Wednesday, April 30, 2008

Capitulo I: Stella Artois.


Barril.
Originally uploaded by Andreas Toscano.
E lah fomos nohs, rumo a Grumari, praia ao lado da Prainha. O tempo nao estava lah aquelas coisas, mas dava para filmar. Inclusive porque o nosso Diretor de Fotografia era ninguem menos do que Marcelo Durst, vencedor de um Grand Prix no Festival de Cannes. Puxacao aa parte, vamos ao relato.
Os comerciais de Stella Artois sao famosos por uma serie de fatores: sao epicos, grandiosos (meio redundante, nao?), caros e bem produzidos por grandes diretores. Nos saimos com o peh amarrado nessa corrida: um diretor que a gente nao conhecia, um formato apertado (30 segundos) e a maldita Legislacao Russa (no people, no animals, etc.). Adicione aa mistura a tensao do cliente local sabendo que tinha que agradar o Global. Facil...
Primeira cena: barril na agua. Uma cena de 1 segundo. Foi o barril cair na agua para entendermos que nosso diretor nao era dos mais precavidos: a madeira ai da foto ficou quase preta e nao dava mais para ler o logo. Toca a trocar o barril. Break para o almoco. Depois do almoco e com barril novo, comecou a luta contra a arrebentacao. Era impossivel manter o barril na posicao. Foi mais de uma hora tentando e vendo o sol ir embora. Nada do diretor interromper. Eu fiquei tao puto com o diretor que ameacei me jogar no mar para interromper a cena. Por sorte, gracas aa minha loucura, deu para filmar mais UMA cena. 2 cenas em 8 horas! E isso foi soh o primeiro dia. No segundo, choveu. Era tudo que o cliente nao queria. E o diretor resolveu filmar as cenas que o cliente nao queria chuva nem como opcao. Outro dia de desespero. Mas, para a sorte do diretor, a mare ficou tao brava durante a noite que destruiu todo o set. Nao daria para filmar nada na cabana (eh, tinha uma cabana de um naufrago). Entao, o que parecia um dia tranquilo (estava sol), se tornou mais um pesadelo. A comecar pela teimosia do diretor. Ao inves de filmar o produto como combinado (e como estah descrito na police internacional da marca), ele queria porque queria improvisar. Filmar menos espuma no copo, trocar luz, etc. E ainda disse que a cena mais bonita do comercial nao seria filmada. Alegou "Voce nao pode achar que dah para filmar tudo que estah no storyboard", sendo que ele sugeriu a cena e vendou ela como a mais bonita e importante do comercial. Ele ficou a um passo de um murro na boca. Isso porque o problema continuou na edicao e na correcao de cor. Nada de fazer o que foi combinado: soh o que ele queria. Se danou. Nao vai mais trabalhar com a gente. Talvez ateh seja bom para ele. Eh melhor ele ficar na Polonia, onde as pessoas acham que ele eh bom e onde ele vai ser tratado como a estrela que ele pensa ser.

PS - O comercial ficou bonito apesar de tudo. Gracas, principalmente, ao Diretor de Fotografia, que eh incrivel.

Bem-vindo ao Rio.

Com muito atraso e muito trabalho, vem o post. Direto de Atenas para o Rio de Janeiro (ok, com 1 escala), fui dar sequencia a um processo de mais de 3 meses entre aprovacao de ideia e pre-producao. Foram 2 comerciais, em 5 dias de filmagem. Um esquema e tanto para filmar o novo filme de Stella Artois e de Brahma. Uma experiencia tao complexa que vou contar em capitulos.
Quanto ao Rio, continua lindo. Foi a primeira vez que fui ao Brasil a trabalho e confesso que foi um pouco estranho. Ser recebido em casa com um "Rehlou, Mishterr Toshcanu!" (essa eh a minha melhor transcicao do sotaque carioca) nao eh habitual. Teve o lado bom de levar os gringos no primeiro dia numas atracoes turisticas e o lado estranho de acordar aas 5h da manha para trabalhar ateh a meia-noite durante uma semana.
Do lado bom, uma coincidencia: semi-final da Copa Rio. Flamengo x Botafogo, no Maracana. O jogo foi ruim, mas foi a realizacao de um sonho para o meu produtor (que tambem ama futebol). Outra coisa legal foi ver a cara dos gringos experimentando e manuseando tudo quanto eh fruta brasileira. Voce precisava ver a cara deles ao ver o caju e descobrir que a castanha eh soh um pedacinho dafruta. Tem umas 3 fotinhos no Flickr soh para dar um gosto.

Beijos.

Sunday, April 13, 2008

Bem-vindo ao Cabo Sounion.


Templo de Poseidon.
Originally uploaded by Andreas Toscano.
Os ultimos 4 dias foram os primeiros numa serie de viagens que eu mencionei aqui. E o primeiro destino foi a Grecia, mais precisamente o Cabo Sounion. Eh lah que fica o Templo de Poseidon, Deus do Mar. Construido em 440 A.C., o templo era o local destinado aas oferendas e sacrificios em nome de Poseidon.
Numa escala muito mais modesta, estavamos nos, funcionarios da ADV (grupo que controla a minha agencia), fazendo o treinamento anual. Apesar de vivermos em tempos modernos, tambem tivemos de fazer sacrificios. Mais precisamente o da nossa paciencia. O que acontece eh que a empresa escolhida para o treinamento desmarcou em cima da hora. Para compesar, tiveram que encontrar outra empresa que estivesse livre. Quem eh que estah livre em cima da hora? Quem nao tem demanda. Em outras palavras, LIXO.
O treinamento nao tinha conteudo e, o pouco que tinha, estava errado ou desatualizado. No treinamento de midia, a pergunta que fechou a palestra foi:
"Com o advento da internet, a TV vai perder espaco. Assim, qual serah o futuro da midia?"
Das duas uma: ou a palestra nao mudou nos ultimos 10 anos, ou a palestrante vive em outro planeta. Enfim, jah foi. A contrapartida foi um descanso mais do que merecido e necessario. Do meu quarto eu via a Baia e o Templo (olha no Flickr). Sem falar que no resort tinha massagem e tudo mais. To novo. Agora eh hora de embarcar para o Rio de Janeiro.

Fui.

Tuesday, April 08, 2008

A largura das avenidas.


Prospects...
Originally uploaded by Andreas Toscano.
Andar de carro em Moscou nao eh facil. Alias, sair do lugar de carro em Moscou nao eh facil. A foto engana. As avenidas principais sao e-nor-mes e dao uma impressao de que eh impossivel lotar tanto espaco vazio. Na foto, por exemplo, o espaco vazio sao NOVE PISTAS DE CADA LADO. Eu nao consigo me acostumar.
O problema eh que esse espaco todo, alem de ser preenchido por mumias paraliticas, eh apenas o contorno de um monte de ruas centrais que mais parecem o labirinto do Minotauro. A cidade eh redonda e circundada por aneis como o da foto. Agora imagine sair desse mundareu de pistas e entrar numa vila olimpia do tamanho de Campinas...

A partir de hoje, comeca meu circuito de viagens. Serao 7 paises em 45 dias. Sempre que sobrar um tempo, faco um updatezinho para voce.

Fui.

Monday, April 07, 2008

Elevadores na Russia.


Elevadores...
Originally uploaded by Andreas Toscano.
Lembra do Batoreh da Praca Eh Nossa? Claro que nao. Que pergunta. Bem, eu lembro. E ele tem uma musica que nao me sai da cabeca quando entro nos elevadores daqui: "Voce acha que eh bonito ser feio? Que eh bonito ser feio?"
Eu ainda nao consegui entender a razao pela qual nao ha elevadores normais nesse pais. O elevador da foto, por exemplo, fica numa clinica ultramoderna para estrangeiros. Elevador Otis, novinho. Sem comentar a aparencia geral, olha a ordem dos numeros.
Comparado ao resto, esse ai ateh que era bom. A verdade eh que os elevadores sao, em geral, pequenos, feios e fedidos. Mesmo os mais novos, de marca boa (como diria minha avoh) sao assim.
Os mais antigos sao uma aventura aa parte: batem a porta, tem fios soltos para todo lado e os botoes estao ha muito socados em seus buraquinhos. Sem falar que nos mais antigos, soh eh possivel apertar um andar por viagem. Sempre pergunte: vai aonde?

Going down...