Quase dois meses jah se passaram desde que eu fui para o Brasil celebrar Natal e Ano Novo. Mas soh agora consegui arrumar tempo para atualizar o blog. Coisas da vida.
O que contar a respeito da minha passagem pelo Brasil que voce ainda nao sabe? Hmmm… Talvez o cruzeiro de Reveillon.
Fazia tempo que eu queria fazer um cruzeiro. Fiz aquele que voce viu aqui no blog (entre Finlandia e Suecia), mas era soh um dia e quase nao deu para curtir o barco em si. Dessa vez deu.
Cruzeiro nao eh o tipico destino turistico de brasileiro. Brasileiro gosta de variedade e liberdade. Cruzeiro eh coisa de turista Americano ou Europeu que quer o maximo de diversao e alimentacao com o minimo de movimentacao. Ou mais precisamente, como revelou a pesquisa da Royal Caribbean, sao para os:
Overfed,
Newlywed,
Almost dead!
Mesmo nao fazendo parte de nenhum desses grupos, adorei. Se tem uma coisa que eu gosto eh conseguir fazer o maximo de coisas que eu gosto no periodo de um dia. No navio, por ter tudo aa mao, comida sempre disponivel, areas diversas e atividades proibidas em terra (casino), eu consegui achar tempo para fazer tudo que eu queria: estudar Russo, ir na academia, tomar sol, jogar poker, fazer massagem, dancar, etc. O tempo que sobrava entre as atividades, eu usava para comer e dormir. Some tudo isso ao lucro que eu tive no poker durante o cruzeiro (veja o que eu fiz no proximo post) e voce diria que esta foi a melhor viagem do mundo.
Ha Ha Ha. Senta que lah vem a historia (voce jah deve estar sentado, mas essa frase sempre adiciona um pouco de suspense aa narrativa).
Tudo comecou no dia 28 de dezembro, quando um dos responsaveis pelo bar se aproximou do nosso grupo e perguntou: “Voces nao querem garantir a champanhe do reveillon e comprar agora?” Como nao vimos nenhuma desvantagem, resolvemos comprar. Compramos 2 garrafas de Veuve Clicquot e nao pensamos mais no assunto. Dia 31, fomos jantar e nem sinal da champanhe. Durante o jantar, a unica coisa que nohs notamos foi que nosso barco nao parava de navegar para cima e para baixo da Baia de Copacabana. Lah pelas tantas, veio o primeiro banho de agua fria.
Imagine a voz de um Noruegues tentando ser afavel: “Ladies and Gentlemen, unfortunately, due to reasons I cannot understand, our ship has been moved to a different position. I hope we can see anything during the fireworks. Enjoy your dinner.”
(Silencio total no navio.)
Logo depois, veio o Diretor do Cruzeiro, Leo Papa, num tom mais malaco, tipico de quem quer se ausentar de culpa: “Senhoras e senhores, por motivos que nao podemos compreender, a Marinha brasileira estah nos ameacando. Disseram que vao usar a forca caso nao aceitemos colocar o barco mais longe da orla.”
(Mais silencio.)
O silencio era mais nas outras mesas do que na nossa (nohs ainda estavamos pensando nas garrafas que nao chegavam). O motivo de tanto silencio era que o Vision Of The Seas (nosso barco) tinha sido anunciado como “O navio com a melhor vista dos fogos de Copacabana”. E o que estava para acontecer era uma castrofe de proporcoes inimaginaveis…
Mas voltemos ao que importa: eu. Apos o jantar, resolvemos ir ateh a recepcao do navio para entender o que estava acontecendo com a champanhe. Ao chegar lah, vimos uma multidao gritando com a equipe do navio. Pensamos que o problema era a champanhe ateh alguem dizer: “Que champanhe? Voce nao viu onde nosso barco estah?”
Foi entao que resolvemos ir ateh o deck para entender o que estava acontecendo. Para nossa surpresa, o que vimos nao foi a esplendida orla de Copacabana, mas um petroleiro e um barco da marinha com um holofote virado para nohs. De onde estavamos (basta ver a foto), nao deu nem para OUVIR os fogos. Se para nos a desgraca foi pouca, para outros nem tanto. Teve gente que MORA em Copacabana e comprou o pacote com um ano de antecedencia para ver os fogos de frente. Gente que veio de for a do pais, de outras partes do Brasil, etc. Nao aa toa, o resto do Cruzeiro foi quase um motim contra o capitao e a Royal Caribbean.
E, caso voce nao tenha se esquecido de mim, ainda tem a champanhe. A explicacao foi quase tao simploria quanto a do capitao: “Desculpe, mas a Veuve Clicquot acabou. Nohs nao contamos corretamente o numero de garrafas.” Como se fosse facil de engolir. Eu comprei as garrafas dia 28 de dezembro. Qual eh a dificuldade de nao vender as garrafas? Amazing…
O que vai acontecer com a Royal, se vamos receber qualquer tipo de compensacao, se vai acabar em pizza, eu nao sei. Soh sei que mais uma vez consegui uma historia inesquecivel para contar.
Fui.
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