Monday, September 12, 2011

Bem-vindo ao lago Baikal. Ou 0,0000000000001% dele.
Welcome to lake Baikal. Or to 0,0000000000001% of it.


Baikal.
Originally uploaded by Andreas Toscano.
Em julho, fui (finalmente) conhecer o lago Baikal. Antes de falar do lago, vou falar um pouco de Irkutsk, cidade mais proxima do lago. Bem pouco, porque nao ha nada para se fazer lah. Ateh os moradores que a gente conheceu passeando nos perguntaram “O que voces estao fazendo em Irkutsk? Nao tem nada aqui”. Resumindo, se voce for ver o lago, se hospede perto do lago. De Irkutsk, soh o aeroporto mesmo. Ok? Agora vamos ao que importa.
Desde que eu cheguei na Russia, eu tenho uma lista com coisas que eu quero ver: o Baikal, os Urais, a Trans-siberiana, a Aurora Boreal e Kamchatka. Mas como todos eles ficam longe de Moscou (e em escalas russas, isso pode significar ateh 10 fuso-horarios a mais), eu sempre deixava para depois. Ateh agora. Este ano, a maioria dos estrangeiros que moram aqui resolveu conhecer a Russia. Estamos com varias viagens marcadas e a primeira delas foi para o lago Baikal.
O Baikal para quem nao conhece (ou acha que eh nome de vodka), eh o maior lago do mundo (apesar de, tecnicamente, o Mar Caspio ser maior). Mas quando eu digo maior, nao eh para voce pensar num lago grande. Eh para voce pensar em algo gigante, com G maiusculo e em bold. Ele eh maior do que a Belgica inteira. Soh de agua.
A agua do Baikal eh uma das mais claras do mundo, com visibilidade media de 40 metros. O que nao quer dizer muito porque a profundidade media eh de 740 metros (media!) e tudo que se ve da superficie eh um azul escuro com raios de sol que se perdem numa profundidade de ateh 1500 metros. O lago contem 20% de toda a agua doce de superficie do mundo e, a margem do lago, equivale a 1/3 da costa maritima brasileira.
No inverno, o Baikal muda completamente. Eh como se colocassem um novo estado no pais. Afinal, nessa epoca do ano, as pessoas dirigem sobre o lago e tem ateh uma estrada de ferro funcionando sobre a superficie congelada. A unica coisa que nao muda durante o ano eh a temperatura da agua, que nunca passa dos 10 graus Celsius na superficie (em media eh 4 graus o ano todo). Nadar no Baikal eh uma experiencia unica. Eh o mesmo que pular numa banheira de gelo gigante. Voce pensa que vai morrer e o corpo faz o que pode para voce sair da agua o mais rapido possivel. Uma sensacao que nao condiz em nada com o sol e o calor de 35 graus do lado de fora.
Com numeros tao colossais, eh claro que o passeio de 1 hora e meia de barco nao deu nem uma ideia do que eh o lago. Mesmo assim, valeu cada um dos 5400 segundos.

Fui.

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Last July, I (finally) went to lake Baikal. Before I even talk about the lake, let me briefly talk about Irkutsk. Very, very briefly because there’s absolutely nothing to do there. Even the people who live there seemed shocked to see us walking around. They all asked “What brings you to Irkutsk? There’s nothing to do here.” So, if you are going to see the Baikal, find a hotel next to the lake. The only thing you need to see in Irkutsk is the airport. Ok? Now let’s get down to what matters.
Since I arrived in Russia, there are some things I really want to see: the Baikal, the Urals, the Trans-Siberian, the Aurora Borealis and Kamchatka. But because most of these things are far from Moscow (and in Russian terms that might mean up to 10 time zones), I kept procrastinating. Up until now. This year, the majority of foreigners who live here decided to know Russia. We have many trips planned and the first one was lake Baikal.
For those of you who don’t know (or think it’s a vodka brand), the Baikal is the largest lake in the world (though technically the Caspian Sea is bigger). But when I say largest, you shouldn’t think of a big lake. Instead, you should think of something gigantic, with a capital G and in bold letters. It’s bigger than Belgium. And it’s all water.
The water of the Baikal is one of the clearest in the world, with an average visibility of 40 meters. Though quite impressive, considering the average depth of 740 meters (average!), the visibility doesn’t help you see much except for the sun rays diving into a dark blue liquid with a maximum depth of over 1600 meters. The lake contains 20% of all surface fresh water in the world and its shore equals 1/3 of Brazil’s coastline.
In winter, the Baikal is a different place. It’s not even a lake to be honest. It’s more like a new state of the Russian Federation. People drive over it and there’s even a railroad over the frozen surface. The only thing that never changes is the water temperature. It never goes over 10 degrees Celsius on the surface (the average temperature is 4 degrees Celsius). Swimming in the Baikal is a unique experience. It’s like jumping into a huge bathtub full of ice. You think you will die and your body does what it can to get you out as fast as possible. A feeling that doesn’t seem to match with the hot (35C) sunny day we were having.
With such impressive numbers, it’s obvious that a 1 and half hour long boat ride wasn’t enough to even understand what the Baikal is. But it was worth every second. All 5400 of them.

Till next time.


3 comments:

Matheus Fernandes said...

Desculpe-me a indiscrição, mas adorei seu blog com um toque turístico e informativo, mas fiquei curioso e gostaria que você postasse uma matéria contando mais sobre você e Moscou: o que você foi fazer de onde você é como você vive...
Ah e antes de qualquer coisa parabéns pelo blog!!!

Anonymous said...

Parabéns pelo blog, mesmo!!!!!!!!!!
Muito mais que turístico é extremamente informativo. Especial para quem tem curiosidade sobre o novo, o desconhecido, o diferente. Que experiencia, hein, filhão!. Tinha que ser você a pular no lago mais que frio, né.. bj da mãe

Anonymous said...

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