levar para a cozinha e lavar”. Num Bed&Breakfast isso é quase aceitável. Num hotel caro como este, não.
8) O café acima foi cobrado, assim como quase tudo no hotel. Aqui só não se paga o ar que respira. Tudo aquilo que era anunciado como diferenciais do hotel eram na verdade “extras”. Tudo era cobrado à parte: academia, toalha de praia (!), sauna, Jacuzzi e até (inacreditavelmente) a bolinha de ping-pong. O que não ajudou em nada, visto que TODAS as raquetes estavam quebradas.
9) Mesmo sendo paga, a massagem também teve problemas. Na primeira, a massagista atrasou 1h30. Na segunda, o responsável se esqueceu de marcar a massagem, resultando em novo atraso (mais 1 hora).
10) Chegada a noite do Reveillon, mais surpresas. Primeiro, faltou luz duas vezes pouco antes da ceia. Depois, NA HORA DA CEIA, não tínhamos mesa para sentar. Fomos jogados de funcionário a funcionário, até que improvisaram uma mesa no meio do salão.
11) No dia seguinte (esperamos que o motivo não seja a ceia), um membro de nosso grupo teve problemas intestinais. O papel higiênico do quarto acabou. Ligamos gentilmente para a recepção QUATRO vezes. Na QUINTA VEZ, foi preciso especificar o que estava se passando para conseguir alguma atenção e o esperado papel higiênico.
12) Por falar em ceia. Hoje, três dias após o jantar de ano novo, ainda estamos comendo restos da ceia. É o terceiro dia consecutivo de restos de “Perú à Califórnia” no buffet.
13) O quesito limpeza merece um capítulo à parte. Vamos nos restringir às baratas (três em um quarto e uma no outro) e à sujeira em volta da piscina. Ao mover uma das cadeiras de praia, encontramos embaixo dela: bolos de cabelo, colher, lata, copos, papel de sorvete, embalagens e até um coco verde inteiro. Cadê a faxina das areas comuns?
14) A resposta em todos os casos era padrão: “não sei”, “pode deixar” e “depois eu vejo”. Parecia que eles tinham sido treinados para isso.
15) Para fechar a viagem com chave de ouro, mais um show de falta de consideração. Ao voltar da praia, encontramos todas as nossas roupas espalhadas pelo quarto: em cima da TV, penduradas na viga de madeira, em cima do criado-mudo, etc. (lembre-se que não há armário). O motivo de tudo isso é tão absurdo como o resto da estadia: RETIRARAM UMA DAS CAMAS DO QUARTO. No quarto onde estão mãe e filho existe agora somente uma cama de casal. Ao falar com Edileuza, ouvimos que Berta, a chefa da Governança, autorizou a retirada da cama sem a nossa autorização (!).
A única coisa boa de tudo isso é que estamos indo embora amanhã. Esperamos que tudo isso seja resolvido antes que o “hotel” Parque da Costeira receba novos turistas desavisados. Aliás, o nome deveria mudar para Parque da Barrigueira, visto que é com a barriga que eles andam empurrando todos os problemas que encontramos durante nossa estadia.
Cordialmente,
Andreas, Karin e Márcia Toscano.
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