Monday, January 11, 2010

New York. Old York. Always York.


Up close...
Originally uploaded by Andreas Toscano.

Sold out? Don't think so.
Originally uploaded by Andreas Toscano.

Mumbai, NJ.
Originally uploaded by Andreas Toscano.

Rio De Janeiro, NJ.
Originally uploaded by Andreas Toscano.

The Master.
Originally uploaded by Andreas Toscano.
Dizem que depois de morar um tempo em Nova Iorque, a cidade penetra em voce e nao sai nunca. Tipo um virus que estah sempre na sua corrente sanguinea e, de vez em quando, resolve atacar. A vantagem de Nova Iorque eh que o comichao nao aparece porque um dia voce bebeu demais e fez algo duvidoso com alguem mais duvidoso ainda: ele aparece porque a cidade tem tudo que voce gosta em abundancia e variedade.
Por sorte, quando a coceirinha comecou, pintou um trabalho para fazer em Nova Iorque. Como era uma campanha grande, nos tivemos que ir bem antes da filmagem e voltar depois da edicao. Isso, em outras palavras, significa: tempo para curtir o que a cidade tem para oferecer.
A primeira parada, logo no primeiro dia, foi o Gotham Comedy Club, para ver um pouco de stand up comedy. Por sorte (como sempre), era noite com estrelas, apresentado pelo ator Anthony Anderson, com direito a shows do Tony Rock (irmao do Chris Rock) e outros. Isso foi soh o aquecimento para o dia seguinte.
Segundo dia, segunda-feira, dia de ver um dos meus maiores idolos ao vivo: Woody Allen. Apesar de nao ve-lo fazendo o que ele faz de melhor, passar a noite a meio metro dele se divertindo foi inesquecivel. Ele ainda teve chance de fazer algumas piadas, apesar da timidez. Clique aqui para ver ele ao vivo.
No terceiro dia, por sorte, aconteceu o show de lancamento do novo disco do John Mayer. Os ingressos se esgotaram em 10 minutos e eu nao tinha o meu, mas resolvi dar uma de brasileiro e comprar na porta. Como eu nao sabia o quanto os ingressos custavam, me propus a gastar US$XX e entrar no show. Logo na esquina, um figura se aproximou e ofereceu um ingresso. Vendo que mais para frente jah ficava perto da seguranca, resolvi comprar. Me custou 2/3 do US$XX. Achei que tinha feito um bom negocio ateh chegar na porta e ver a luz vermelha do aparelhinho do seguranca. FAKE. Toca a procurar o figura. Obviamente, ele jah tinha sumido. Achei um grupo de cambistas e eles me prometeram ir ateh a fila comigo por 1/3 dos US$XX. Concordei e, dessa vez, entrei. No final, o valor acabou sendo exatamente o que eu tinha me proposto a pagar e assisti a um show que eu queria ver ha anos.
O quarto e quinto dia foram dedicados ao trabalho. Tivemos filmagem das 7h da manha aas 21h em ambos os dias. Foi puxado, mas a producao compensou muito. No salao de festas de um hotel mequetrefe de Nova Jersey, eles recriaram um boteco brasileiro e um palacio indiano. Pode ver nas fotos. Eh inacreditavel o que eles fizeram. E como brasileiro e indiano nao falta em Nova Iorque, o casting tambem foi perfeito.
De volta aa diversao, era hora de ver a pessoa mais importante. O mestre, o incomparavel (nas palavras dele): Jerry Seinfeld. Para isso, tive que pegar 4 horas de onibus ateh uma reserva indigena onde fica o casino de FoxWoods, o maior do mundo. O cassino, apesar do tamanho, eh aquela coisa brega que americano adora: um Beto Carrero World depois de tomar bomba. Mas nao importa porque eu estava lah par aver Jerry Seinfeld. Eu e o mundo. Auditorio lotado e uma atmosfera comum que soava assim “nao acredito que eu vou ver o Seinfeld”. Todo mundo tinha um meio sorriso nos labios, se entreolhando como cumplices de um crime prestes a acontecer. Ele, claro, deitou e rolou em nos, sabendo que qualquer coisa que ele dissesse seria seguido de risos e palmas sem fim. Parecia um magico numa festa da AACD, de tao facil. Ah, antes que eu me esqueca, eu tambem tive problemas com o ingresso lah. Apesar de ter comprado com antecedencia, me ferrei. Comprei pelo site o ingresso mais caro, na fileira C, asento 14. Pensei “to na boca do palco”. Haha, ledo engano. Era C14 do balcao. Dali, o Seinfeld ficaria menor do a bola de futebol da arquibancada do Morumbi. Voltei da recepcao e comprei outro. Coisas da vida.
Para fechar a viagem, resolvi ir ao show do Robin Williams, que voltou depois de uma cirurgia no coracao. Ao assistir o show, entendi a razao do enfarte: ele fala 128 palavras por segundo, com uma media de 45,7 piadas por minuto. Voce mal consegue acompanhar o raciocinio dele. As vezes, voce ri porque estao rindo ao seu lado, enquanto seu cerebro tenta processar a antepenultima piada que voce ainda nao entendeu. Mas eh impressionante. E vale a pena. Eu nao era fan dele, mas virei depois do show (Opa!, Virei fan! Soh isso!). Se voce estiver em Nova Iorque, matando a saudade, o comichao ou pela primeira vez nao perca. Se perder, nao tem problema: garanto que voce volta para lah.

Fui.