Friday, April 22, 2011

Bem-vindo a Zermatt.
Welcome to Zermatt.


-20C. Frozen smile.
Originally uploaded by Andreas Toscano.
Se eu mantiver a media de atraso, meu proximo post deve acontecer perto do Natal. Espero que, passado esse comeco de ano corrido, as coisas entrem nos eixos e eu tenha mais tempo para escrever. Voltemos ao assunto. Ou melhor, voltemos no tempo.
Em fevereiro, eu e mais 5 amigos fomos para Zermatt, na Suica. Eh uma das estacoes de esqui mais chiques do mundo, porque lah voce sempre ve figuras famosas, a comecar pela montanha que estampa a embalagem do Toblerone (o Monte Matterhorn). Apesar do chiqueT, os precos nao sao muito mais altos do que os das estacoes de esqui russas, que nao oferecem 10% do que Zermatt oferece. Lah tudo funciona e tudo eh bem mantido.
Esta viagem foi diferente de todas as outras viagens de esqui/snowboard que eu fiz exatamente pela estrutura do lugar. Pela primeira vez, peguei lifts fechados, com hora marcada, que sobem a montanha toda (e que montanha) e que funcionam sempre que as condicoes climaticas permitem.
Alem disso, foi a primeira vez que eu tive acesso a um snowpark de verdade (area com half-pipe, rampas e corrimaos). Nao foi preciso improvisar em pedras, cantos de pista ou desniveis. Fora que, de Zermatt, voce ainda pode ir para a Italia, onde tem mais quilometros e quilometros de pista e um restaurante italiano controlado por suecos que tem a melhor comida que eu jah comi (desculpe, Mama). Inclusive, para fechar o post, vou deixar a receita da melhor sopa de tomate que eu jah comi. De nada.

Um pao italiano ou uma baguette francesa
2 cenouras
2 talos de aipo
1 cebola media
3 cabecas de alho
3 colheres de sopa de azeite
1 copo de vinho branco seco
4 1/2 copos de tomate em lata espremido como pure
1/2 colher de cha de oregano
3 a 4 copos de agua
1 copo de nata (espero que esta seja a traducao correta)
1 copo de creme de leite

Pre-aqueca o forno a 180 C.
Corte o pao em cubos de 1,5 cm ateh encher 3 copos e coloque-os em uma unica camada dentro de uma assadeira. Toste o pao no meio do forno ateh dourar e ficar crocante. 10-15 minutos.
Pique a cenoura, o aipo, a cebola e o alho. Numa panela grande, cozinhe tudo com azeite, sal e pimenta. Mantenha o fogo baixo, para que eles fiquem macios, mas nao marrom. Mais ou menos 10 minutos.
Adicione o vinho e deixe ferver por 3 minutos.
Adicione o tomate, o oregano e um copo de agua. Mantenha a mistura quase fervendo, mexendo esporadicamente com a panela descoberta. 20 minutos.
Tire a panela do fogo e adicione a nata e o creme de leite.
Deixe a sopa esfriar por 10 minutos.
Bata a sopa aos poucos no liquidificador, ateh atingir a consistencia de pure (cuidado ao bater liquidos quentes no liquidificador). Coloque o pure numa travessa grande.
Coloque a sopa de volta na panela e adicione agua ateh atingir a consistencia desejada. Tempere com sal e pimenta a gosto, mexendo em fogo baixo para nao ferver.
Sirva com os croutons. Faz 11 pratos, servindo de 6 a 8 pessoas. Bom proveito.

Fui.

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If I keep the current pace, my next post will be written around Christmas time. I just hope that once this crazy period is over, I can get back on track and write more often. Let’s get back to the subject. Better yet, let’s go back in time.
In February, I went to Zermatt, Switzerland, with 5 friends. This is one of the poshest ski resorts in the World (no pun intended, but it’s so posh that Posh Spice herself was there for New Year’s). It is so because you can always spot famous figures, starting with the mountain that is printed on every Toblerone bar (Mount Matterhorn). Even though it is an elite resort, the prices aren’t that different from those charged at Russian resorts, where you won’t find 1/10th of the infra-structure. In Zermatt, everything works properly and on time.
In fact, this trip differed from all my previous skiing/snowboarding trips because of the infra-structure of the place. For the first time, I enjoyed covered lifts, that works as scheduled and go all the way to the top of the mountain (a hell of a mountain, mind you) whenever the weather permits.
It was also the first time I had access to a real snow-park (area with half-pipes, ramps and rails). There was no need to improvise on rocks, piste edges and uneven tracks. Not to mention that from Zermatt you can go to Italy and enjoy miles and miles of new tracks, and an Italian restaurant owned by Swedes where I had the best food of my life (sorry, Mama). So good in fact that I decided to wrap this post with the recipe for the best tomato soup I’ve ever had. You are welcome.

About a loaf of Italian or French bread
2 Carrots
2 celery ribs
1 medium onion
3 garlic cloves
3 tablespoons of olive oil
1 cup of dry white wine
4 1/2 cups of canned crushed tomatoes in puree
1/2 teaspoon of dried oregano, crumbled
3 to 4 cups of water
1 cup heavy cream
1 cup sour cream

Preheat oven to 350F.
Cut enough bread into 3/4-inch cubes to measure about 3 cups and arrange
in one layer in a shallow baking pan. Toast bread in middle of oven until
golden and crisp, 10 to 15 minutes.
Finely chop carrots, celery, onion and garlic. In a heavy 4- to 5-quart
kettle cook chopped vegetables and garlic in oil with salt and pepper to
taste over moderately low heat, stirring until tender but not browned, about
10 minutes. Add wine and boil 3 minutes. Add tomatoes, oregano and 1 cup of
water and simmer, uncovered, stirring occasionally, 20 minutes. Remove
kettle from heat and whisk in heavy cream and sour cream. Cool soup 10
minutes. In a blender puree soup in batches (use caution when blending hot
liquids), transferring as pureed to a large bowl. Return soup to kettle and
thin to desired consistency with remaining water. Season soup with salt and
pepper and heat over moderate heat, stirring, until heated through (do not
let boil).
Serve soup ladled over croutons in large bowls. Makes about 11 cups,
serving 6 to 8. Enjoy.

Sunday, April 17, 2011

Quando sonhos viram realidade.


Director x Copywriter.
Originally uploaded by Andreas Toscano.
Algumas semanas ou meses atrás, eu escrevi no Facebook que o sonho de todo diretor de criação era voltar a ser redator. Esta frase não poderia ser mais verdadeira. Ainda mais na Rússia. Eu passei 4 anos na ilusão de que era possível mudar os criativos daqui. Que eles também querem fazer um trabalho bom e não apenas dizer que são criativos. Eu estava errado. Perdi muito tempo tentando motivar, ensinar e coordenar pessoas que não querem nada disso. Fora que todo o tempo que eu poderia usar para criar algo eu mesmo era gasto em reuniões que não tinham o menor sentido. Se você olhar a foto aí ao lado vai entender o quanto o pessoal aqui gosta de se reunir ao invés de resolver.
Felizmente, eu tenho um chefe que também entende isso e concordou com a minha decisão de voltar a ser redator. Fora isso, ainda concordou em trazer um diretor de arte brasileiro para trabalhar comigo. Ou seja, não poderia ser melhor.
Sei que este post via soar Comoros um desabafo (e é bem o que ele é), mas eu precisava falar para alguém.

Fui.