Não sei se você sabe, mas eu sou desses colecionadores paranóicos, que não conseguem descansar enquanto a coleção não está completa. Neste caso, era a coleção de capitais escandinavas que estava incompleta e me incomodando há muito tempo. Foi um alívio enorme ter conseguido encaixar um pulinho a Copenhagen no final do ano passado.
Como era de se esperar, Copenhagen tem muito das suas irmãs nórdicas: a ordem, a segurança, a limpeza e o padrão estético baseado mais na simplicidade do que na ostentação.
Mas Copenhagen tem um espírito mais rebelde do que as suas irmãs. Em Estocolmo, o que me marcou foi a vaidade e o bom gosto dos habitantes. Em Oslo, a quantidade de gente indo ou voltando da prática esportiva. Em Helsinki, a sensação de que cada morador vive sua vida indiferente às pessoas à sua volta. Já Copenhagen me pareceu mais viva. Mais gente na rua, mais interação, mais energia. Me pareceu uma mistura de Londres com leste europeu.
Talvez estas características expliquem o fato de a cidade ter o segundo parque de diversões mais antigo do mundo (o primeiro também fica na Dinamarca, não muito longe dali), o Tivoli Park. Ou a popularidade do Crossfit, que é uma pratica esportiva não muito civilizada. Ou ainda a quantidade de cafés, bares e restaurantes por todos os cantos e becos, além da importância da interação pessoal na hora de conseguir uma mesa ou um drink nesses lugares.
Mas o principal exemplo da rebeldia dinamarquesa talvez seja a Comunidade Anárquica chamada Freetown Christiania, nos subúrbios de Copenhagen. Uma área autônoma, onde moram cerca de 850 pessoas. É um lugar onde as pessoas meio que vivem como querem e fazem o que querem. O comércio de maconha era totalmente livre até 2004, mas tem sido alvo de muita controvérsia desde então. Apesar da criminalidade quase inexistente no país, eu me senti bem pouco à vontade andando por lá.
Apesar disso e do vento (traga uma jaqueta), Copenhagen é uma cidade muito aconchegante, cheia de atracões (como a famosa Pequena Sereia), restaurantes incríveis (inclusive o primeiro restaurante Paleo do mundo, para os adeptos do Crossfit), parques, história, e um píer com cores e charme para dar e vender.
Espero que você não espere tanto quanto eu para conhecer Copenhagen. Nem que seja só para completar a sua coleção de capitais da Escandinávia.
Fui.
:)
I'm not sure I've ever mentioned this here, but I'm one of those obsessed collectors that can't rest until a collection is complete. In this case, my "collection" of Scandinavian capitals was incomplete and bothering me for years. You can't imagine the relief it was to finally find time to squeeze a trip to Copenhagen last year.
As one might expect, Copenhagen shares many of its nordic sisters characteristics: it's very organized, safe, clean, and built to ooze simplicity instead of ostentation.
But Copenhagen is a bit of a rebel when compared to its sisters. In Stockholm, I was impressed by the vanity and the good taste of its inhabitants. In Oslo, by all the people going to or coming from sport their sport practice. In Helsinki I was taken aback by how people seem to carry on with their lives indifferent to everyone else around them. That's why I was so surprised to see so much interaction in Copenhagen. There were more people in the streets, more energy, more life. It was like a mix of London and Eastern Europe.
Maybe these traits explain why the city has the second oldest amusement park in the world (the oldest one is also in Denmark, not far from there), the Tivoli Park. Or the popularity of Crossfit, which is not a very civilized kind of sport. Or even the sheer number of cafes, bars and restaurants in every street and alley, not to mention the importance of human interaction to get a table or a drink in any of these places.
But probably the biggest example of the Danish rebel soul is the Anarchist Communitiy of Freetown Christiania, in the suburbs of Copenhagen. A self-proclaimed autonomous area, which is called home by 850 people. It's a place where people baiscally live how they want to and do almost whatever they want to. Dealing pot was totally OK till 2004, but has become the source of a lot discussion ever since. Even though there's practically no criminality in Denmark, I didn't feel at ease walking around the community.
Despite that and the wind (bring a jacket), Copenhagen is a cozy city with lots of attractions (like the famous Little Mermaid), amazing restaurants (including the world's first Paleo restaurant for Crossfit lovers), parks, history, and a charming, colorful pier that deserves all the postcards it features.
I hope it doesn't take you as long as it took me to finally go to Copenhagen. Even if you just need to complete your collection of Scandinavian capitals.
Cheers.
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