Pronto. Ta explicado. O principal motivo da viagem era conhecer Mielenhausen (para quem nao sabe, esse eh meu sobrenome). Foi lah que a familia nasceu, 557 anos atras. Meu tataravo foi o primeiro a se cansar da tranquilidade excessiva da cidade e partir para uma um pouco maior (nesse caso, pouco eh pouco mesmo). Desde entao, a familia ensaiava um retorno aa terrinha (nesse caso, mais uma vez, terrinha eh terrinha mesmo). A razao de tanto diminutivo eh simples: Mielenhausen tem 464 habitantes. Eh menos do que um Guarani x Bandeirante de Birigui, em Birigui. Mas isso soh nos trouxe mais diversao. A comecar pela unica interacao humana que nos tivemos (para ser sincero, foi o unico ser humano que nos avistamos lah).
Nos chegamos na "cidade" e meu pai falou (em alemao):
Pai: - Boa tarde, o senhor sabe onde tem um hotel aqui?
Anonimo: - Aqui nao tem hotel.
Pai: - Pode ser pousada.
Anonimo: - Tambem nao tem.
Pai: - Onde fica o restaurante?
Anonimo: - Nao tem restaurante aqui.
Pai: - Ok (jah sem paciencia), onde dah para a gente tomar uma cerveja aqui.
Anonimo: - Olha, se fosse final de semana, o senhor poderia ir na casa do XXXX, mas hoje ele nao vai fazer nada nao...
Completamente frustrados, seguimos nosso caminho. Mas nao por muito tempo porque a rua acabou depois de 200 metros (a cidade tem 2,75 km quadrados). Essa foi outra surpresa de Mielenhausen: todas as ruas acabam no pasto. E rapido. Conhecer a cidade toda levou uns 12 minutos. 12 minutos nos quais eu, curiosamente, me senti em casa...
Parte 2/4.
1 comment:
Eu também fui conhecer a aldeia da minha bisavó em Portugal e foi exatamente a mesma hitória. Uma rua, nenhum comercio e uma igreja de 500 anos. Todos que moram lá são como uma grande familia (200 pessoas) Imagino que, como foi pra mim, a visita de vcs deve ter sido a "atração" mais especial nas ultimas decadas. Todos curiosos pra ver os parentes brasileiros ;) Beijaooo Le
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