Sunday, December 25, 2011

Bem-vindos a Velikiy Novgorod.
Welcome to Velikiy Novgorod.


Filming at Vitoslavtsy 2.
Originally uploaded by Andreas Toscano.
Como voce deve se lembrar (caso nao se lembre, desca 5 posts), este ano resolvi conhecer melhor a Russia. Por coincidencia, uma das campanhas que eu fiz este ano contribuiu com o meu plano e fui parar em Velikiy Novgorod. A principio, a cidade nao estava na minha lista de destinos a conhecer. Uma pena. Tipica falta de informacao. Velikiy Novgorod eh uma das mais antigas e importantes da Russia (a segunda do imperio Kiev Rus). Ela foi fundada em 859 e tem um dos kremlins (fortaleza em russo) mais antigos e mais bonitos do pais.
O centro historico aa beira do rio Volkhov tem tudo que um turista (e um morador) pode querer: paisagens belissimas, um parque na margem do rio, predios historicos, monumentos, igrejas, etc. Dentro do Kremlin de Novogorod (tambem conhecido como Detinets) ficam o palacio, os sinos e a torre de relogio mais antigos da Russia. Alem disso, ainda tem o Milenio da Russia, um monumento monumental (desculpe o trocadilho, mas o negocio eh enorme) inteiro de bronze, feito em 1882, e as catedrais de Santa Sofia e Sao Nicolau, ambas com quase 1000 anos de idade e em otimas condicoes.
Mas a minha sorte nao acabou por aqui. Para completar, nohs ainda filmamos a campanha toda no Museu Vitoslavtsy, uma area onde foram colocados diversos predios historicos. As contrucoes de madeira (trazidas de varios lugares da Russia) somadas aos personagens caracterizados nos davam a sensacao de voltar no tempo todas as manhas. Era engracado demais ir tomar cafe e ver, ao meu lado, 50 camponeses de 1800. De uma olhada nas fotos.
Velikiy Novgorod fica entre Moscou e Saint Petersburg. Se voce tiver um dia sobrando e quiser ver como era a Russia em 859, sugiro voce fazer uma escala por aqui.

Fui.

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As you might know (if you don’t scroll down 5 posts), this year I decided to travel more around Russia. As a coincidence, one of the campaigns I did this year contributed with my plan and I found myself in Velikiy Novgorod. Originally, this city wasn’t in my list of destinations. Shame on me. Blame my lack of knowledge. Velikiy Novgorod is one of the oldest and most important cities in Russia (it was the second city of the Kiev Rus Empire). It was founded in 859 and has one of the oldest and most beautiful kremlins (fortress in russian).
The historical center by the Volkhov river has everything a tourist an ask for: beautiful landscapes, a park by the water, historical buildings, monuments, churches, etc. Inside the walls of the Novogorod Kremlin (also know as Detinets) are the oldest palace, bells and clock tower in Russia. Besides that, you’ll also find a monumental monument (pun intended because the thing is freaking huge) made entirely of bronze in 1882, called Millennium of Russia, plus the Saint Sophia and the Saint Nicholas cathedrals, both from circa 1000 AD and very well preserved.
But my luck wasn’t over yet. To make things even better, we shot the whole campaign in the Vitoslavtsy Musem, an area where they have placed many historical buildings. The wooden buildings (brought from different regions of Russia) combined with all the actors dressed up in villagers’ costumes gave us the sensation of going back in time every morning. It was a lot of fun to go grab some coffee and see 50 peasants from 1800. Check the pictures.
Velikiy Novgorod is located between Moscow and Saint Petersburg. If you have a day to spare and want to see what Russia looked like in 859, I suggest you make a quick stop here.

Cheers.

Saturday, December 24, 2011

Bem-vindos a Krasnoyarsk.
Welcome to Krasnoyarsk.


Stolby.
Originally uploaded by Andreas Toscano.
Em Russo, “beleza” comeca com “Kras” e acho que nao eh coincidencia nenhuma ter um pouco dela no nome desta cidade. Dizem que Krasnoyarsk eh a cidade mais bonita da Siberia e, pelo pouco que eu vi da regiao, concordo.
Alem de estar muito bem conservada, Krasnoyarsk tem um pouco de tudo: um enorme rio (Yenisei) que cruza a cidade, montanhas (que viram estacoes de esqui no inverno), florestas (Taiga), pilares de rocha (Stolby), parques, etc. E tudo perto e facil de chegar. Ah, se voce tiver um 4x4 e um motorista louco, claro. Foi o nosso caso.
Depois de um dia normal de turista, resolvemos nos aventurar num tour off-road para ver de perto as atracoes locais. Alem da jah maravilhosa vista, fomos premiados com as cores do outono Russo, tambem conhecido como Outuno Dourado. As cores sao tao intensas que a camera digital eh incapaz de focar e captar os detalhes da paisagem onde o sol bate. Impressionante. Subimos todas as montanhas ao redor da cidade, entramos na Taiga (floresta do norte), visitamos a enorme hidroeletrica, comemos peixe defumado e escalamos alguns “stolbys”. A diferenca eh que o que as pessoas fazem aa peh, nohs fizemos de carro. Nosso piloto (nao dah para chamar de motorista) subiu tudo que eh lugar com o jipe. Nunca imaginei que fosse possivel fazer o que ele fez com aquele carro. Principalmente, na velocidade que ele fez. Assista o video abaixo para entender o que eu estou falando (esse foi na parte tranquila do passeio). Recomendo. Se voce passar por lah, fale com este cara: off-road24.ru

Fui.

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In Russian, “beauty” starts with “Kras” and I believe it’s no coincidence that you can find some of it right in the name of this city. Krasnoyarsk is said to be the most beautiful city of Siberia and, from what I’ve seen so far, I must agree.
Besides being very well preserved, Krasnoyarsk has a bit of everything: it has a big river (Yenisei) that crosses the city, mountains (that turn into ski stations in winter), forests (Taiga), rock pillars (Stolby), parks, etc. All within a 10 minute car ride radius. Well, at least when you are in a 4x4 jeep conducted by a mad man. Which was our case.
After a typical tourist day, we decide to try an off-road tour to see the local attractions. Besides the already wonderful landscape, we were blessed to see the Russian autumn, also known as Golden Autumn. The colors are so intense that the camera is unable to focus and capture details where the sun hits the trees. Amazing. We climbed all the mountains that surround the city, we entered deep in the Taiga (Northern Forest), we visited the huge hydroelectric power station, we ate a lot of smoked fish and climbed a couple of “stolbys”. The only difference is that what most people do by foot, we did by car. Our pilot (I cannot call him a driver anymore) climbed everything with his jeep. I never thought it was possible to do the things he did with that car. Specially at the speed he was doing those things. Watch the video below and you’ll get the idea (that was the relaxed bit of the ride). I strongly recommend him. If you are ever in town, call this man: off-road24.ru

Cheers.

Wednesday, November 16, 2011

Bem-vindos aa Estonia.
Welcome to Estonia (or “Stunnin’ Ya”, as I’d put it).


Sunset in Tallinn.
Originally uploaded by Andreas Toscano.
Espero que a demora para escrever este post nao tenha afetado minha memoria e que eu consiga colocar em palavras a surpresa que foi a Estonia. Surpresa porque, por fazer parte daquele trio do mar Baltico (Letonia, Estonia, Lituania), nao esperava nada alem do que eu tinha visto em Riga, Letonia. Me enganei.
Antes de falar sobre o que eu vi, vou falar sobre o que me levou aa Estonia: uma palestra. Entre as muitas vantagens do Festival de Cannes (que eu jah descrevi alguns posts atras), o networking tem sido um dos menos frutiferos. Voce conhece um monte de gente (normalmente bebada), pega um monte de cartoes de visita (que depois voce nao sabe nem de quem eh), faz um monte de juras e promessas e volta para casa como foi aa Riviera Francesa: de bolso vazio. Este ano, uma surpresa. Recebi um convite para dar uma palestra na Estonia. Como sempre, aceitei de bom grado e, como sempre, achei que a historia morreria ali. Nao morreu. Algumas semanas depois, recebo um e-mail confirmando a data mais conveniente para comecar os preparativos de viagem. Apesar da simplicidade do processo todo, eu tinha um desafio enorme: preparar a apresentacao. Afinal, eu nao conhecia o mercado Estoniano, nao sabia o nivel dos profissionais da agencia e, acima de tudo, tinha que tentar ser relevante para todos os departamentos: do financeiro aa criacao. O primeiro esboco da apresentacao tinha 167 slides. Depois de muito esforco, consegui reduzir para 162 e me comprometi a falar feito uma metralhadora, para nao extrapolar os 90 minutos que me deram. Apesar de ter conseguido fazer tudo o que eu me comprometi a fazer, nao sei dizer quanto do conteudo foi absorvido pelos espectadores. Mas voltemos ao que interessa: a Estonia.
Para minha sorte, a palestra nao aconteceu em Tallinn, capital do pais, mas em Haapsalu, uma cidadezinha charmos aa beira do mar Baltico. Alem das contrucoes historicas e das ruelas extremamente aconchegantes, Haapsalu foi abencoada com uma natureza de tirar o folego. Eu nao sei se a alta latidude ajuda, mas a impressao que se tem eh que o horizonte eh mais longo do que o normal e que o ceu envolve voce com uma paisagem igualmente impressionante. Apesar de as fotos nao passarem 10% do que voce sente no local, vou deixar que elas falem por mim. Pode clicar aqui.
Depois de Haapsalu, fomos para Tallin, onde eu teria um dia antes de retornar a Moscou. Logo na chegada, a primeira surpresa: Zona Azul SMS. Voce estaciona o carro, manda um SMS com o codigo do lugar e a placa do seu carro. Pronto. Estah pago e o “CET” sabe quem pagou e quem nao pagou. Simples assim. Eu sabia que a Estonia tinha uma das mais altas taxas de utilizacao de internet, mas nao sabia o quanto isso era evidente no dia-a-dia, nem o quanto eh pratico quando estas coisas estao sempre aa mao. Para comecar, voce tem wi-fi (ou ui-fi, como eles dizem) de graca em qualquer lugar. Pagar por internet soa como blasfemia no pais. A penetracao de internet eh tao alta (e encorajada pelo governo), que eles tiveram a primeira eleicao via internet do mundo. Tudo me pareceu simples e moderno por lah. Incrivel. Mas Tallinn nao impressiona soh pela tecnologia. A cidade eh maravilhosa. A parte antiga entao, nem se fala: eh super-charmosa e estah muito bem cuidada. As pessoas em Tallinn normalmente falam 3 linguas: Estoniano, Ingles e Russo (jah que 25% da populacao eh Russa), fora que as pessoas sao muito simpaticas. Ou seja, voce nao vai ter problema para se movimentar pelo pais. A maior dificuldade eh incluir Estonia num roteiro de viagem jah que se trata um pais pequeno e um pouco afastado dos tradicionais destinos turisticos.
Se este post ajudar a convencer voce a passar por lah, vou ficar feliz. E voce tambem vai ficar. Assim que chegar lah.

Fui.

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I sincerely hope that the time it took me to write this post won’t prevent me from putting in words the impression Estonia caused on me. The reason it surprised me so much is the fact that I didn’t expect to see anything different from what I saw in Riga, Latvia. And that’s because whenever people talk about the Baltic countries, they tend to put Lithuania, Latvia and Estonia into one basket.
Before I even describe everything I saw, I’ll talk about what took me to Estonia: a lecture. Among the many good things that happen during the Cannes Festival (which I described a couple of posts ago), networking has always been one of the least fruitful. You meet a lot of people (normally drunk people), take a lot of business cards (which later you wont be able to link to a face/person), make a lot of promises and, then, return home exactly as you arrived in the Riviera: with empty pockets. Not this time. This year, I received an invitation to give a lecture in Estonia. As usual, I gladly accepted the offer and, as usual, I thought I’d never hear from them again. But I did. A couple of weeks later, I received an e-mail asking me to book the most convenient dates and start preparing for the trip. Despite the easy process, I had a major challenge ahead: preparing the presentation. I didn’t know the market, I didn’t know the level of the professionals I was going to talk to and, above all, I had to be relevant to people from different departments: from finance to creatives. The first draft of the presentation had 167 slides. After a lot of work, I brought it down to 162 and promised myself to speak as fast as humanly possible in order not to exceed the 90 minutes I was given. Even though I managed to do finish in time, I’m not sure people could absorb the content of the presentation. Or breathe. But let’s get back what really matters: Estonia.
To my luck, the lecture wasn’t held in Tallinn, the country’s capital, but in Haapsalu, a charming town by the Baltic Sea. Besides all the historical buildings and the inviting streets, Haapsalu is surrounded by breathtaking landscapes. I don’t know if it’s the high latitude, but I had a feeling that the horizon was wider than usual and that the sky engulfs you with similarly impressive sights. Though the pictures do not convey even 10% of this feeling, I’ll let them do all the talking. Just click here and see by yourself.
Once we left Haapsalu, we headed back to Tallinn, where I still had a whole day before returning to Moscow. As soon as we arrived to the hotel, the first surprise: SMS Parking. You park your car, send an SMS with your plate number plus the area code and, BOOM, you’re ready to go. Parking is paid for and the authorities know whether you are legally parked or not. That simple. I knew that Estonia has one of the highest levels of internet penetration, but I could never have imagined how evident it would be in their daily lives and how easily you get used to them once you have them always at hand. For starters, there’s free wi-fi (or wee-fee, as they say) everywhere. Paying for internet sounds like blasphemy for them. The presence of internet is so intense (and encouraged by the government) that they had the first ever elections where you could vote online. Everything seemed simple and modern there. Amazing. But Tallinn won’t impress you only because of its technological achievements. The city is wonderful. Specially the old town. It’s so charming and well taken care of that it’s hard to believe it’s actually old. People in Tallinn usually speak 3 languages: Estonian, English and Russian (since 25% of the population is Russian). Not to mention how nice and hospitable they all are. That means you will most likely have no trouble traveling throughout the country. The hardest part, actually, is to include Estonia in your travel plans because the country is small and a little off of the usual touristic destinations.
If my words have somehow helped convince you to go there, I’ll be glad. And you’ll be too. Once you get there.

Cheers.

Wednesday, October 26, 2011

O melhor por-do-sol, a melhor festa. Apesar de tudo.
The best sunset, the best party. Still.


SunZet.
Originally uploaded by Andreas Toscano.
Ano passado eu nao pude ir para Kazantip. Para ser honesto, nem senti muita falta. Ano apos ano, sinto que o festival tem ficado maior, mais comercial e com muitos estrangeiros. Por isso, ateh tinha pensado em nunca mais ir. Mas, este ano, por uma serie de motivos, resolvi voltar. Seria o teste final para tomar uma decisao a respeito do meu paraiso.
A primeira impressao que eu tive reforcou os meus receios iniciais: novas estruturas fixas, enormes, por todos os lados. Muitos, mas muitos estrangeiros de todos os lugares do mundo. E Mars (uma area fechada da praia) aberta para todos, devido aa quantidade de pessoas. Tinha tudo para dar errado. Mas nao deu.
Pouco depois do choque inicial, fui encontrar uns amigos meus de longa data: pessoas que jah estiveram comigo em diversos lugares do mundo, inclusive Kazantip. Some a isso o Champanhe Sovietico (agua, sabao e alcool) em quantidade, a boa musica, o Sol e a praia. Foi como voltar no tempo; tudo aquilo que tinha feito Kazantip magico aa primeira vista estava de volta. Em questao de 10 minutos, jah estavamos nos portando como criancas, que eh um dos maiores prazeres do festival. Lah nao existem regras (para ser honesto, existe uma: nao mijar na praia. Voce eh expulso do territorio e perde seu visto imediatamente) e ninguem julga o comportamento de ninguem, por mais “inusitado” que seja.
A sensacao de liberdade em Kazantip eh incomparavel. Eh quase como passar para um mundo paralelo do qual eh muito dificil voltar depois. E isso nao eh forca de expressao. Um dos meus amigos com passagem de volta para segunda-feira soh voltou do outro domingo (sem avisar ninguem no trabalho). Eu mesmo perdi o voo de volta este ano. Um sinal de que ano que vem eu certamente estarei lah. Fica o convite.

Fui.

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Last year I didn’t manage to go to Kazantip. To be honest, I wasn’t even too thrilled to go. I have a feeling that, year after year, the festival is getting bigger, more commercial and more “foreign” (less local people). I even thought I’d never go back. But this year I did. It was going to be the final test whether I should keep attending or not.
The first impression I had reinforced my initial fears: new fixed structures, huge ones, scattered everywhere. A loooooot of foreign people from all over the world. And Mars (an exclusive part of the beach) open for all, due to the number of people attending the festival. It was really meant to go wrong. But it didn’t.
Right after the initial shock, I met some old friends of mine: people who have travelled the world with me, including Kazantip. Add to that a couple of bottles of Soviet Champagne (water, soap and alcohol), good music, the sun and the beach. It was like going back in time: everything that made Kazantip seem like a magic place at first site was suddenly there again. In a matter of minutes, we were behaving like kids, which happens to be one of the coolest things about Kazantip. There are no rules to be followed (except for peeing at the beach, which results in the immediate expulsion from the territory and the loss of your visa) and no one judges someone else’s behavior. No matter how crazy it gets.
The sensation of freedom experienced in Kazantip is unique. It’s a bit like jumping into a parallel world from which is very hard to come back. Literally. One of my friends, with a return ticket for Monday, only returned the following Sunday (without warning anyone at the office). I myself lost my return flight this year. A sign that I’ll most definitely be there next year. You are welcome to join.

Cheers.

Tuesday, September 27, 2011

Bem-vindo a Sarajevo. Nao se deixe enganar pela foto. Welcome to Sarajevo. Don't let the picture fool you.


Scars of Sarajevo.
Originally uploaded by Andreas Toscano.
Quando eu era adolescente, adorava uma parte da musica Zerovinteum, do Planet Hemp, que dizia assim “Sarajevo eh brincadeira aqui eh o Rio de Janeiro”. Parecia que os bandidos do Rio eram os mais perigosos do mundo e eu adorava isso. Mas o que antes me parecia adequado, hoje parece uma piada de mau gosto. O Rio de Janeiro nao chega nem aos pehs de Sarajevo quando se trata de sofrimento e violencia. Sem falar nas incontaveis invasoes que a cidade sofreu, soh a Guerra da Bosnia matou 10.000 habitantes e deixou mais de 50.000 feridos. Um sitio de mais de 3 anos (o mais longo da historia de Guerras modernas), na cidade inteira (nao apenas nas favelas) e, durante o qual, nao era possivel sequer andar na rua sem levar um tiro dos snipers espalhados pelas janelas dos predios (eles matavam ateh cachorros, para intimidar as pessoas). As cicatrizes da batalha estao espalhadas por todos os cantos e paredes da cidade. Eh dificil ateh imaginar o que seria ficar quatro anos da sua vida trancado para nao morrer.
Bom, agora que eu jah tirei isso do peito, posso falar de outras surpresas de Sarajevo. A primeira, claro, se deve aa minha falta de cultura pois eu deveria saber que esta eh uma cidade Muculmana e nao Catolica. Qual nao foi minha surpresa ao chegar lah e me deparar com diversas Mesquitas e cafes “Turcos”. Mas Sarajevo tambem abriga as outras religioes com igual respeito, razao pela qual a cidade eh chamada de “Jerusalem da Europa”.
A segunda, foi a importancia da cultura (em especial do cinema) na vida da cidade e na preservacao da identidade nacional. Durante o Festival de Sarajevo, notei que a quantidade de filmes nacionais (ou ateh locais) nao condiz com o tamanho da economia do pais. Estah claro que as pessoas e cineastas se mobilizam para fazerem as coisas acontecerem. Existe um significado mais profundo no cinema daqui: ele eh mais do que uma apenas uma maneira de ganhar dinheiro. Por falar em cinema, sugiro dois filmes que e vi no festival: “A Vila Sem Mulheres” e “Las Acacias”.
Eu ainda poderia falar sobre a natureza ao redor de cidade, sobre como as arquiteturas (Sovietica, Austriaca, Hungara, etc.) se misturam harmoniozamente, sobre os monumentos e pontos turisticos, mas isso voce pode ver por conta propria em qualquer guia turistico. A unica dica que eu vou deixar aqui eh comer na “Casa do Despeito”, uma casa que os monarcas Austro-Hungaros tiveram que transportar, tijolo por tijolo, de um lado do rio Miljacka para o outro. Ok, mais uma dica: nao deixe de conhecer Sarajevo.

Fui.

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When I was a teenager, I used to love a Brazilian rock song that said “Sarajevo is a quiet place compared to Rio de Janeiro”. I felt like the criminals in Rio were ruthless and it was cool. But what sounded accurate back then, now sounds like a bad joke. It’s not even concievable to compare Rio de Janeiro and Sarajevo when it comes to violence, opression and hardships. Without even talking about the countless invasions the city suffered thoughout history, the Bosnian War was resposible for the death of 10.000 citizens and some 50.000 wounded. A siege that lasted over 3 years (the longest in modern warfare), over the whole city (not just in the hoodlums), and during which people couldn’t even walk the streets without being shot by the snipers placed in windows all over (they would even shoot stray dogs to scare people). The scars of this battle are scattered all over the city buildings and walls. It’s hard to imagine what people had to endure, locked in their homes, for almost four years in order not to die.
Ok, now that I’ve taken this off my chest, I can talk about the other suprises Sarajevo had in store for me.
The first, of course, was a result of my overall lack of culture because I should have known that this is a Muslim city and not a Catholic one. You should see how surprised I was when I saw all those Mosques and “Turkish” cafes. But Sarajevo welcomes all religions alike. No wonder it’s called the “Jesuralem of Europe”.
The second surprise was the importance of the role played culture (especially by cinema) both in the life of the city and in the preservation of the national identity. During the Sarajevo Film Festival, I noticed that the number of national (or even local) films is extremely high for the country’s economy. It’s obvious that people and moviemakers bend over backwards to make things happen. There’s a deeper meaning for cinemaa here: it is more than just a way to make a buck. Speaking of cinema, I suggest you watch two of the movies I watched in the festival:
“Village Without Women” and “Las Acacias”.
I could talk about the nature that surrounds the city, about how the architechture seemlessly mixes the (Soviet, Austrian, Hungarian, etc.) styles, about the monuments and sights to see, but you can find all that in your Travel Guide. The only thing I’ll suggest is that you eat at the “House of Spite”, a house the Austrian-Hungarian monarchs had to transport, brick by brick, from one side of the Miljacka river to the other. Ok, one last suggestion: go to Sarajevo.

See ya.

Monday, September 12, 2011

Bem-vindo ao lago Baikal. Ou 0,0000000000001% dele.
Welcome to lake Baikal. Or to 0,0000000000001% of it.


Baikal.
Originally uploaded by Andreas Toscano.
Em julho, fui (finalmente) conhecer o lago Baikal. Antes de falar do lago, vou falar um pouco de Irkutsk, cidade mais proxima do lago. Bem pouco, porque nao ha nada para se fazer lah. Ateh os moradores que a gente conheceu passeando nos perguntaram “O que voces estao fazendo em Irkutsk? Nao tem nada aqui”. Resumindo, se voce for ver o lago, se hospede perto do lago. De Irkutsk, soh o aeroporto mesmo. Ok? Agora vamos ao que importa.
Desde que eu cheguei na Russia, eu tenho uma lista com coisas que eu quero ver: o Baikal, os Urais, a Trans-siberiana, a Aurora Boreal e Kamchatka. Mas como todos eles ficam longe de Moscou (e em escalas russas, isso pode significar ateh 10 fuso-horarios a mais), eu sempre deixava para depois. Ateh agora. Este ano, a maioria dos estrangeiros que moram aqui resolveu conhecer a Russia. Estamos com varias viagens marcadas e a primeira delas foi para o lago Baikal.
O Baikal para quem nao conhece (ou acha que eh nome de vodka), eh o maior lago do mundo (apesar de, tecnicamente, o Mar Caspio ser maior). Mas quando eu digo maior, nao eh para voce pensar num lago grande. Eh para voce pensar em algo gigante, com G maiusculo e em bold. Ele eh maior do que a Belgica inteira. Soh de agua.
A agua do Baikal eh uma das mais claras do mundo, com visibilidade media de 40 metros. O que nao quer dizer muito porque a profundidade media eh de 740 metros (media!) e tudo que se ve da superficie eh um azul escuro com raios de sol que se perdem numa profundidade de ateh 1500 metros. O lago contem 20% de toda a agua doce de superficie do mundo e, a margem do lago, equivale a 1/3 da costa maritima brasileira.
No inverno, o Baikal muda completamente. Eh como se colocassem um novo estado no pais. Afinal, nessa epoca do ano, as pessoas dirigem sobre o lago e tem ateh uma estrada de ferro funcionando sobre a superficie congelada. A unica coisa que nao muda durante o ano eh a temperatura da agua, que nunca passa dos 10 graus Celsius na superficie (em media eh 4 graus o ano todo). Nadar no Baikal eh uma experiencia unica. Eh o mesmo que pular numa banheira de gelo gigante. Voce pensa que vai morrer e o corpo faz o que pode para voce sair da agua o mais rapido possivel. Uma sensacao que nao condiz em nada com o sol e o calor de 35 graus do lado de fora.
Com numeros tao colossais, eh claro que o passeio de 1 hora e meia de barco nao deu nem uma ideia do que eh o lago. Mesmo assim, valeu cada um dos 5400 segundos.

Fui.

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Last July, I (finally) went to lake Baikal. Before I even talk about the lake, let me briefly talk about Irkutsk. Very, very briefly because there’s absolutely nothing to do there. Even the people who live there seemed shocked to see us walking around. They all asked “What brings you to Irkutsk? There’s nothing to do here.” So, if you are going to see the Baikal, find a hotel next to the lake. The only thing you need to see in Irkutsk is the airport. Ok? Now let’s get down to what matters.
Since I arrived in Russia, there are some things I really want to see: the Baikal, the Urals, the Trans-Siberian, the Aurora Borealis and Kamchatka. But because most of these things are far from Moscow (and in Russian terms that might mean up to 10 time zones), I kept procrastinating. Up until now. This year, the majority of foreigners who live here decided to know Russia. We have many trips planned and the first one was lake Baikal.
For those of you who don’t know (or think it’s a vodka brand), the Baikal is the largest lake in the world (though technically the Caspian Sea is bigger). But when I say largest, you shouldn’t think of a big lake. Instead, you should think of something gigantic, with a capital G and in bold letters. It’s bigger than Belgium. And it’s all water.
The water of the Baikal is one of the clearest in the world, with an average visibility of 40 meters. Though quite impressive, considering the average depth of 740 meters (average!), the visibility doesn’t help you see much except for the sun rays diving into a dark blue liquid with a maximum depth of over 1600 meters. The lake contains 20% of all surface fresh water in the world and its shore equals 1/3 of Brazil’s coastline.
In winter, the Baikal is a different place. It’s not even a lake to be honest. It’s more like a new state of the Russian Federation. People drive over it and there’s even a railroad over the frozen surface. The only thing that never changes is the water temperature. It never goes over 10 degrees Celsius on the surface (the average temperature is 4 degrees Celsius). Swimming in the Baikal is a unique experience. It’s like jumping into a huge bathtub full of ice. You think you will die and your body does what it can to get you out as fast as possible. A feeling that doesn’t seem to match with the hot (35C) sunny day we were having.
With such impressive numbers, it’s obvious that a 1 and half hour long boat ride wasn’t enough to even understand what the Baikal is. But it was worth every second. All 5400 of them.

Till next time.


Tuesday, August 16, 2011

Londres. Como morador e como turista.
London. As a citizen and as a tourist.

Logo depois de Cannes, fui para Londres ajudar num pitch internacional da LOWE. Foi a primeira vez que eu estive em Londres com rotina, hora para fazer as coisas e, acima de tudo, com trabalho serio para fazer em poucos dias. Foi uma experiencia interessante porque, pela primeira vez, Londres me pareceu um lugar interessante para morar. Claro que morando num lugar bacana, indo aa peh para o trabaho e com tempo bom, todo lugar parece interessante. Mas mesmo assim, senti em Londres uma vibe diferente do que havia sentido das outras vezes.
Para compensar a falta de tempo livre, resolvi dar uma de turista nas fotos e soh tirar fotos das coisas mais obvias de Londres: double decker, cabine de telefone, etc. As fotos ficaram legais (como voce pode ver aqui), mas a melhor imagem mesmo foi a imagem que a cidade deixou em mim desta vez.

Fui.

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I flew to London straight from Cannes to help with an international pitch for LOWE. It was my first time in London with a routine to follow, a specific time to do things and, above all, with serious work to be done in a very short time. I must say it was an interesting experience because, for the first time, London seemed like a nice place to live. Of course, any city would look like a nice place to live when you are living in a nice neighbourhood, at walking distance from work, with good weather. But despite all that, I still felt something I had never felt before in London.
To compensate the lack of free time, I decided to act like a typical tourist and only take pictures of the most obvious things you can find in London: the double decker, the telephone booth, etc. The images turned out great (as you can see here), but the best image from London was the one I left the city with.

C ya.

Cannes 2011. Um pouco mais do mesmo, mas melhor.
Cannes Lions 2011. A bit more of the same, but a bit better.


Heaven & Hell.
Originally uploaded by Andreas Toscano.
Cannes nao teve nada surpreendente esse ano, mas foi uma surpresa. Com a quantidade de categorias, sub-categorias e sub-sub-craft-mastership-categorias, era de se esperar short-lists enormes e muitas pecas duvidosas ganhando Leao. Incrivelmente (meus parabens ao juri), isso nao aconteceu. Os short-lists estavam super-concisos, com um nivel alto de criatividade semelhante em todas as categorias.
Muitas pecas ganharam Leoes em varias categorias, como eh de se esperar ultimamente, mas nenhuma dessas vitorias foi injusta. Eu nao vi nenhuma cara feia em relacao aos vencedores. Com excecao da minha cara de inveja, claro.
De resto, Cannes continua sendo o maior encontro publicitario (pelo menos para os brasileiros) do mundo. Uma otima chance para ter reunioes, ouvir propostas (chefe, nao estou falando de mim, ok?) e reecontrar colegas.
Este ano, Cannes ainda teve mais uma surpresa: permitiu uma passagem por St. Tropez, que eu nao conhecia. Lah, tambei encontrei um pouco mais do mesmo (praia e balada), mas melhor (todo mundo bebe). Nikki Beach eh uma festa como poucas. Se voce estiver na regiao, nao deixe de ir. E nao deixe de levar um Engov.

Fui.

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The 2011 Cannes Lions had nothing new compared to its previous editions, but it still managed to surprise me. With all the new categories, sub-categories, and sub-sub-craft-masterhip-categories, I expected very long short-lists (I know it sounds strange, but it happens) and some dubious winners in each of them. Amazingly (kudos to the jury), that didn’t happen. What we saw this year were very concise short-lists, with a very high and even level of creativity in all categories.
Many ads won awards in multiple categories (as expected), but none of the wins was unjust. I didn’t see anyone frowing upon the winning ads. Except for my own jealous face, of course.
Other than that, Cannes is still the biggest advertising get-together (at least for Brazilian creatives) in the world. A great chance to have global meetings, receive offers (not me, Boss), and meet colleagues.
This year, Cannes also had one more surprise for me: St. Tropez, which I still didn’t know. There, I also found a bit more of the same (beaches and clubbing), but a bit better (everyone drinks). Nikki Beach is a party you shouldn’t miss. If you’re in the area, go. And don’t forget to take some Aspirin with you.

Cheers.

Monday, July 25, 2011

Um novo lado de Turquia e Grecia: Leste.
A new side of Turkey and Greece: East.


New Mosque.
Originally uploaded by Andreas Toscano.
Para comemorar meu aniversario, eu, minha mae e minha irma resolvemos fazer uma viagem juntos pela Turquia e pela Grecia. Turquia e Grecia eram dois paises bem distintos para mim. O primeiro era, gracas a Istambul, um lugar extremamente interessante, que eu estava louco para voltar. O segundo, onde eu conhecia Atenas e outras cidades no continente, era apenas um amontoado de pedras importantes (estah obvio que eu nao sou fa de ruinas) que nao motivava uma segunda visita. Mas alem de suas cidades grandes, ambos os paises contem tesouros turisticos que ha muito estavam na minha lista de lugares a visitar. E, felizmente, ambos superaram em muito as expectativas e as fotos que a gente ve em todo santo guia de viagem.

Turquia comecou com um final de semana entre amigos em Istambul. Foi uma passagem rapida e menos turistica do que antes. Mas logo no domingo de manha, jah embarquei para Izmir, com destino a Kusadasi, onde passei a noite e fui brindado com uma paisagem, um por-do-sol e um mergulho no mar em uma baia particular que, por si soh, jah teriam valido o dia de viagem.

Na manha seguinte, seguimos a Efeso, antiga cidade romana que deixa, na minha opiniao, qualquer ruina grega no chinelo. Em Efeso, eh possivel caminhar, observar, entender como viviam as pessoas da epoca pois ainda existem muitos monumentos e predios inteiros. Na Grecia, voce ve meia coluna, tres pedras no chao e ainda esperam que voce fique impressionado com o que seria o magistoso Templo de Poseidon. Anyway, Efeso eh uma parada obrigatoria, nao toma tempo e eh melhor aproveitada se voce tiver um guia paranoico (como o que nohs pegamos), que fazia questao de chegar nos lugares antes mesmo de eles abrirem.

De Efeso, fomos para Pammukale, onde fica o Castelo de Algodao. Uma sequencia de piscinas naturais brancas com agua azul que ocupam o lado inteiro de uma montanha. Dizem que as piscinas nao sao mais tao bonitas ou imponentes como eram antes. Em parte pelo processo natural, em parte pelo fato de terem aberto hoteis muito proximos aas piscinas naturais, que secaram as fontes por completo. Os hoteis foram todos demolidos. Pammukale tambem eh uma visita curta e tambem eh obrigatoria. Leve roupa de banho porque voce vai querer molhar mais do que as canelas nas piscinas naturais.

O dia seguinte foi quase todo na estrada em direcao ao destino principal da Turquia: Capadocia. Passamos por Konya no caminho mais porque estava pago do que por interesse. Eh um centro religioso, onde fica o Mosteiro do Deviches, fundado por Mevlana (especie de mini-Maome para eles). Se eu pudesse escolher, teria pulado essa cidade.

Os proximos dois dias foram de pura admiracao. No primeiro, passeamos pelas formacoes vulcanicas da regiao, as casas e Igrejas escavadas nas pedras. Como todo turista, passamos pelo Vale de Goreme, a Fortaleza de Uchisar, moradas de povos trogloditas, cidades subterraneas, etc. Mas o melhor ainda estava por vir. Pelo ar.

Capadocia Balloon IV.
Originally uploaded by Andreas Toscano.
No segundo dia, revisitamos todos os lugares aa bordo de um balao. Aqui eu vou fazer um parenteses que deveria soar como pontos de exclamacao.

“O passeio de balao custa uns 150 Euros por pessoa e a saida para o passeio eh aas 4:45 da manha. Por esse motivo, tem muita gente que opta por nao fazer o tour. ANTAS! Se voce foi ateh a Capadocia, o que custa gastar um pouco mais e acordar muito mais cedo para fazer o que (provavelmente) vai ser um dos passeios mais bonitos da sua vida?”

Enfim, quem foi nao se arrependeu. Aas 7h ou 8h da manha, todos os baloes da regiao decolam ao mesmo tempo. Sao mais ou menos 40 ou 50 baloes coloridos, subindo num ceu azul lilas e refletindo aquele sol bem amarelo da manha. Eh uma cena tao impressionante que eh dificil olhar para baixo e curtir a paisagem. Por sorte, o passeio dura algumas horas. Isso eh o tempo suficiente para voce esgotar o cartao de memoria da sua camera digital e comecar a olhar para as formacoes naturais da regiao. Ao final disso tudo ainda rola uma taca de champanhe para celebrar essa manha inesquecivel.

De Capadocia, o destino logico eh Ankara, capital da Turquia, jah que eh o aeroporto mais proximo. Se voce tiver tempo, aproveite a passagem pela cidade. Nos tivemos pouco tempo para ver o memorial de Ataturk (fundador da Turquia moderna) inteiro e tambem para absorver a quantidade de informacao do belissimo Museu das Civilizacoes da Anatolia (regiao central do pais).

Retornamos a Istambul mais do que satisfeitos e ainda tinhamos dois dias para conhecer um pouco mais do que continua sendo a cidade mais interessante que eu conheco. Alem dos pontos obrigatorios (Aya Sofia, Mesquita Azul, Palacio Topkapi, Gran Bazar, Mercado de Temperos, Hipodromo, etc.), tive a oportunidade de passear pelo Bosforo, visitar novas mesquitas, o palacio de verao Beylerbeyi e o lado asiatico da cidade. Por incrivel que pareca, ainda tem coisa para ver. Fica para a proxima porque jah era hora de ir para a Grecia.

Chegamos em Atenas com o nivel de exigencia turistica lah no ceu depois de tantos lugares impressionantes. Em outras palavras, Atenas nao surpreendeu. Como era esperado. Apesar de a Acropolis estar cada vez mais completa e bonita a cada ano (e do belissimo Museu da Acropolis), para mim, o resto continua sendo um monte de ruinas. Andamos tudo o que tinha para andar logo no primeiro dia para comecar a expedicao pelo arquipelago grego.

O primeiro tour passou pelas ilhas de Hydra, Poros e Aegina. Hydra talvez mereca um dia completo devido ao charme da vila. As outras ilhas nao tem nada de muito especial que demande mais do que uma caminhada de algumas horas. O pistache deve ser provado em Aegina, mas o passeio aa fabrica de pistaches eh uma perda de tempo sem tamanho. Fique no porto e curta a vista.

Depois desse aperitivo de ilhas, era hora de curtir o prato principal: Mykonos e Santorini.

Mykonos eh uma colecao de praias maravilhosas. Tao lindas que voce nem precisa rodar a ilha toda atras da praia ideal. A maioria delas eh identica: a mesma areia, o mesmo mar e o mesmo por-do-sol maravilhoso. A unica ameaca ao sossego em Mykonos sao os adolescentes americanos. Em Panormos, sentimos na pele (ou no ouvido) o que eh a chegada de um onibus de teenagers. Depois de 3 horas tomando sol, ouvindo lounge music e comendo em paz, chegou um desses onibus. Em questao de segundos, a musica aumentou de volume e intensidade, a gritaria nem se fala. Fora o futebol americano de praia, o volei de praia e a banha aa mostra de praia (nessas horas o junk food literalmente mostra a cara). Pedimos a conta na mesma hora. Pode me chamar de velho, do que quiser, mas esse visual nao combina com as ilhas gregas. Afrodite e Apolo deviam estar rolando no tumulo. De lah, seguimos para a praia mais sossegada que encontramos: Kalo Livadi. Pode ir direto para lah. Alias, nem perca tempo indo para Paradise e Super Paradise, a menos que voce tenha ido para Mykonos porque nao teve tempo de ir para Ibiza. Alem do por-do-sol e das belezas naturais, a comida e o vinho sao otimos. Recomendo jantar assistindo ao por-do-sol no restaurante Gola.

Nem toda viagem acaba com chave de ouro, mas essa acabou.

Arrival in Santorini.
Originally uploaded by Andreas Toscano.
Depois de tudo que a gente tinha experimentado desde a Turquia (e vindo de Mykonos), a expectativa era de que nada poderia nos surpreender. Por sorte, estavamos errados. Apesar de termos vistos um milhao de vezes as casinhas brancas no despenhadeiro, nada nos preparou para a beleza e a majestosidade de Santorini. Eh uma ilha vulcanica... Hmmm, deixa eu reescrever essa frase: eh o que sobrou de uma erupcao vulcanica. Acredito que de todas as catastrofes geologicas, nenhuma deu mais certo do que essa. A ilha toda parece um meio estadio de futebol com vista para o mar verde da Grecia. Tem praia preta (vulcanica), vermelha branca. Tem residuos vulcanicos e paisagens que parecem ter saido de um filme de ficcao cientifica. Faca um favor a si mesmo e alugue um iate particular como o Blue Lagoon para passear na baia. Alem do silencio e da privacidade, a comida que eles preparam eh divina. As pequenas vilas que se equilibram na quina do vulcao tambem sao de tirar o folego (as vezes porque parece que vao despencar), com uma vida noturna menos agitada, mas muito mais divertida do que Mykonos (na minha humilde opiniao de cidadao idoso). A unica coisa ruim de Santorini eh ter que ir embora. Minha irma se agarrou no portao do hotel no ultimo dia, mas optou por uma alternativa melhor: voltar ainda esse mes para o que se pode realmente chamar de paraiso na terra.


Fui.

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This year, me, my mom and my sister decided to celebrate my birthday travelling to Turkey and Greece. I must say that Turkey and Greece were very distinct countries for me. The first one was (thanks to Istambul) a very interesting place that I was eager to come back. The second one was (thanks to Athens and a couple of other cities) a big pile of very important rocks (I’m not a big fan of ruins) that did not inspire me to return.
But besides their big cities, both countries have an extensive list of turistic spots that had been on my wish list for a long time. I’m glad to say that all of them exceeded my expectations and the impression caused by the thousands of pictures we’ve all seen in every single travel guide.

Turkey started as a weekend with friends in Istambul. It was a quick stop way less touristy than the previous one. But soon (Sunday morning) we had to fly to Izmir in order to get to Kusadasi, where we’d spend the night and be blessed with an incredilbe view, an amazing sunset and a private bay to swim in the Aegean Sea.

Next morning, we went straight to Efeso, an old Roman city that is (in my opinion) way more interesting to visit than any Greek ruin. Efeso allows you to walk, observe and understand how people actually lived back then because many of the buildings and monuments are still intact. In Greece, you usually see half a column next to three stones on the ground and they still expect you to be impressed by the magnitude of the Temple of Poseidon. Well, anyway, Efeso is definitely an obligatory stop and it doesn’t take long either. It’s even better if you get a paranoic guide, like the one I had, who was always making sure we were first everywhere we went.

Next stop was Pammukale, where we wanted to see the Cotton Castle.

Pammukale pools.
Originally uploaded by Andreas Toscano.
It’s a huge natural formation with countless blue water pools that take the whole side of a mountain. They say the pools are not as beautiful as they once were. They changed partly because of their natural process and partly because some hotels were built too close to the water springs. The hotels had to be demolished in order to prevent the springs from drying completely. Pammukale is also a quick stop and also mandatory for tourists. Don’t listen to what the guides will tell you about swimming in the pools and take your swimming trunks or bikini with you.

The following day was almost entirely spent on the road. We had to get to Turkey’s main attraction by night time. On the way to Capadoccia, though, we stopped in Konya, a religious town, where the Deviches Monastery founded by Mevlana (some sort of local Mohammed) is located. I’d skip this if I hadn’t already paid for the tour. Your choice.

Capadoccia, on the other hand, was two days of utmost awe.

Capadocia I.
Originally uploaded by Andreas Toscano.
On the first day, we visited the vulcanic formations of the region, plus the houses and churches carved in stone. Like every other turist, we went to the Goreme Valley, the Uchisar Fortress, Troglodyte settlements, underground cities, etc. But the best was yet to come. By air.
On the second day, we saw the very same places from a hot air balloon. And before I try to describe the experience, I need to write a small note that should be read as a big warning:

“The hot air balloon ride costs about 150 Euro per person and you have to leave the hotel at 4h45 in the morning. Because of those two reasons, many people choose not to ride the balloon. MORONS! If you went all the way to Capadoccia, what’s the big deal in spending a little more money and waking up a little earlier once in order to enjoy what will be (most likely) one of the most unforgettable experiences of your life?”

Actually, it doesn’t matter. All of those who went were incredibly glad they did so.
At 7h or 8h in the morning, every single hot air balloon in the region takes off at the same time. I’d say there were around 40 or 50 hot air balloons full of color rising towards a picture perfect blue sky, reflecting the yellow morning sun. It’s such a breathtaking sight it’s hard to look down and enjoy the nature. Luckily, the ride lasts for a couple of hours, which gives you plenty of time to run out of memory on your camera and start actually looking at the view. At the end of the ride, you are greeted with a glass of champagne to celebrate this amazing event.

From Capadoccia, the logical destination is Ankara, the capital of Turkey and the nearest airport to fly back to Istambul. If you have time, enjoy the city. There isn’t much to do besides the Ataturk (father of modern Turkey) Memorial and the beautiful Museum of the Civilizations of Anatolia (central region of the coutry). Our half day tour was not enough to enjoy all of it.

We returned to Istambul extremely satisfied and with two full days to enjoy a bit more of what I consider to be the most interesting city in the world (so far, at least). Besides the usual turistic attractions (Aya Sofia, Blue Mosque, Topkapi Palace, Grand Bazaar, Spices Bazaar, Hipodrome, etc.), I had the chance to go for a short boat trip on the Bosphoros river, visit new mosques, the Beylerbeyi summer palace and the Asian side of the city. Believe or not, there’s still a lot to be seen. Maybe next time because it was time to fly to Greece.

We arrived in Athens with the highest turistic expectation degree after so many impressive sights and experiences. To put it shortly, Athens did not impress. As expected. Even though the Acropolis looks better each time I see it (and despite the new Acropolis Museum), the rest is still just a bunch of ruins. We looked at everything that needed to be looked at in the first day in order to have more time to explore the Greek archipelago.

The first tour was around the small islands close to the continent: Hydra, Poros and Aegina. I think Hydra deserved a full day visit due to its charming restaurants, bars and streets. The other islands aren’t that special and a couple hours are more than enough to get a taste of them. You have to try the pistachio from Aegina, but please do not waste your time or your money on the factory tour. Walk around the port and enjoy the view.

Once we’ve had the appetizer, it was time for the main dish: Mykonos and Santorini.

Mykonos is a collection of wonderful postcardlike pictures. They are so nice you don’t need to drive around the whole island looking for the ideal beach. Most of them are identical: same sand, same sea and the same incredible sunset. The only threat to the peace in Mykonos is American teenagers. We felt what they are capable of in Panormos. After almost 3 hours sunbathing, listening to lounge music and eating in peace, a bus full of these teenagers arrived. In a matter of seconds, the music increased in volume and intensity, not to mention all the shouting. Add some american footbal, some beach volleyball and a lot of fat (consequence of eating all that junk food) to the mix and you’ll have my family asking for the check almost immediately. Maybe I’m getting old for this, but I believe this wasn’t meant for the Greek Islands. Apollo and Aphrodite were probably rolling in their graves. From there, we went straight to Kalo Livadi. If want a calm perfect beach, head straight to that place. By the way, don’t waste your time on Paradise or Super Paradise beaches, unless you decided to go to Mykonos because you wouldn’t have time to do go Ibiza. Besides the sunset and the sights, the food and the wine are amazing. I recommed watching the sunset while having dinner at the Gola restaurant.

Not everything ends on a high note, but this trip did. Considering everything we had seen and experienced since we started (and taking into account that we were coming from Mykonos), we had a feeling nothing else could impress us. Luckily, we were wrong. Despite the fact that we had seen a million pictures of the white houses hanging to the edge of the cliff, nothing could have prepared us to the beauty and the majesty of Santorini. It’s a volcanic island... Ops, let me rephrase that: it’s what’s left of a major volcanic eruption. Out of all the natural catastrophes, I believe none turned out so well as this one.

Amoudi Bay by night.
Originally uploaded by Andreas Toscano.
The island looks like a football stadium cut in half, with an astonishing view to the Greek sea. It has rock beaches, black beaches, red beachs and white beaches. It has volcanic residues and activity scattered around the island, with sights that seem to have come out straight of a sci-fi movie. Do yourself a favor and rent a private boat like the Blue Lagoon to explore the bay. Besides the silence and the privacy you’ll experience, the foos onboard is divine. The little villages clinging to the volcano are also breathtaking (sometimes because it seems like they are about to fall). The nightlife is less intense than in Mykonos, but way more enjoyable (in my humble elderly opinion). To be honest, the only bad thing about Santorini is leaving the island. My sister tried holding on to the hotel gate, but opted for a better solution: she’s coming back soon to what can really be called heaven on Earth.

See ya.

Saturday, May 14, 2011

Volta aas aulas.
Back to school.


Sharpening the edges.
Originally uploaded by Andreas Toscano.
Semana retrasada, voltei aas aulas. Ou melhor, ao paraiso: Calafat, Espanha. Lah estah um dos autodromos mais perfeitos para quem gosta de moto. Ano passado eu tinha ido para lah reaprender a andar de moto. Este ano, fui para lah limar as rebarbas. E que rebarbas. Quanto melhor a gente acha que pilota, pior estah pilotando. Cada detalhe muda tudo. Inclusive a sua confianca nas curvas.
Gracas aos Deuses da California Superbike School, aperfeicoei muito a tecnica (apesar de estar longe da perfeicao) nas curvas, a ponto de colocar o joelho no chao em todas as curvas, de direita e esquerda, de alta e baixa velocidade. Este ano tambem foi especial porque parte das licoes foram dadas por Keith Code (que voce provavelmente nao conhece), o maior instrutor de motociclismo de todos os tempos e criador da Escola (com “e” maiusculo mesmo).
Agora eh praticar nos terriveis autodromos de Moscou durante o verao ateh chegar a hora de ir para Almeria, Espanha, para melhorar os tempos de volta e a visao periferica, que ainda tem muito a melhorar. Pode conferir aqui no video.


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Two weeks ago, I went back to school. Better yet: back to paradise: Calafat, Spain. There is where you can find one of the best racetracks in the world for motorbikes. This year, I went there to sharpen the (still very rough) edges. It’s amazing: the better you think you are riding, the worse you are actually riding. Each detail changes everything. Especially your confidence going through the turns.
Thank God(s from the California Superbike School,), I was able to perfect my technique (even though it’s still faaaar from perfect) to the point where I could touch the tarmac with my knee in every turn, right or left, fast or slow. This year was also special because part of the lessons were given by Keith Code (someone you probably never heard of) himself, the best racing instructor of all times, and founder of the School (with a capital “s”).
Now all I have left is to practice in the terrible tracks around Moscow during the summer and wait for the moment I can fly to Almeria, Spain, to lower my lap times in general and my peripheral vision that also needs a lot of improvement. Check the video.



Sunday, May 08, 2011

Coisas que eu achei que jah tivesse contado 4/4.
Things I thought I’d told you 4/4.


Street Art.
Originally uploaded by Andreas Toscano.
Tem uma diferenca enorme entre o que um russo entende por arte de rua e voce. Voce provavelmente pensa em grafite, performance ou meninos de rua que estao sendo treinados por alguma ONG. O Russo pensa em arte arte.
Em Moscou, a democratizacao da arte chega ao ponto de a arte ir ateh voce. E de graca (que eh ainda melhor do que os precos especiais para russos em museus e gaelrias). As grandes pinturas que estao nos museus tambem estao espalhadas pela cidade. Sao replicas aa prova de chuva (porque vandalismo nao tem), com moldura, texto explicativo e uma indicacao de onde voce pode ver o original, caso ainda queira.
Para mim, a cidade fica nao soh mais bonita, mas tambem com um ar mais caseiro. Afinal, soh em casa a gente ve pinturas na parede, ne?

Fui.

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There’s a huge difference between what a Russian might understand as “street art” and what you might. You might think of graffiti, street performances and so on. A Russian will think of art itself.
In Moscow, the democratization of arts has come to the point of taking the art to you, wherever you are. And for free (which is even better than the special price Russians pay at museums and art galleries). The masterpieces are scattered around the city. They are weatherproof (since there’s no vandalism) replicas, with frame, description and a sign telling you where you could see the original one, in case you still want to.
I think this makes the city not only more beautiful, but also more cosy. It feels more like home. After all, that where we see paintings hanging on the wall, right?

And over.

Coisas que eu achei que jah tivesse contado 3/4.
Things I thought I’d told you 3/4.


Seguro-divorcio
Originally uploaded by Andreas Toscano.
Na Russia, “ateh que a morte nos separe” nao eh suficiente. Por aqui, a tradicao eh garantir a uniao com um cadeado. Depois da cerimonia, os casais e amigos rodam a cidade parando e tirando foto em todos os monumentos. Ao final desta excursao, os pombos chegam aa Ponte dos Apaixonados, colocam um cadeado com o nome dos dois numa arvore de ferro (ou na propria ponte) e jogam a chave no rio Moscou.
O que me faz perguntar: serah que na hora do divorcio, alem de advogado, eles tem que chamar um chaveiro?

Fui.

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In Russia, “till death do us part” isn’t enough. Here, the holy union is guaranteed by a metal lock. After the ceremony, the couple and their friends drive around the city, stopping and taking pictures at every single monument. At the end of this excursion, the lovebirds arrive at the Lover’s Bridge, where they put a lock on a metal tree (or the bridge itself) and throw the key into the Moscow river.
Which makes me wonder: when they get a divorce, besides a lawyer, do they need to call a keysmith?

C ya.

Tuesday, May 03, 2011

Coisas que eu achei que jah tivesse contado 2/4.
Things I thought I’d told you 2/4.


Cobrindo a reforma.
Originally uploaded by Andreas Toscano.
Este post vai ser um dos mais curtos que eu jah escrevi, mas, nem por isso, vai ser menos importante. Alias, adoraria que todos os administradores publicos do mundo lessem este texto e seguissem o exemplo.
Na Moscow, grande parte dos predios que estah em obra nao fica com aquela cara de obra, com o esqueleto todo aa mostra durante meses (ou anos), enfeiando a cidade. Aqui, eles cobrem as obras com uma replica do que vai ser o predio quando a obra estiver acabada. Parece ateh uma capinha de protecao, tipo aquelas que sua voh colocava sobre a maquina de lavar roupa para nao enfeiar a area de servico. O design varia, mas o resultado eh o mesmo.
Aproveitando o assunto, adoraria que os administradores publicos daqui seguissem o exemplo do Kassab e acabassem com a propaganda de rua em Moscou. Alem do mau gosto, estamos chegando num ponto onde tem tanto outdoor que um cobre o outro e voce nao ve nada. Nem o ceu.

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This is going to be one of my shortest posts ever. But that doesn’t mean that this one is less important. Quite the opposite. To be honest, I wish every single City Hall representative in the world read this text and followed the example.
In Moscow, most of the buildings where renovations are being done do not look like your typical work site, with the skeleton of the building exposed for everyone to see, making the city uglier than it needs to be. Here, they cover the structure with a replica of what the finished product is going to look like. It works like a protection cover, but with a nice touch to it (kind of like the one people put on their iPhones). The design can vary, but the result is always the same.
While I’m at it, I also wish Moscow City Hall representatives could follow Sao Paulo’s example and ban all outdoor advertising from the city. Besides the terrible taste advertisers have, we’re getting to a point here where that are so many billboards they’re starting to cover each other up. You can’t see a thing. Not even the sky.

Coisas que eu achei que jah tivesse contado 1/4.
Things I thought I’d told you 1/4.


Men's Day.
Originally uploaded by Andreas Toscano.
Na Russia, o Dia Internacional da Mulher eh muito mais do que uma data para sorrir e dar os parabens para as mulheres que trabalham com voce. Para comecar, 8 de Marco aqui eh feriado nacional e o minimo que TODAS as mulheres esperam de voce eh um buque de flores (independente do tipo de relacao que voces tenham). Mas esse nao eh o assunto deste post. Este post eh sobre outra data, que soh se comemora desse lado do mundo: o Dia dos Homens, que acontece 2 semanas antes, no dia 23 de fevereiro.
Originalmente, esta data era conhecida como Dia do Exercito Vermelho, apos o primeiro grande alistamento de 1918. Mais tarde, com o fim da URSS, o feriado ganhou seu atual nome: Dia dos Defensores da Patria, em homenagem a todos que serviram no Exercito e na Marinha. Alem das cerimonias e homenagens, as mulheres dao presentes e atencao especial aos homens ao seu redor (tambem independentemente do tipo de relacao que voces tenham). Tambem eh comum ver gente vestida com roupas de guerra e, as vezes, maquiagem simulando hematomas e feridas. No nosso caso, como estavamos ocupados trabalhando, acabamos ficando soh com as roupas.

Fui

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In Russia, the International Women’s Day is way more than a day when you smile and congratulate women that work with you. For starters, the 8th of March is a national holiday and EVERY woman expects nothing less than a bouquet of flowers from you (regardless of how you two are related). But I digress. This post is supposed to be about another date. One that is only celebrated on this side of the planet: Men’s Day, which happens to be just 2 weeks before Women’s Day, on the 23rd of February.
Originally, the date was known as the Red Army’s Day, after the first big draft in 1918. After the collapse of the USSR, the holiday received its current name: Defenders of the Fatherland Day, in memory of all the men who served in the Army or the Navy. In addition to all the ceremonies and homages, women give gifts and a lot of attention to all the men around them (also regardless of how you are related to each other). It’s also common to see people dressed as veterans or even wearing special make-up to simulate bruises and injuries. In our case, since we were busy working, we ended up with just some jackets and hats.

Whatcha gon’ do?

Friday, April 22, 2011

Bem-vindo a Zermatt.
Welcome to Zermatt.


-20C. Frozen smile.
Originally uploaded by Andreas Toscano.
Se eu mantiver a media de atraso, meu proximo post deve acontecer perto do Natal. Espero que, passado esse comeco de ano corrido, as coisas entrem nos eixos e eu tenha mais tempo para escrever. Voltemos ao assunto. Ou melhor, voltemos no tempo.
Em fevereiro, eu e mais 5 amigos fomos para Zermatt, na Suica. Eh uma das estacoes de esqui mais chiques do mundo, porque lah voce sempre ve figuras famosas, a comecar pela montanha que estampa a embalagem do Toblerone (o Monte Matterhorn). Apesar do chiqueT, os precos nao sao muito mais altos do que os das estacoes de esqui russas, que nao oferecem 10% do que Zermatt oferece. Lah tudo funciona e tudo eh bem mantido.
Esta viagem foi diferente de todas as outras viagens de esqui/snowboard que eu fiz exatamente pela estrutura do lugar. Pela primeira vez, peguei lifts fechados, com hora marcada, que sobem a montanha toda (e que montanha) e que funcionam sempre que as condicoes climaticas permitem.
Alem disso, foi a primeira vez que eu tive acesso a um snowpark de verdade (area com half-pipe, rampas e corrimaos). Nao foi preciso improvisar em pedras, cantos de pista ou desniveis. Fora que, de Zermatt, voce ainda pode ir para a Italia, onde tem mais quilometros e quilometros de pista e um restaurante italiano controlado por suecos que tem a melhor comida que eu jah comi (desculpe, Mama). Inclusive, para fechar o post, vou deixar a receita da melhor sopa de tomate que eu jah comi. De nada.

Um pao italiano ou uma baguette francesa
2 cenouras
2 talos de aipo
1 cebola media
3 cabecas de alho
3 colheres de sopa de azeite
1 copo de vinho branco seco
4 1/2 copos de tomate em lata espremido como pure
1/2 colher de cha de oregano
3 a 4 copos de agua
1 copo de nata (espero que esta seja a traducao correta)
1 copo de creme de leite

Pre-aqueca o forno a 180 C.
Corte o pao em cubos de 1,5 cm ateh encher 3 copos e coloque-os em uma unica camada dentro de uma assadeira. Toste o pao no meio do forno ateh dourar e ficar crocante. 10-15 minutos.
Pique a cenoura, o aipo, a cebola e o alho. Numa panela grande, cozinhe tudo com azeite, sal e pimenta. Mantenha o fogo baixo, para que eles fiquem macios, mas nao marrom. Mais ou menos 10 minutos.
Adicione o vinho e deixe ferver por 3 minutos.
Adicione o tomate, o oregano e um copo de agua. Mantenha a mistura quase fervendo, mexendo esporadicamente com a panela descoberta. 20 minutos.
Tire a panela do fogo e adicione a nata e o creme de leite.
Deixe a sopa esfriar por 10 minutos.
Bata a sopa aos poucos no liquidificador, ateh atingir a consistencia de pure (cuidado ao bater liquidos quentes no liquidificador). Coloque o pure numa travessa grande.
Coloque a sopa de volta na panela e adicione agua ateh atingir a consistencia desejada. Tempere com sal e pimenta a gosto, mexendo em fogo baixo para nao ferver.
Sirva com os croutons. Faz 11 pratos, servindo de 6 a 8 pessoas. Bom proveito.

Fui.

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If I keep the current pace, my next post will be written around Christmas time. I just hope that once this crazy period is over, I can get back on track and write more often. Let’s get back to the subject. Better yet, let’s go back in time.
In February, I went to Zermatt, Switzerland, with 5 friends. This is one of the poshest ski resorts in the World (no pun intended, but it’s so posh that Posh Spice herself was there for New Year’s). It is so because you can always spot famous figures, starting with the mountain that is printed on every Toblerone bar (Mount Matterhorn). Even though it is an elite resort, the prices aren’t that different from those charged at Russian resorts, where you won’t find 1/10th of the infra-structure. In Zermatt, everything works properly and on time.
In fact, this trip differed from all my previous skiing/snowboarding trips because of the infra-structure of the place. For the first time, I enjoyed covered lifts, that works as scheduled and go all the way to the top of the mountain (a hell of a mountain, mind you) whenever the weather permits.
It was also the first time I had access to a real snow-park (area with half-pipes, ramps and rails). There was no need to improvise on rocks, piste edges and uneven tracks. Not to mention that from Zermatt you can go to Italy and enjoy miles and miles of new tracks, and an Italian restaurant owned by Swedes where I had the best food of my life (sorry, Mama). So good in fact that I decided to wrap this post with the recipe for the best tomato soup I’ve ever had. You are welcome.

About a loaf of Italian or French bread
2 Carrots
2 celery ribs
1 medium onion
3 garlic cloves
3 tablespoons of olive oil
1 cup of dry white wine
4 1/2 cups of canned crushed tomatoes in puree
1/2 teaspoon of dried oregano, crumbled
3 to 4 cups of water
1 cup heavy cream
1 cup sour cream

Preheat oven to 350F.
Cut enough bread into 3/4-inch cubes to measure about 3 cups and arrange
in one layer in a shallow baking pan. Toast bread in middle of oven until
golden and crisp, 10 to 15 minutes.
Finely chop carrots, celery, onion and garlic. In a heavy 4- to 5-quart
kettle cook chopped vegetables and garlic in oil with salt and pepper to
taste over moderately low heat, stirring until tender but not browned, about
10 minutes. Add wine and boil 3 minutes. Add tomatoes, oregano and 1 cup of
water and simmer, uncovered, stirring occasionally, 20 minutes. Remove
kettle from heat and whisk in heavy cream and sour cream. Cool soup 10
minutes. In a blender puree soup in batches (use caution when blending hot
liquids), transferring as pureed to a large bowl. Return soup to kettle and
thin to desired consistency with remaining water. Season soup with salt and
pepper and heat over moderate heat, stirring, until heated through (do not
let boil).
Serve soup ladled over croutons in large bowls. Makes about 11 cups,
serving 6 to 8. Enjoy.

Sunday, April 17, 2011

Quando sonhos viram realidade.


Director x Copywriter.
Originally uploaded by Andreas Toscano.
Algumas semanas ou meses atrás, eu escrevi no Facebook que o sonho de todo diretor de criação era voltar a ser redator. Esta frase não poderia ser mais verdadeira. Ainda mais na Rússia. Eu passei 4 anos na ilusão de que era possível mudar os criativos daqui. Que eles também querem fazer um trabalho bom e não apenas dizer que são criativos. Eu estava errado. Perdi muito tempo tentando motivar, ensinar e coordenar pessoas que não querem nada disso. Fora que todo o tempo que eu poderia usar para criar algo eu mesmo era gasto em reuniões que não tinham o menor sentido. Se você olhar a foto aí ao lado vai entender o quanto o pessoal aqui gosta de se reunir ao invés de resolver.
Felizmente, eu tenho um chefe que também entende isso e concordou com a minha decisão de voltar a ser redator. Fora isso, ainda concordou em trazer um diretor de arte brasileiro para trabalhar comigo. Ou seja, não poderia ser melhor.
Sei que este post via soar Comoros um desabafo (e é bem o que ele é), mas eu precisava falar para alguém.

Fui.

Monday, March 28, 2011

De volta para onde tudo (realmente) comecou.
Back to where it all (actually) started.

Eh, voltei. Com um atraso enorme, mas voltei. E vamos comecar pelo comeco, literalmente. Esse ano eu passei o reveillon em Punta Cana, praia linda na Republica Dominicana. A bem da verdade, eh um Brasil mais barato (por incrivel que pareca). Ou seja, se voce quiser gastar mais e viajar menos, vale mais a pena ir para o Nordeste.
Mas a Republica Dominicana tem algo que eu nao esperava: Historia. Com H maiusculo mesmo. Foi lah que Cristovao Colombo desembarcou em 1492 e comecou a (re)colonizar as Americas. Em Santo Domingo, voce pode visitar a casa da familia Colombo, ver o relogio de sol e a igreja mais antiga do continente.
Estou recontando esses fatos porque nos, brasileiros, constantemente criticamos os Americanos por valorizarem somente a sua historia, mas nos fazemos o mesmo. Para nos, a historia da America comeca em 1500 e descobridor mesmo eh Pedro Alvares Cabral.
O que eh mais interessante na Republica Dominicana eh ver um pais tomado por resorts 5 estrelas, com vilas construidas por Julio Iglesias, mas pobre a ponto de voce nao poder fazer seguro para um carro alugado (segundo os guias). Onde voce tem buffet all-inclusive o dia todo, mas o povo come carne que fica exposta ao clima o dia todo. Um pais que nao eh America do Norte, nem tem a alegria da America do Sul. Eh um meio termo. Talvez por isso os pacotes custem metade dos pacotes de ano novo no Brasil.

Fui.

PS - A menos que voce seja surdo, leve tapa-ouvidos. Foi provado cientificamente que Merengue pode (e vai te) levar aa loucura.

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I’m back. After a long break, I’m back. And I’ll start from the start. Literally. I spent my New Year holidays in Punta Cana, a wonderful beach in the Dominican Republic. Truth be told, it’s a cheaper version of Brazil (believe or not). So, if you want to spend more and fly a little less, go to the Northeast of Brazil.
But the Dominican Republic has something I did not expect to find there: History. With a capital H. That’s where Columbus first set foot in 1492 and started (re)colonizing America. In Santo Domingo you can still visit the house of the Columbus family and see the oldest sun clock and the oldest church of the continent.
I’m retelling you these facts because, as a Brazilian, we often criticize Americans for valuing only their own story and we do the exact same. For us, history starts in 1500 and the real explorer is Pedro Alvares Cabral.
The most interesting thing about the Dominican Republic is to see country covered by 5 star hotels, with villas built by Julio Iglesias, but so poor you cannot insure your rented car (according to the local guides). Where you have 24-hour all-inclusive buffets, but people eat meat that’s stays under the sun the whole day covered in flies. A country that’s not North America, nor has the joy of South America. It could be so much more than it is. But for the moment, enjoy that the prices are also a lot less than they could be.

Bye.

PS - Unless you are deaf, take some earplugs with you. It has been proven scientifically that Merengue can (and will) drive you insane.