Se voce eh americano, esse post nao deve ter a menor graca. Nem o menor sentido. Mas para quem passou a vida abrindo portas no Brasil e na Ucrania vai me entender. Em NY, o sistema de abertura de portas eh invertido: fechadura em cima, macaneta embaixo. Parece um detalhe bobo, mas a rotacao da chave tambem muda.
Em outras palavras, toda vez que voce vai trancar ou destrancar uma porta, voce tem que fazer uma pausa ou optar pela tecnica do acerto-erro. Ou seja, na sua cabeca voce pensa: para abrir eu fecho, para fechar eu abro. So que na hora, sua mao meio que ja sabe qual eh o correto e voce acaba sempre ouvindo a trava bater do outro lado. Sinal que voce errou. De novo.
Mesmo depois de muita tentativa, ainda nao consegui desenvolver uma maneira de apagar do meu cerebro o "conhecimento" adquirido em 28 anos de pratica. Estou pensando em colocar um adesivo na porta...
Por falar em portas, hoje vi uma placa hilaria na academia. Eles tem varias portas para saida de emergencia. Em todas elas existe uma trava alarme, que toca assim que a porta eh aberta. Hoje olhei mais de perto e vi que eles tem todas as informacoes em braile na porta. Deve ser uma questao de Lei Municipal, mas achar que algum cego vai ter tempo de ler as intrucoes numa emergencia antes de ser atropelado pela multidao eh querer demais. Ainda bem que tem o alarme para eles se guiarem, vale pelo sininho que tem na bola de futebol para cegos.
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If you're American, this post is not funny. And probably doesn't make any sense. But those who spent their whole lives opening doors in Brazil and Ukraine will understand me. In NY, the door locks are upside down: keyhole on top, doorknob on the bottom. It may seem like a stupid detail, but the key rotation also changes.
In other words, every time you're about to lock or unlock the door, you have to pause or choose to use the trial-error method. That means you have to think like this: to open, I lock. To lock, I open. But when you're about to turn the key, somehow your hand knows the right way and you hear the clinging noise of the lock behind the door. That means you're wrong. Again.
Even after extensive practice, I haven't been able to come up with a way to erase the "knowledge" obtained in 28 years of experience. I'm thinking about putting a sticker on the door...
Speaking of doors, today I saw a hilarious sign at the gym. They have lots of doors to be used as emergency exits. On all of them they put a device that triggers an alarm when the door is open. Today, I looked closer at the sign and noticed that all the information is also written in Braille. It must be some City Law, but to think that a blind man will have time to read the instructions in an emergency before the crowd has run over him is too much. At least it has the alarm to guide them, like the small bell they put inside the ball for blind people who play football.
4 comments:
Muito bom!
Eu fui pros eua qdo tinha 15 anos, não lembro do lance da porta, uma pena. Aliás, eu fiquei num hotel em que a porta abria com cartão, sabe? De repente foi por isso...
Um abraço, voltarei mais vezes.
Mari
hehehehe... Muito bom.
Como a gente se acostuma às coisas mais simples e as fazemos de forma tão automática, não é mesmo?
Quanto ao Braille na porta, só posso imaginar que servirá em caso do cego estar sozinho no lugar. Assim, não será massacrado antes de abrir a porta.
PS: caí aqui através do Fred Neumann.
Bjs.
Ei Andreas...eu sei bem o que vc esta falando!!! eu morei nos USA por 3 anos e agora estou na australia..."penando" com a questao de ter que dirigir do lado contrario ao nosso, inclusive caminhar nas ruas do lado esquerdo sempre, e outras cositas que sao ao contrario...tipo interruptor de luz...ai..ai..tem que rir.
com o tepo a gente se acostuma. Adoro ler seu blog.
xoxoxoxo
Boas-vindas aos novos leitores e um abraco ao Tomi.
A neve ta chegando: Mierco Fuckin' Les.
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