Esse eh mais um post da serie "para voce que nao trabalha em propaganda". Explicar o que um criativo faz eh uma das coisas mais dificeis do mundo. Isso porque, na verdade, nosso trabalho soh existe na nossa cabeca. Nosso trabalho eh criar. Assim como quem pensa que um artista pinta ou esculpe (e nos nao somos artistas), o comum eh pensar que nos (literalmente) filmamos o comercial, quando na verdade nos pensamos O QUE filmar. Como sempre, comeco a divagar sobre algo que nao eh o assunto principal.
Bem, o que eu queria dizer eh que muita gente pergunta "De onde vem as ideias?" ou "Como voce sabe que as pessoas pensam assim?" ou "Como voce sabe que as pessoas vao entender isso?". A resposta eh simples: porque as pessoas falam para nos. Em propaganda, voce tem direito a um reality show muito melhor do que o Big Brother. Chama-se Focus Group. A gente reune as pessoas com o perfil que nos interessa, coloca elas numa sala e senta atras de um espelho. Enquanto o pessoal se mata para explicar em linguagem leiga o porque de terem gostado de uma ideia, nos comemos bolo com cha.
Num mundo ideal, esse tipo de teste nos daria todas as respostas. No mundo real, eh quase o contrario. Para comecar, as pessoas que estao livres numa quarta-feira aa tarde para conversar sobre um comercial durante 2 horas nao sao as pessoas do tipo (hum, como dizer...) empregadas e com salario. Isso quer dizer que nao sao as pessoas mais inteligentes (caso estivessem empregadas antes). Alem disso, elas tem que racionalizar uma emocao. Imagine responder aa pergunta: Por que voce ama sua mae?
- Bem, ela sempre cozinhou para mim, nunca me bateu e eh honesta.
Nao tem nada a ver com a realidade. Voce ama ela simplesmente porque ela eh ela e pronto. Soh que o cliente nao pensa assim. Ele acha que se um idiota falar que amarelo eh feio, o comercial tem que ter mais azul e assim vai.
Independente disso, eh uma experiencia muito bacana e ajuda voce a entender um pouco como o consumidor pensa e ve seu produto. Seria otimo se todo mundo pudesse ter seu momento mosquinha na sala. Imagine um paciente com doenca venerea atras desse espelho apos a consulta.
Medico: Usou a privada do estadio, o cacete...
Fui.
Friday, October 31, 2008
Thursday, October 16, 2008
Entrando em outra.
Eu literalmente entrei de cabeca na nova agencia. Logo na primeira semana, aprovei os melhores filmes do ano, descasquei uns pepinos que estavam emperrados, ganhei a (temporaria) confianca dos funcionarios e deixei minha marca. Esse ultimo ponto tem seus pros e contras. Se por um lado o baixo escalao adorou, por outro, virou ponto de discussao entre a chefia.
Eh o seguinte... Eu cheguei na semana em que a reforma da agencia vai comecar e fiz uma festa de boas-vindas/adeus escritorio. No embalo da alegria e da tequila, o pessoal resolveu derrubar uma das paredes (que seria derrubada anyway). No embalo da alegria e (no meu caso) do uisque, a ideia pareceu fazer sentido e deixei acontecer. Ok, ok, eu tambem entrei na farra.
Do nosso ponto-de-vista, foi uma experessao inocente de alegria e libertacao. Para quem viu a fita de seguranca, sem musica e sem alcool, foi um ato de vandalismo e loucura. A "galera" achou bom. A diretoria achou bom... que ninguem se machucou. Eu tambem. Achei que ia ser demitido na primeira semana. Se fosse o caso, pelo menos iria sair com o a cabeca erguida. E cheia de cal.
Huh.
Eh o seguinte... Eu cheguei na semana em que a reforma da agencia vai comecar e fiz uma festa de boas-vindas/adeus escritorio. No embalo da alegria e da tequila, o pessoal resolveu derrubar uma das paredes (que seria derrubada anyway). No embalo da alegria e (no meu caso) do uisque, a ideia pareceu fazer sentido e deixei acontecer. Ok, ok, eu tambem entrei na farra.
Do nosso ponto-de-vista, foi uma experessao inocente de alegria e libertacao. Para quem viu a fita de seguranca, sem musica e sem alcool, foi um ato de vandalismo e loucura. A "galera" achou bom. A diretoria achou bom... que ninguem se machucou. Eu tambem. Achei que ia ser demitido na primeira semana. Se fosse o caso, pelo menos iria sair com o a cabeca erguida. E cheia de cal.
Huh.
Saindo de uma.
Essas ultimas semanas foram bem corridas. Novo trabalho, carro, documentos, futebol, etc. Mal deu para respirar. Agora, vou entrar num ritmo mais humano de vida. Pelo menos espero.
Vamos ao que interessa. Acabou. A loucura de atender 15 clientes, com 15 submarcas e 15 campanhas anuais acabou. Apesar de ter um fundinho de alivio, a despedida foi bem triste para ambos os lados. Nao eh facil largar um lugar onde voce nao atingiu as metas que estabeleceu. E nao foi facil para eles largar alguem que trazia um sorriso na cara todos os dias (para o Russo, quem sorri sempre eh louco). Mas tinha que acontecer. Agora eh cultivar as amizades e os contatos que valem a pena e deixar o resto para tras.
Igual assistir um balao que escapou da mao de uma crianca: por mais triste que seja, nao deixa de ser bonito.
Fui.
Vamos ao que interessa. Acabou. A loucura de atender 15 clientes, com 15 submarcas e 15 campanhas anuais acabou. Apesar de ter um fundinho de alivio, a despedida foi bem triste para ambos os lados. Nao eh facil largar um lugar onde voce nao atingiu as metas que estabeleceu. E nao foi facil para eles largar alguem que trazia um sorriso na cara todos os dias (para o Russo, quem sorri sempre eh louco). Mas tinha que acontecer. Agora eh cultivar as amizades e os contatos que valem a pena e deixar o resto para tras.
Igual assistir um balao que escapou da mao de uma crianca: por mais triste que seja, nao deixa de ser bonito.
Fui.
Friday, October 03, 2008
Sem transito? Sem problemas.
Semana passada, comprei um carro. Resolvi ter um pouco mais de independencia por aqui. Mas, assim que voce pensa em carro, pensa em transito que, em Moscou, eh assunto serio. Soh que isso soh vale para os nao-politicos ou para os nao-abastados.
Os politicos aqui tem uma luzinha azul em cima do carro que permite a eles fazerem o diabo no transito (nao que as pessoas jah nao facam isso normalmente). Eles podem andar na contramao, na calcada, mandas CET pro inferno, etc. E como tudo por aqui (Russia e Brasil), basta dar um jeitinho: eh pagar um cafezinho (ou vodka) para alguem e tudo certo. O carro da foto, por exemplo, nem tem placa especial. O problema eh que a quantidade de carros com essa luzinha ai tah atingindo um patamar meio surreal. Daqui a pouco, todo mundo vai ter esse treco. Ai vai ser engracado: todo mundo parado, com a luzinha acesa e a sirene rolando. Moscou vai ser uma grande discoteca ao ar livre. Eh fogo. Acho que eu vou comprar uma dessas pra mim. Ou nao...
Fui.
Os politicos aqui tem uma luzinha azul em cima do carro que permite a eles fazerem o diabo no transito (nao que as pessoas jah nao facam isso normalmente). Eles podem andar na contramao, na calcada, mandas CET pro inferno, etc. E como tudo por aqui (Russia e Brasil), basta dar um jeitinho: eh pagar um cafezinho (ou vodka) para alguem e tudo certo. O carro da foto, por exemplo, nem tem placa especial. O problema eh que a quantidade de carros com essa luzinha ai tah atingindo um patamar meio surreal. Daqui a pouco, todo mundo vai ter esse treco. Ai vai ser engracado: todo mundo parado, com a luzinha acesa e a sirene rolando. Moscou vai ser uma grande discoteca ao ar livre. Eh fogo. Acho que eu vou comprar uma dessas pra mim. Ou nao...
Fui.
Wednesday, September 24, 2008
Se o Queen pode, eu tambem posso.
Um dos meus sonhos sempre foi o de ser vocalista. Infelizmente, eu herdei a voz da minha mae e a afinacao do meu pai. Mesmo cantando muito no chuveiro e decorando todas as letras de musica que eu gosto, o maximo que eu atingi foi um show no colegio e alguns tomates no karaoke. Mas, talvez inspirado pela performance do Queen sem Freddy Mercury, resolvi aceitar o convite da McCann-Erickson para cantar na festa de abertura do Festival de Moscou.
A performance nao foi das piores, confesso. Os aplausos, nao sei se foram de doh ou de excesso de vodka mesmo. Ou os dois. Uma coisa que ajudou foi ter alguem para dividir a culpa (o cara da foto) e a vergonha, ja que nenhum dos dois sabia a letra de cor.
O show ainda marcou uma despedida dupla para o grupo ADV: eu e o Erwin (outro brasileiro que coordenava a agencia comigo). Bom para quem foi, melhor para quem se vai. ;-)
Fui.
A performance nao foi das piores, confesso. Os aplausos, nao sei se foram de doh ou de excesso de vodka mesmo. Ou os dois. Uma coisa que ajudou foi ter alguem para dividir a culpa (o cara da foto) e a vergonha, ja que nenhum dos dois sabia a letra de cor.
O show ainda marcou uma despedida dupla para o grupo ADV: eu e o Erwin (outro brasileiro que coordenava a agencia comigo). Bom para quem foi, melhor para quem se vai. ;-)
Fui.
Tuesday, September 23, 2008
Estadio nao sei se lota, mas ginasio ainda lota.
Semana passada aconteceu o primeiro show do Queen na Russia. Segundo Brian May, foi um momento historico. Ele espera que hajam cada vez menos barreiras politicas para o intercambio cultural. Eu fiquei surpreso de ver o ginasio inteiro cantando musicas inteiras conhecendo a media de pessoas que falam bem ingles. Acho que eles tambem ficaram surpresos.
Antes do show, confesso que estava um pouco cetico sobre o quanto eu iria aproveitar um show do Queen sem Freddy Mercury. Ainda mais quando o substituto (Paul Rodgers), apesar de famoso, eh um total desconhecido para mim. Show Must Go On e Fat Bottom Girls foram suficientes para acabar com meu ceticismo. Com ou sem Freddy, as musicas quase falam (ou cantam) por si soh. Sem falar que a guitarra de Brian May arrepia. Cada riff eh tao conhecido que parece que um amigo seu acabou de entrar em cena.
Fora isso, tem o fator experiencia. O que esses caras tem de horas de palco a gente nao tem de vida. Eles sabem entreter. Nao como os artistas atuais que soh entretem e nao cantam (ou tocam). Eles fazem da musica um show.
Os pontos altos, como era de se esperar, ficam para o final: We Are The Champions, com Freddy no telao, e We Will Rock You com o estadio vindo abaixo em palmas. Imperdivel. O que eu posso deixar de dica eh que se o Queen+Paul Rodgers passar pela sua cidade, compre o melhor lugar que o seu saldo bancario permitir. Garanto que voce vai se sentir perto de Freddy: no Ceu.
Fui.
Antes do show, confesso que estava um pouco cetico sobre o quanto eu iria aproveitar um show do Queen sem Freddy Mercury. Ainda mais quando o substituto (Paul Rodgers), apesar de famoso, eh um total desconhecido para mim. Show Must Go On e Fat Bottom Girls foram suficientes para acabar com meu ceticismo. Com ou sem Freddy, as musicas quase falam (ou cantam) por si soh. Sem falar que a guitarra de Brian May arrepia. Cada riff eh tao conhecido que parece que um amigo seu acabou de entrar em cena.
Fora isso, tem o fator experiencia. O que esses caras tem de horas de palco a gente nao tem de vida. Eles sabem entreter. Nao como os artistas atuais que soh entretem e nao cantam (ou tocam). Eles fazem da musica um show.
Os pontos altos, como era de se esperar, ficam para o final: We Are The Champions, com Freddy no telao, e We Will Rock You com o estadio vindo abaixo em palmas. Imperdivel. O que eu posso deixar de dica eh que se o Queen+Paul Rodgers passar pela sua cidade, compre o melhor lugar que o seu saldo bancario permitir. Garanto que voce vai se sentir perto de Freddy: no Ceu.
Fui.
Monday, September 22, 2008
Pulinho no Brasil.
O novo emprego (que eu celebrei em Paris), junto com um virus que eu peguei e outros motivos emocionais me levaram a optar por uma passagem relampago no Brasil. Do tamanho do copinho ai na foto: de segunda a domingo, com agenda de visitas e exames marcados. Correria total. Se voce esta lendo esse post e nao me viu (ou nao recebeu nem sms meu), desculpe. Se voce recebeu e nao foi me ver, va se catar (risos).
Para alegria geral da nacao Toscano, o virus, que havia me causado uma enxaqueca de mais de 2 semanas, era algo simples e o problema foi resolvido com meros anti-inflamatorios. Ou seja, estou bem e devo continuar. Bom tambem que nao vou viajar por (pelo menos) um mes. Vai dar para arrumar a vida e o apartamento para comecar na BBDO com forca total. Vejo voces em dezembro.
Bj.
Para alegria geral da nacao Toscano, o virus, que havia me causado uma enxaqueca de mais de 2 semanas, era algo simples e o problema foi resolvido com meros anti-inflamatorios. Ou seja, estou bem e devo continuar. Bom tambem que nao vou viajar por (pelo menos) um mes. Vai dar para arrumar a vida e o apartamento para comecar na BBDO com forca total. Vejo voces em dezembro.
Bj.
Monday, September 15, 2008
Um pouco mais do mesmo. Ou do melhor?
Kazantip eh como o verao nesses lados do mundo: intenso e breve. O festival, que dura 5 semanas, chegou ao fim. Como bom russo que sou, tambem aproveito ateh o ultimo raio de Sol. Por esse motivo, resolvi voar para o final de semana de encerramento de Kazantip, onde mais uma vez fui saudado todos os dias com um por-do-sol que (dificilmente) pode ser descrito em palavras. Coloquei mais 5 fotos no Flickr soh para dar um gostinho e lembrar onde estarei em agosto do ano que vem.
Fui...
Fui...
Tuesday, September 09, 2008
Oi, Paris.
Na metade do mes passado, eu assinei contrato com uma nova agencia aqui em Moscou. Vai ser uma mudanca para melhor: mais qualidade de vida e (se tudo der certo) de trabalho. A historia eh longa e complicada, mas (como tudo na minha vida) aconteceu exatamente como eu nao havia planejado.
Enfim, para comemorar a nova fase, resolvi passar um final de semana em Paris, a cidade mais linda e charmosa e cheia de cultura que eu conheco. Se voce quiser uma lista com outras cidades top alguma coisa, eu mando por e-mail.
Alem do usual passeio pelo Louvre, Musee D'Orsay, Torre Eiffel, Arco do Triunfo, Champs Elisees e La Defense, caminhei bastante sem rumo para pensar na vida. Nessas andancas, acabei vendo 2 coisas bacanas. A primeira sao as bicicletas de aluguel. Em Berlim tambem tinha, mas essas tem um sistema mais simples. Voce coloca o dinheiro numa maquininha igual de estacionamento e usa a bike pelo tempo determinado. Depois, basta encaixa-la numa das diversas centrais espalhadas pela cidade. A segunda coisa foi uma exposicao de tecnologia no topo do La Defense. Ela mostra como a tecnologia evoluiu nos ultimos 10 ou 20 anos. Eh assustador. HDs do tamanho de uma caixa de sapato, laptops de 20 kg. Tem fotos no Flickr. A terceira (eu sei que eu disse duas, mas eu disse duas coisas "bacanas" e esta eh uma porcaria), eh o Museu de Propaganda. Que LIXO. Meia duzia de posters e alguns vencedores de um festival na Finlandia (!). Sem comentarios. Nem perca tempo.
Para completar a recarregada de bateria ainda tirei umas ferias. Amanha eu atualizo voces.
Fui.
Enfim, para comemorar a nova fase, resolvi passar um final de semana em Paris, a cidade mais linda e charmosa e cheia de cultura que eu conheco. Se voce quiser uma lista com outras cidades top alguma coisa, eu mando por e-mail.
Alem do usual passeio pelo Louvre, Musee D'Orsay, Torre Eiffel, Arco do Triunfo, Champs Elisees e La Defense, caminhei bastante sem rumo para pensar na vida. Nessas andancas, acabei vendo 2 coisas bacanas. A primeira sao as bicicletas de aluguel. Em Berlim tambem tinha, mas essas tem um sistema mais simples. Voce coloca o dinheiro numa maquininha igual de estacionamento e usa a bike pelo tempo determinado. Depois, basta encaixa-la numa das diversas centrais espalhadas pela cidade. A segunda coisa foi uma exposicao de tecnologia no topo do La Defense. Ela mostra como a tecnologia evoluiu nos ultimos 10 ou 20 anos. Eh assustador. HDs do tamanho de uma caixa de sapato, laptops de 20 kg. Tem fotos no Flickr. A terceira (eu sei que eu disse duas, mas eu disse duas coisas "bacanas" e esta eh uma porcaria), eh o Museu de Propaganda. Que LIXO. Meia duzia de posters e alguns vencedores de um festival na Finlandia (!). Sem comentarios. Nem perca tempo.
Para completar a recarregada de bateria ainda tirei umas ferias. Amanha eu atualizo voces.
Fui.
Tuesday, August 19, 2008
Bem-vindo a Praga.
Depois de Kazantip, nao eh facil voltar ao trabalho. Nem mesmo estando descansado e bronzeado. Seu cerebro nao consegue acreditar que eh preciso voltar aa labuta. Vendo por esse lado, de que o trabalho parece... (se prepare para o trocadilho) ... (ultima chance) ...uma verdadeira praga. Uhhh... Doeu... Nada mais coerente do que ser mandado a Praga. A trabalho. A agencia em Moscou estah pegando fogo. Voce viu que eu nao parei por lah nos ultimos meses. Os clientes estao enlouquecidos e sabem que eu nao estou lah. Eu nao queria vir para Praga (juro). Tem um monte de coisas para resolver e um monte de concorrencias para fazer. Porem (e sempre ha um porem), a reuniao de Nestle era obrigatoria para a agencia e eu era o unico que nao precisava de visto. O que nao resolve nem o problema local, nem o problema do cliente, jah que eu fico afastado e nao sou criativo russo.
No final das contas, valeu a pena. O Diretor de Criacao mundial tambem trabalhou feito redator e nohs conseguimos resolver o problema estrategico que nos perturbava ha meses. Tomara que o cliente pense o mesmo depois da apresentacao. A unica pena foi vir para uma cidade linda como Praga e passar o tempo todo trancado na agencia. Pelo menos, a agencia fica num palacete cubista tombado pelo patrimonio historico, em frente ao Rio Vltava. Coisas da Europa.
Hora de ir para Moscou.
No final das contas, valeu a pena. O Diretor de Criacao mundial tambem trabalhou feito redator e nohs conseguimos resolver o problema estrategico que nos perturbava ha meses. Tomara que o cliente pense o mesmo depois da apresentacao. A unica pena foi vir para uma cidade linda como Praga e passar o tempo todo trancado na agencia. Pelo menos, a agencia fica num palacete cubista tombado pelo patrimonio historico, em frente ao Rio Vltava. Coisas da Europa.
Hora de ir para Moscou.
Welcome back to Kazantip.
Quando disserem para voce 'Va para Ibiza!', vah. Por favor. Ou para o Chipre, se for o caso. Kazantip nao quer voce. Pelo menos, era isso que o site dizia. Mas a verdade eh que o festival nao para de crescer. Esse ano, Infected Mushroom foi a atracao na festa de abertura, mas a atracao principal continuou sendo o sol.
Sol non-stop durante o dia e um por-do-sol per-fei-to todos os dias, com direito a salva de palmas. De arrepiar. Da uma olhada no video.
Fora isso, esse ano tinha 3 pistas novas: duas delas a 30 metros de altura e uma com piscina. Ainda nao foram pareo para a pista sobre o mar, que continua sendo a mais 'poetica' do festival. Infelizmente, nao fui saudado por nenhum golfinho dessa vez. O que nos inspira a voltar. As fotos falam por si soh, mas acho que, ao olhar, voce tambem vai falar: Caramba, isso ai eh na Ucrania mesmo?
Fui.
Sol non-stop durante o dia e um por-do-sol per-fei-to todos os dias, com direito a salva de palmas. De arrepiar. Da uma olhada no video.
Fora isso, esse ano tinha 3 pistas novas: duas delas a 30 metros de altura e uma com piscina. Ainda nao foram pareo para a pista sobre o mar, que continua sendo a mais 'poetica' do festival. Infelizmente, nao fui saudado por nenhum golfinho dessa vez. O que nos inspira a voltar. As fotos falam por si soh, mas acho que, ao olhar, voce tambem vai falar: Caramba, isso ai eh na Ucrania mesmo?
Fui.
Monday, August 18, 2008
Bem-vindo a(gain) Londres.
O filme de Lukoil ficou pronto. E ficou bonito. Nao tem muita ideia, mas ficou bacana. Quando estiver finalizado, eu coloco no YouTube para voce ver (nao sei quem eh voce, mas ok). Parte... Corrigindo: GRANDE parte do sucesso do projeto eu credito ao diretor e ao cameraman. Ambos ingleses, nascidos em terras distantes. A mistura fez deles grandes profissionais e pessoas. Sao profissionais como os ingleses, mas nao sao arrogantes nem mau humorados. Pelo contrario. O diretor, nascido no Iran, parece uma crianca de 45 anos: fascinado com pequenas coisas, sempre bem disposto e pronto a dar risada. Se nao fosse ele, nao teriamos comido ou feito metade das coisas que comemos/fizemos no Cazaquistao (por exemplo). Soh estou contando tudo isso porque foi justamente por ele ter se dedicado tanto ao projeto que nos fizemos questao de dar a ele a oportunidade de trabalhar com o colorista dele. E lah fomos nos: Londres. Assim como aconteceu no Chipre, chegamos um dia antes e, nesse caso, fomos embora 3 dias depois. Eh comum: marca a correcao de cor para sexta e volta domingo.
Nao ha muito o que contar sobre Londres que voce ja nao tenha visto ou que nao possa achar na internet. Ops, tem sim: amigos. Minha passagem por lah serviu para rever alguns amigos que eu nao via ha um tempo (nao muito porque eles tambem moram na Europa) e dar uma refrescada nos pontos principais da cidade. Alias, o Tate Modern estah imperdivel. Achei Londres mais bonita do que nunca. Talvez porque estava um sol maravilhoso durante grande parte da viagem. Mais estranho do que isso, soh o fato de que eu falei mais russo do que ingles nas lojas e restaurantes. Russia is dominating the world...
Fui.
Nao ha muito o que contar sobre Londres que voce ja nao tenha visto ou que nao possa achar na internet. Ops, tem sim: amigos. Minha passagem por lah serviu para rever alguns amigos que eu nao via ha um tempo (nao muito porque eles tambem moram na Europa) e dar uma refrescada nos pontos principais da cidade. Alias, o Tate Modern estah imperdivel. Achei Londres mais bonita do que nunca. Talvez porque estava um sol maravilhoso durante grande parte da viagem. Mais estranho do que isso, soh o fato de que eu falei mais russo do que ingles nas lojas e restaurantes. Russia is dominating the world...
Fui.
Friday, August 15, 2008
Bem-vindo ao Chipre.
Se voce jah foi para a Grecia ou para Ibiza, nao faz muito sentido ir para o Chipre. A menos, claro, que voce esteja precisando filmar algo similar e seu cliente queira tirar ferias por lah. Chipre eh o paraiso dos Russos: eh paraiso fiscal, faz sol e eh facil conseguir visto. Apesar disso, nosso cliente nao conseguiu o visto a tempo e nao curtiu nem a filmagem (quanto mais as ferias).
Nos (agencia e produtora), por outro lado, curtimos muito. Hotel a beira-mar e quase dois dias de relax. Isso porque os voos sao sempre nos piores horarios (para o trabalho), o que nos obrigou a ir um dia antes e voltar um dia depois da filmagem. Melhor. Ateh porque o sol lah eh incrivel. Chove uma vez por ano e nuvem eh coisa rara. Alias, o sol eh tanto que o pais nao tem agua. Literalmente. E o que falta de agua, falta de inteligencia. A noticia de capa do jornal (e vista da minha janela do quarto), era um dos navios-tanque cheio de agua doce que foi encomendado pelo governo do Chipre para suprir a falta de agua no pais. Ateh ai, tudo bem. O problema eh que eles nao pensaram no obvio: como trazer a agua no navio para a terra (da uma olhada no Flickr).
Enfim, a filmagem correu super bem e deu ateh para curtir uma prainha exclusiva no final do dia. Ao contrario do Cazaquistao, o pais eh bem europeu. Alias, europeu demais. Isso porque eles foram dominados, invadidos, parte, etc. de/por varios paises. No Chipre, se fala Grego e Turco, mas as placas sao todas em ingles. A moeda eh o Euro, mas tambem o Pound e, como eu disse, todo mundo fala Russo. Pensando bem, vale a pena sim ir para o Chipre.
Nos (agencia e produtora), por outro lado, curtimos muito. Hotel a beira-mar e quase dois dias de relax. Isso porque os voos sao sempre nos piores horarios (para o trabalho), o que nos obrigou a ir um dia antes e voltar um dia depois da filmagem. Melhor. Ateh porque o sol lah eh incrivel. Chove uma vez por ano e nuvem eh coisa rara. Alias, o sol eh tanto que o pais nao tem agua. Literalmente. E o que falta de agua, falta de inteligencia. A noticia de capa do jornal (e vista da minha janela do quarto), era um dos navios-tanque cheio de agua doce que foi encomendado pelo governo do Chipre para suprir a falta de agua no pais. Ateh ai, tudo bem. O problema eh que eles nao pensaram no obvio: como trazer a agua no navio para a terra (da uma olhada no Flickr).
Enfim, a filmagem correu super bem e deu ateh para curtir uma prainha exclusiva no final do dia. Ao contrario do Cazaquistao, o pais eh bem europeu. Alias, europeu demais. Isso porque eles foram dominados, invadidos, parte, etc. de/por varios paises. No Chipre, se fala Grego e Turco, mas as placas sao todas em ingles. A moeda eh o Euro, mas tambem o Pound e, como eu disse, todo mundo fala Russo. Pensando bem, vale a pena sim ir para o Chipre.
Friday, July 18, 2008
Bem-vindo ao Cazaquistao.
48 horas de aventura.
Se voce assistiu Borat, voce nao tem ideia do que eh o Cazaquistao. Confesso que eu tambem nao tinha. Aquela imagem de vilarejo pobre do Leste Europeu nao tem nada a ver com esse vilarejo rico da Asia. A unica coisa que se aplica ao pais eh que, sem duvida, ele nao eh um lugar comum. Antes de comecar a descricao, peco desculpas aos residentes, cidadaos e simpatizantes do Cazaquistao por qualquer generalizacao. Isso porque o pais eh enorme (do tamanho da europa ocidental inteira) e eu soh conheci um pouquinho da costa Oeste.
A primeira coisa que se nota ao chegar no Cazaquistao eh que o povo lah nao eh europeu. Nao me refiro aos habitos nao: eles tem rosto de oriental. A populacao eh predominantemente islamica. Ou seja, a ideia de judeus e prostitutas loiras do filme nao condiz em nada com a realidade local. E isso eh outra coisa engracada. Imagine um pais sovietico (Lenin, Stalin, etc.), onde todos falam Russo, mas parecem chineses (mais uma vez, peco desculpas a todos os individuos supramencionados pela compacao). Depois nao entendem porque os paises querem ser independentes.
No Cazaquistao, estao situados 30% de todos os recursos naturais da antiga Uniao Sovietica. O "presidente" estah no poder ha mais de 20 anos (pode sonhar, Lula) e a populacao eh de apenas 18 milhoes de pessoas. Resumindo, o Cazaquistao eh um deserto milionario. As cidades de Almaty (antiga capital) e Astana (nova capital), sao centros de riqueza e ostentacao que deixam ateh Russo de queixo caido (pele menos eh o que eu li e ouvi).
Mas vamos falar de Aktau, que foi a cidade onde eu fiquei. Eh uma cidade nova, com apenas 45 anos, onde os contrastes sao evidentes: voce ve os antigos predios sovieticos ao lado de casas iguais aas de Miami, e milhares de obras levantando predios para todo lado. Aktau nasceu por causa do petroleo. Nao tem muito alem disso por lah. Ela fica aa beira do Mar Caspio, maior lago da Terra e convive com os extremos de temperatura caracteristicos desse lado do mundo (40C no verao, -30C no inverno).
Agora, hora de se divertir. Apesar de a agua do Mar Caspio ser azul e cristalina como a do Mediterraneo, ela nem sempre eh limpa e as praias... feias. A gente foi na melhor praia de lah (tinha ateh cerca para manter o pessoal fora) e deu muita risada. Ateh a palmeira era fake. A agua eh extreeeeemamente gelada e soh permite mergulhos ocasionais. Como eu disse, Aktau eh nova e, por causa disso, as ruas ainda nao tem nome. Para explicar para um taxista onde voce vai, basta dizer o numero do quarteirao e o numero da casa. Sensacional.
Saindo das cidades (isso eu ouvi que se aplica a Almaty e Astana tambem), voce encontra um deserto sem fim. Quilometros e quilometros de terra e grama, habitados por cavalos (poucos) e CAMELOS (muitos). Os camelos sao as vacas do Cazaquistao: vivem pastando, fornecem leite e causam alguns acidentes na estrada. Lembro que a coisa mais estranha ao ver os camelos foi "Cade o dono desses camelos?". Ateh entender que eles sao animais "selvagens" demora um pouco.
E foi acompanhado por esse pano de fundo que rumamos para o local da filmagem. Foram 5 horas e meia num micro-onibus sem ar condicionado, numa das piores estradas que eu jah vi (a BR parecia estrada europeia perto dela), para chegar a um poco de petroleo no meio do nada, filmar o negocio subindo e descendo e voltar. Mais 5 horas e meia... Quer dizer, 6 horas e meia porque furou o pneu na volta. O que eu posso dizer eh que em apenas 48 horas deu para:
- Ir aa Asia pela primeira vez (Istambul nao conta).
- Conhecer o Mar Caspio.
- Tomar Iogurte de leite de camelo.
- Comer doce de leite aa base de leite de camelo.
- Comer carne de cavalo.
- Comer Beluga (peixe).
- Tocar petroleo.
- Ver uma briga de amigos, com direito a pedradas e tudo (video abaixo).
- Dormir 7 horas.
- Rir muito.
Voltei quebrado, olhando para o boarding pass feito aa mao do Aeroporto de Aktau e com vontade de voltar logo para esse lugar impressionante. Amanha vou para o Chipre. Tem foto de tudo isso no Flickr.
Aguarde.
Ps - Esse eh o primeiro post com hyperlink para quem quiser mais informacao sobre os lugares. Basta clicar no nome de cada lugar.
A primeira coisa que se nota ao chegar no Cazaquistao eh que o povo lah nao eh europeu. Nao me refiro aos habitos nao: eles tem rosto de oriental. A populacao eh predominantemente islamica. Ou seja, a ideia de judeus e prostitutas loiras do filme nao condiz em nada com a realidade local. E isso eh outra coisa engracada. Imagine um pais sovietico (Lenin, Stalin, etc.), onde todos falam Russo, mas parecem chineses (mais uma vez, peco desculpas a todos os individuos supramencionados pela compacao). Depois nao entendem porque os paises querem ser independentes.
No Cazaquistao, estao situados 30% de todos os recursos naturais da antiga Uniao Sovietica. O "presidente" estah no poder ha mais de 20 anos (pode sonhar, Lula) e a populacao eh de apenas 18 milhoes de pessoas. Resumindo, o Cazaquistao eh um deserto milionario. As cidades de Almaty (antiga capital) e Astana (nova capital), sao centros de riqueza e ostentacao que deixam ateh Russo de queixo caido (pele menos eh o que eu li e ouvi).
Mas vamos falar de Aktau, que foi a cidade onde eu fiquei. Eh uma cidade nova, com apenas 45 anos, onde os contrastes sao evidentes: voce ve os antigos predios sovieticos ao lado de casas iguais aas de Miami, e milhares de obras levantando predios para todo lado. Aktau nasceu por causa do petroleo. Nao tem muito alem disso por lah. Ela fica aa beira do Mar Caspio, maior lago da Terra e convive com os extremos de temperatura caracteristicos desse lado do mundo (40C no verao, -30C no inverno).
Agora, hora de se divertir. Apesar de a agua do Mar Caspio ser azul e cristalina como a do Mediterraneo, ela nem sempre eh limpa e as praias... feias. A gente foi na melhor praia de lah (tinha ateh cerca para manter o pessoal fora) e deu muita risada. Ateh a palmeira era fake. A agua eh extreeeeemamente gelada e soh permite mergulhos ocasionais. Como eu disse, Aktau eh nova e, por causa disso, as ruas ainda nao tem nome. Para explicar para um taxista onde voce vai, basta dizer o numero do quarteirao e o numero da casa. Sensacional.
Saindo das cidades (isso eu ouvi que se aplica a Almaty e Astana tambem), voce encontra um deserto sem fim. Quilometros e quilometros de terra e grama, habitados por cavalos (poucos) e CAMELOS (muitos). Os camelos sao as vacas do Cazaquistao: vivem pastando, fornecem leite e causam alguns acidentes na estrada. Lembro que a coisa mais estranha ao ver os camelos foi "Cade o dono desses camelos?". Ateh entender que eles sao animais "selvagens" demora um pouco.
E foi acompanhado por esse pano de fundo que rumamos para o local da filmagem. Foram 5 horas e meia num micro-onibus sem ar condicionado, numa das piores estradas que eu jah vi (a BR parecia estrada europeia perto dela), para chegar a um poco de petroleo no meio do nada, filmar o negocio subindo e descendo e voltar. Mais 5 horas e meia... Quer dizer, 6 horas e meia porque furou o pneu na volta. O que eu posso dizer eh que em apenas 48 horas deu para:
- Ir aa Asia pela primeira vez (Istambul nao conta).
- Conhecer o Mar Caspio.
- Tomar Iogurte de leite de camelo.
- Comer doce de leite aa base de leite de camelo.
- Comer carne de cavalo.
- Comer Beluga (peixe).
- Tocar petroleo.
- Ver uma briga de amigos, com direito a pedradas e tudo (video abaixo).
- Dormir 7 horas.
- Rir muito.
Voltei quebrado, olhando para o boarding pass feito aa mao do Aeroporto de Aktau e com vontade de voltar logo para esse lugar impressionante. Amanha vou para o Chipre. Tem foto de tudo isso no Flickr.
Aguarde.
Ps - Esse eh o primeiro post com hyperlink para quem quiser mais informacao sobre os lugares. Basta clicar no nome de cada lugar.
Sunday, July 13, 2008
Bem-vindo a Perm (cuma?).
Perm, a cidade mais poluida da Russia. Que incentivo ao turismo, nao? A verdade eh que Perm nem eh feia. Tem um belo rio no meio da cidade e deve ter sofrido pouco durante a Guerra, jah que fica no meio dos Urais e nao tem absolutamente nada de estrategico para um exercito. A filmagem em Perm foi muito boa. Quer dizer, boa esteticamente porque para a saude nao foi muito boa nao. Passamos 48 horas dentro de uma refinaria de petroleo, cheirando gases que fariam um peido de elevador parecer perfume. O lugar eh tao doido que tinhamos que vestir roupa anti-fogo o tempo todo (curiosamente ela mantinha o corpo fresco apesar da cor preta) e uma pochete com uma mascara de emergencia. Agora, falando serio, eh impressionante como um lugar pode ser tao feio e tao bonito ao mesmo tempo. Tudo eh extremamente brutal e estetico ao mesmo tempo. Dah uma olhada nas fotos. Aproveite para ver o meu quarto de hotel. Sem comentarios. O quarto se chamava Extreme. Era INTEIRO decorado com jeans (eu disse JEANS), parede de metal, chao de cimento cru e um poster do Che Guevarra. Precisa mais? Ontem foi dia livre em Moscou e, hoje, embarco para o Kazaquistao. Aguarde o bigode Boratiano...
Fui. Ou melhor, vou!
Fui. Ou melhor, vou!
Bem-vindo a Kaliningrado e Zelenogradsk
(onde?).
Estou no meio da maior filmagem da minha vida. Lembra aquela concorrencia que eu fiz sozinho ha um ano? Claro que nao. Nao importa. O que importa eh que finalmente estamos filmando o comercial e eu estou tendo umas semi-ferias pagas. Tudo bem que os destinos nem sempre sao os mais turisticos, mas tudo que eh novidade vale a pena. Comecamos a filmagem com as cenas internas, criadas em estudio aqui em Moscou. O cenarista (existe essa palavra?) eh incrivel e conseguiu criar uma cozinha, um centro estrategico e um laboratorio em menos de 100 metros quadrados. O diretor e o cameraman tambem sao sensacionais. Um filme que nao tem muita ideia tem que ficar bonito e, com eles, vai ficar maravilhoso.
Depois de Moscou, era hora de filmar a plataforma de petroleo. No meio do oceano. Fomos para Kaliningrado, antiga Konigsberg, que foi tomada dos alemaes apos a Guerra. Eh a cidade onde esta enterrado Immanuel Kant e tem um "que" de cidade alema. Kaliningrado eh uma pequena regiao que nao esta ligada geograficamente aa Russia. Eh como o Alaska para os EUA (que, alias, foi comprado dos Russos). A cidade foi completamente destruida durante a Guerra, mas manteve um ar bastante agradavel. Voce vai ver isso nas fotos.
Mas nao foi para isso que nos viemos, certo? Nao. Nos viemos trabalhar. Logo no dia seguinte de manha, voltamos para o aeroporto. Dessa vez, nada de aviao: helicoptero. Embarcamos num trambolho capaz de transportar 22 pessoas. Era um onibus com asas. E chacoalhava mais que um onibus, acredite. Apos 20 minutos balangando, avistamos a plataforma. No meio do nada.
A plataforma parece uma cidade que boia. Tem tudo e mais um pouco. Tudo obviamente economico em termos de espaco e ecologico em termos de lixo. Nao eh permitido derramar nem liquidos fora da plataforma. Nem excrementos. Para isso, tem um barco que vem e leva tudo de volta para terra. O pessoal da plataforma foi muito gentil e cordial. Assim como eles eram novidade para nos, nos eramos novidade para eles. Pareciam duas especies de alienigenas se analisando. Uma coisa engracada da plataforma eh que, dependendo do lugar em que voce estah, o celular troca de pais: Russia, Lituania ou Letonia. Dois passos para a esquerda e a sua ligacao passa de 12 centavos por minuto para 12 dolares por minuto. ;-)
Outra coisa engracada eh que nao estavamos hospedados em Kaliningrado, mas numa cidade praieira chamada Zelenogradsk. Se Kaliningrad eh pequena, Zelonagradsk eh um pum com predios. Antes de embarcarmos para Perm, resolvemos celebrar o sucesso da filmagem e curtir a cidade como locais. Compramos uma garrafa de uisque e sentamos na praca. Quando demos conta que estavamos assistindo videos do Gollum (Senhor dos Aneis), dublado em Russo, no celular de um bebado local, percebemos que era hora de ir dormir.
Depois de Moscou, era hora de filmar a plataforma de petroleo. No meio do oceano. Fomos para Kaliningrado, antiga Konigsberg, que foi tomada dos alemaes apos a Guerra. Eh a cidade onde esta enterrado Immanuel Kant e tem um "que" de cidade alema. Kaliningrado eh uma pequena regiao que nao esta ligada geograficamente aa Russia. Eh como o Alaska para os EUA (que, alias, foi comprado dos Russos). A cidade foi completamente destruida durante a Guerra, mas manteve um ar bastante agradavel. Voce vai ver isso nas fotos.
Mas nao foi para isso que nos viemos, certo? Nao. Nos viemos trabalhar. Logo no dia seguinte de manha, voltamos para o aeroporto. Dessa vez, nada de aviao: helicoptero. Embarcamos num trambolho capaz de transportar 22 pessoas. Era um onibus com asas. E chacoalhava mais que um onibus, acredite. Apos 20 minutos balangando, avistamos a plataforma. No meio do nada.
A plataforma parece uma cidade que boia. Tem tudo e mais um pouco. Tudo obviamente economico em termos de espaco e ecologico em termos de lixo. Nao eh permitido derramar nem liquidos fora da plataforma. Nem excrementos. Para isso, tem um barco que vem e leva tudo de volta para terra. O pessoal da plataforma foi muito gentil e cordial. Assim como eles eram novidade para nos, nos eramos novidade para eles. Pareciam duas especies de alienigenas se analisando. Uma coisa engracada da plataforma eh que, dependendo do lugar em que voce estah, o celular troca de pais: Russia, Lituania ou Letonia. Dois passos para a esquerda e a sua ligacao passa de 12 centavos por minuto para 12 dolares por minuto. ;-)
Outra coisa engracada eh que nao estavamos hospedados em Kaliningrado, mas numa cidade praieira chamada Zelenogradsk. Se Kaliningrad eh pequena, Zelonagradsk eh um pum com predios. Antes de embarcarmos para Perm, resolvemos celebrar o sucesso da filmagem e curtir a cidade como locais. Compramos uma garrafa de uisque e sentamos na praca. Quando demos conta que estavamos assistindo videos do Gollum (Senhor dos Aneis), dublado em Russo, no celular de um bebado local, percebemos que era hora de ir dormir.
Bem-vindo a Cannes. Sem Leao,
mas com muito estilo.
Voltar ao Festival de Cannes eh sempre um prazer. Para mim, eh uma das poucas chances de rever todas as pessoas que eu conheci e trabalhei junto. Esse ano nao foi diferente. Quer dizer, foi sim. Foi a primeira vez que eu mandei trabalhos meus, a primeira vez representando uma agencia e a primeira vez de Porsche. Esse ano, eu resolvi me divertir um pouco antes do Festival comecar. Foram 3 dias a bordo de uma Boxter (literalmente aa bordo porque eu nao queria parar de dirigir por nada nesse mundo), curtindo o clima e o visual da Riveira.
A parte mais divertida foi em Monaco. Levei meu produtor ateh lah porque ele nao conhecia a cidade/pais. Fomos a todos os tradicionais pontos turisticos, revi a colecao de carros do Principe, etc. Depois de um dia completo, pouco antes de voltar para Cannes, resolvemos fazer o circuito de F1 uma vez. Haha. Para que? Depois da primeira volta, ficou claro que nao iriamos para Cannes tao cedo. Passei duas horas pilotando ali, tirando pega com Ferraris, Lamborghinis e Porsches. Nos pareciamos duas criancas. Filmamos as voltas e comparamos os tempos para ver se estavamos indo mais rapido ou mais devagar (o video com uma das voltas esta no final deste post).
Diversao aa parte, ficou claro rapidamente que eu nao ia levar nenhum Leao. Alem da magnitude do Festival desse ano, a qualidade das pecas vencedoras estava um degrau acima do resto. O que eh bom. Ir a Cannes eh passar raiva. Mas eh uma raiva saudavel. Eh voltar com a bateria recarregada para trabalhar ainda mais e melhor. Ano que vem as coisas vao melhorar. No minimo uns short-lists vao rolar. O que, para a Russia, jah eh algo impressionante. Para voce ter uma ideia do que eles nao acreditam que podem ganhar, basta olhar o numero de pecas enviadas pelo pais: 98. O Brasil mandou mais de 2000 e a India (que levou ateh Grand Prix) mais de 1000. Mas vamos que vamos. Para ganhar, basta um trabalho bom...
Antes que eu me esqueca, um parentese. Em propaganda, trabalha-se muito e lida-se com muita frustracao pessoal (seja nao ganhar Cannes ou ver uma ideia morrer porque o cliente nao entendeu nada do que voce apresentou). Talvez por isso, nossa profissao tenha compensacoes reservadas aos rich&famous do jet set. Minha irma me ligou um dia, atolada de trabalho, de dentro do escritorio de advocacia. Conversamos um pouco e ela me perguntou o que eu estava fazendo. Respondi calmamente: Estou indo para uma festa na casa do Pierre Cardin, onde vai ter um pocket show do Morcheeba... Pode?
Fui-me.
A parte mais divertida foi em Monaco. Levei meu produtor ateh lah porque ele nao conhecia a cidade/pais. Fomos a todos os tradicionais pontos turisticos, revi a colecao de carros do Principe, etc. Depois de um dia completo, pouco antes de voltar para Cannes, resolvemos fazer o circuito de F1 uma vez. Haha. Para que? Depois da primeira volta, ficou claro que nao iriamos para Cannes tao cedo. Passei duas horas pilotando ali, tirando pega com Ferraris, Lamborghinis e Porsches. Nos pareciamos duas criancas. Filmamos as voltas e comparamos os tempos para ver se estavamos indo mais rapido ou mais devagar (o video com uma das voltas esta no final deste post).
Diversao aa parte, ficou claro rapidamente que eu nao ia levar nenhum Leao. Alem da magnitude do Festival desse ano, a qualidade das pecas vencedoras estava um degrau acima do resto. O que eh bom. Ir a Cannes eh passar raiva. Mas eh uma raiva saudavel. Eh voltar com a bateria recarregada para trabalhar ainda mais e melhor. Ano que vem as coisas vao melhorar. No minimo uns short-lists vao rolar. O que, para a Russia, jah eh algo impressionante. Para voce ter uma ideia do que eles nao acreditam que podem ganhar, basta olhar o numero de pecas enviadas pelo pais: 98. O Brasil mandou mais de 2000 e a India (que levou ateh Grand Prix) mais de 1000. Mas vamos que vamos. Para ganhar, basta um trabalho bom...
Antes que eu me esqueca, um parentese. Em propaganda, trabalha-se muito e lida-se com muita frustracao pessoal (seja nao ganhar Cannes ou ver uma ideia morrer porque o cliente nao entendeu nada do que voce apresentou). Talvez por isso, nossa profissao tenha compensacoes reservadas aos rich&famous do jet set. Minha irma me ligou um dia, atolada de trabalho, de dentro do escritorio de advocacia. Conversamos um pouco e ela me perguntou o que eu estava fazendo. Respondi calmamente: Estou indo para uma festa na casa do Pierre Cardin, onde vai ter um pocket show do Morcheeba... Pode?
Fui-me.
Bem-vindo a Kiev, Sao Petesburgo e Moscou. Com direito a aniversario em familia.
Esse post vem com muito atraso. Quase um mes e meio sem conseguir escrever. Mas isso tambem eh passado. Vamos aas novas (serao varios posts).
No final de maio, minha mae e minha irma vieram me visitar. Combinamos de curtir a minha antiga cidade (Kiev), uma cidade nova (St. Petes) e minha casa atual (Moscou). Elas comecaram a viagem sozinhas (eu estava trabalhando) e embaixo de uma chuva desgracada. Resultado: nao conseguiram ver quase nada e acharam Moscou horrivel (eu falei que isso ia mudar e elas duvidaram).
Na sexta, embarcamos para Kiev. Fiz questao que a gente fosse de trem, para elas conhecerem um trem sovietico e sentirem um pouco de frio na barriga na fronteira. Dito e feito: na fronteira, os fiscais, uniformizados e de cara feia, perguntaram ateh quem era a mae da minha mae. Passado o susto, seguimos viagem. Em Kiev, o tempo jah estava melhor. Por uma pequena confusao da agente de viagem, soh tivemos 2 dias lah. Fizemos um intensivao de mais de 12 horas andando. Os lugares, voce jah deve conhecer dos meus dias de turista em Kiev (posts bem antigos). Mostrei meu antigo ape para elas. Alias, ainda bem que elas soh viram ele agora, porque por fora ele eh horroroso (parece cortico). De uma olhada no Flickr. Apresentei tambem meus amigos e jantamos no meu restaurante favorito (Concorde). No segundo dia, a Kaka (minha irma) resolveu andar com o chapeu de pele russo (chapka) porque estava ventando. Ela foi a atracao da cidade. Todo mundo apontando, comentando e rindo. Como eh que alguem poderia estar usando uma chapka em maio. Para eles, era o mesmo que sair de biquini no inverno de Sao Paulo.
De manha, embarcamos para Sao Petersburgo, cidade construida para ser a cidade mais bonita do mundo. Se nao fosse a guerra (ou os alemaes), seria mesmo. Sao Petesburgo eh uma mistura de Paris com Stocolmo. Eh majestosa, mas tem classe. Eh metropole, mas tem ar de vila. E, em termos culturais, nao tem comparacao (talvez Paris). Sao Petesburgo ainda tem canais como os de Veneza, que deixam a cidade ainda mais bonita e arejada. Como tinhamos apenas 3 dias para ver tudo, fizemos outra maratona aa peh. Caminhamos 16 horas no primeiro dia. E o ritmo foi o mesmo nos outros dias. O que nos ajudou a caminhar tanto foi o famoso sol da meia-noite. Eh muito estranho. Meia-noite e o sol se pondo, como se fosse 6 da tarde. E as noites nao ficam escuras nunca (sao noites brancas, como eles chamam por lah). O unico problema eh que algumas atracoes estavam fechadas quando nos chegavamos e nos nao conseguiamos dormir direito. O corpo nao se acostuma com a claridade. Entre as muitas atracoes, 3 se destacam (mesmo numa cidade unica como essa): o museu Hermitage (que, alem de ser comparavel ao Louvre, tem a maior colecao de Impressionistas Franceses do mundo), a Igreja de Cristo Sobre O Sangue Derramado e a Catedral de St. Isaac. O Hermitage eh talvez o unico museu do mundo onde o predio rouba atencao das obras de arte. A opulencia e o bom gosto da arquitetura e dos materiais sao impressionantes (assista ao filme Arca Russa, por favor). Nao muito longe de Sao Petesburgo, ficam os palacios de Verao de Ekatenira e Peter I (30 minutos de barco). Peterhoff dispensa comentarios. O sistema de fontes idealizado por Peter I funciona ateh hoje (sem maquinas) e eh uma obra-prima. As estatuas douradas (que os alemaes usavam de alvo para tiro) em meio aa agua, marmore e muito verde, sao dignas de adoracao. Durante a Guerra, muitas delas foram enterradas por moradores da regiao, para que elas sobrevivessem como sao. Valeu o esforco.
E chegou a hora de provar que Moscou tambem merece credito. O tempo, que estava bom em St. Petes, continuou aberto por aqui. Com tempo, fiz coisas que ateh agora nao tinha feito: o Kremlin (acredite se quiser, eu ainda nao conhecia) e a Catedral de Cristo Salvador, o maior tempo ortodoxo do mundo. Essa Igreja foi construida em 7 anos e eh gigantesca. A historia dela eh tragicomica. Durante o periodo Comunista, quase todas as igrejas foram destruidas porque o ateismo era obrigatorio e o Estado era Deus. Naquele mesmo lugar, a Igreja foi destruida e fizeram uma piscina publica. Ela era tao grande que dizem que cabia algo como 2000 pessoas por vez lah dentro (espero nao ter confundido os numeros). Com o tempo bom e um guia que fala russo, as duas mudaram de opiniao e voltaram para o Brasil com a impressao de que Moscou eh uma cidade fantastica.
Fui.
No final de maio, minha mae e minha irma vieram me visitar. Combinamos de curtir a minha antiga cidade (Kiev), uma cidade nova (St. Petes) e minha casa atual (Moscou). Elas comecaram a viagem sozinhas (eu estava trabalhando) e embaixo de uma chuva desgracada. Resultado: nao conseguiram ver quase nada e acharam Moscou horrivel (eu falei que isso ia mudar e elas duvidaram).
Na sexta, embarcamos para Kiev. Fiz questao que a gente fosse de trem, para elas conhecerem um trem sovietico e sentirem um pouco de frio na barriga na fronteira. Dito e feito: na fronteira, os fiscais, uniformizados e de cara feia, perguntaram ateh quem era a mae da minha mae. Passado o susto, seguimos viagem. Em Kiev, o tempo jah estava melhor. Por uma pequena confusao da agente de viagem, soh tivemos 2 dias lah. Fizemos um intensivao de mais de 12 horas andando. Os lugares, voce jah deve conhecer dos meus dias de turista em Kiev (posts bem antigos). Mostrei meu antigo ape para elas. Alias, ainda bem que elas soh viram ele agora, porque por fora ele eh horroroso (parece cortico). De uma olhada no Flickr. Apresentei tambem meus amigos e jantamos no meu restaurante favorito (Concorde). No segundo dia, a Kaka (minha irma) resolveu andar com o chapeu de pele russo (chapka) porque estava ventando. Ela foi a atracao da cidade. Todo mundo apontando, comentando e rindo. Como eh que alguem poderia estar usando uma chapka em maio. Para eles, era o mesmo que sair de biquini no inverno de Sao Paulo.
De manha, embarcamos para Sao Petersburgo, cidade construida para ser a cidade mais bonita do mundo. Se nao fosse a guerra (ou os alemaes), seria mesmo. Sao Petesburgo eh uma mistura de Paris com Stocolmo. Eh majestosa, mas tem classe. Eh metropole, mas tem ar de vila. E, em termos culturais, nao tem comparacao (talvez Paris). Sao Petesburgo ainda tem canais como os de Veneza, que deixam a cidade ainda mais bonita e arejada. Como tinhamos apenas 3 dias para ver tudo, fizemos outra maratona aa peh. Caminhamos 16 horas no primeiro dia. E o ritmo foi o mesmo nos outros dias. O que nos ajudou a caminhar tanto foi o famoso sol da meia-noite. Eh muito estranho. Meia-noite e o sol se pondo, como se fosse 6 da tarde. E as noites nao ficam escuras nunca (sao noites brancas, como eles chamam por lah). O unico problema eh que algumas atracoes estavam fechadas quando nos chegavamos e nos nao conseguiamos dormir direito. O corpo nao se acostuma com a claridade. Entre as muitas atracoes, 3 se destacam (mesmo numa cidade unica como essa): o museu Hermitage (que, alem de ser comparavel ao Louvre, tem a maior colecao de Impressionistas Franceses do mundo), a Igreja de Cristo Sobre O Sangue Derramado e a Catedral de St. Isaac. O Hermitage eh talvez o unico museu do mundo onde o predio rouba atencao das obras de arte. A opulencia e o bom gosto da arquitetura e dos materiais sao impressionantes (assista ao filme Arca Russa, por favor). Nao muito longe de Sao Petesburgo, ficam os palacios de Verao de Ekatenira e Peter I (30 minutos de barco). Peterhoff dispensa comentarios. O sistema de fontes idealizado por Peter I funciona ateh hoje (sem maquinas) e eh uma obra-prima. As estatuas douradas (que os alemaes usavam de alvo para tiro) em meio aa agua, marmore e muito verde, sao dignas de adoracao. Durante a Guerra, muitas delas foram enterradas por moradores da regiao, para que elas sobrevivessem como sao. Valeu o esforco.
E chegou a hora de provar que Moscou tambem merece credito. O tempo, que estava bom em St. Petes, continuou aberto por aqui. Com tempo, fiz coisas que ateh agora nao tinha feito: o Kremlin (acredite se quiser, eu ainda nao conhecia) e a Catedral de Cristo Salvador, o maior tempo ortodoxo do mundo. Essa Igreja foi construida em 7 anos e eh gigantesca. A historia dela eh tragicomica. Durante o periodo Comunista, quase todas as igrejas foram destruidas porque o ateismo era obrigatorio e o Estado era Deus. Naquele mesmo lugar, a Igreja foi destruida e fizeram uma piscina publica. Ela era tao grande que dizem que cabia algo como 2000 pessoas por vez lah dentro (espero nao ter confundido os numeros). Com o tempo bom e um guia que fala russo, as duas mudaram de opiniao e voltaram para o Brasil com a impressao de que Moscou eh uma cidade fantastica.
Fui.
Monday, May 19, 2008
Bobagenzinha.
Uma coisa que eu notei aqui recentemente eh que a frequencia do radio usa numeros pares e nao impares, como no Brasil (ou pelo menos em Sao Paulo). Nao sei o motivo. Deve ser algo relativo ao hemisferio, igual agua de privada. Num hemisferio ela desce em sentido anti-horario e, no outro, horario.
Eh isso...
Eh isso...
Monday, May 12, 2008
Bem-vindo a Estocolmo.
Se eu tivesse que resumir minha passagem por Estocolmo em duas palavras, seriam "Oi" e "Tchau". Infelizmente, o passeio soh nos permitiu ficar na cidade por 7 horas, antes de embarcar de volta. Digo infelizmente porque Estocolmo me pareceu ser a cidade mais bonita da Europa. Se bobear, mais do que Paris. Ela, alias, eh chamada de Paris da Escandinavia. Eu realmente nao tenho palavras para descrever a beleza da cidade. Quero voltar lah e confirmar.
Os predios e construcoes sao tao bacanas que a coisa que mais chamou minha atencao no museu de arte moderna (onde estava tendo uma exposicao do Andy Warhol, fora os trabalhos de Picasso, Dali, Niki de Saint Phalle, Lichenstein, etc.) foi o proprio museu. Mas o lado historico tambem eh lindo. As ruas, predios, monumentos e catedrais sao impecavelmente acomodadas lado a lado. Tudo muito bem preservado e limpo. Tudo eh tao limpo que, quando eu vi um saco de lixo da rua, fiquei chocado. Totalmente fora de contexto...
Ainda nao posso afirmar que eh uma boa cidade para morar, mas recomendo como destino turistico. Se sobrar um tempo, ai sim, de um pulo em Helsinki. Caso contrario, pule.
Bjs.
Os predios e construcoes sao tao bacanas que a coisa que mais chamou minha atencao no museu de arte moderna (onde estava tendo uma exposicao do Andy Warhol, fora os trabalhos de Picasso, Dali, Niki de Saint Phalle, Lichenstein, etc.) foi o proprio museu. Mas o lado historico tambem eh lindo. As ruas, predios, monumentos e catedrais sao impecavelmente acomodadas lado a lado. Tudo muito bem preservado e limpo. Tudo eh tao limpo que, quando eu vi um saco de lixo da rua, fiquei chocado. Totalmente fora de contexto...
Ainda nao posso afirmar que eh uma boa cidade para morar, mas recomendo como destino turistico. Se sobrar um tempo, ai sim, de um pulo em Helsinki. Caso contrario, pule.
Bjs.
Mar Baltico.
Depois de matar todos os pontos turisticos em 1 dia, o que fazer com Helsinki? Ir embora? Acertou. Tem um cruzeiro tradicional que cruza o Mar Baltico aa noite e para em Estocolmo pela manha.
Como eu nunca tinha feito um cruzeiro antes, achei que seria uma boa ideia. E foi. Apesar do barco estar vazio, foi uma experiencia interessante. Se voce nunca andou de barco, eh facil resumir: eh um hotel de Las Vegas que boia. Por que Las Vegas? Porque tem quartos, restaurantes, lojas, mercados, teatros e casinos. Alem disso, eh tematico, como todos os hoteis de lah. O nosso era um barco indiano.
A viagem em si nao teve muita diversao. Como o percurso eh feito aa noite e o mar eh grande (novidade...) nao tem muito o que olhar. O engracado foi ver a cara de espanto da galera no deck quando eu resolvi aproveitar o sol. Todo mundo de jaqueta e cachecol, e eu esparramado de sunga no chao. Eh, no chao. Como esse eh um barco escandinavo, a unica piscina que tem lah eh uma mini-jacuzzi. A maioria do barco eh coberta para aguentar o clima da regiao.
Uma coisa eu posso confirmar: nao enjoa mesmo. Eu sou meio sensivel aos sacolejos de Netuno, mas passei bem o tempo todo.
Hora de aportar.
Como eu nunca tinha feito um cruzeiro antes, achei que seria uma boa ideia. E foi. Apesar do barco estar vazio, foi uma experiencia interessante. Se voce nunca andou de barco, eh facil resumir: eh um hotel de Las Vegas que boia. Por que Las Vegas? Porque tem quartos, restaurantes, lojas, mercados, teatros e casinos. Alem disso, eh tematico, como todos os hoteis de lah. O nosso era um barco indiano.
A viagem em si nao teve muita diversao. Como o percurso eh feito aa noite e o mar eh grande (novidade...) nao tem muito o que olhar. O engracado foi ver a cara de espanto da galera no deck quando eu resolvi aproveitar o sol. Todo mundo de jaqueta e cachecol, e eu esparramado de sunga no chao. Eh, no chao. Como esse eh um barco escandinavo, a unica piscina que tem lah eh uma mini-jacuzzi. A maioria do barco eh coberta para aguentar o clima da regiao.
Uma coisa eu posso confirmar: nao enjoa mesmo. Eu sou meio sensivel aos sacolejos de Netuno, mas passei bem o tempo todo.
Hora de aportar.
Bem-vindo a Helsinki.
No ultimo feriado, eu resolvi ir visitar um amigo meu que mora em Helsinki. Tinha prometido e soh fui cumprir a promessa no ultimo final de semana dele lah, com tudo empacotado. Por sorte, coincidencia, ou o que voce quiser, coincidiu tambem de ser o principal feriado do pais. Dia 1 de maio eh dia do Vappu. Um feriado que mistura festa paga, com tradicao viking e o santo que dah nome aa data: Walpurgis. Nesse dia, todo mundo vai aas ruas usando um chapeu branco (tipo de marinheiro) que eles ganham no dia em que se formam. Os mais jovens levam mais a serio e se vestem com macacoes estampados, perucas e o que mais acharem (ou perderem). Digo perderem porque o que o povo finlandes bebe nao eh brincadeira, mais que os Russos. Soh para (ou nao) quando vomita. As mulheres bebem cidra e, os homens, lonquero (mistura de gim e soda). O divertido eh que a cidade inteira passa o dia na rua. Acho que eh o unico dia em que a cidade fica suja.
Helsinki eh uma cidade de primeiro mundo: organizada, limpa e entediante. Talvez por ser pequena demais. Eu andei a cidade inteira (contando interior de igrejas e museus) em 8 horas. 8 dias lah devem ser uma eternidade. Mas Helsinki tem coisas engracadas apesar disso. Por ter 2 linguas oficias, por exemplo, Helsinki tem o dobro de placas, sinais e avisos. Tudo tem que estar em finlandes e sueco (que eram os donos do pedaco). Fora isso, nao vi elevador com porta em lugar nenhum. Comi um doce de flores que nao tem gosto de nada. O povo eh estremamente educado e TODO MUNDO fala ingles. Nao precisa nem perguntar antes. Ateh faxineira de 50 anos, que se desculpou assim quando eu pedi informacoes:
"Sorry, I don't speak English very well. Could you please wait while I call my colleague?"
Ah, primeiro mundo...
Tem fotitos no Flickr. Desse e dos proximos posts.
Helsinki eh uma cidade de primeiro mundo: organizada, limpa e entediante. Talvez por ser pequena demais. Eu andei a cidade inteira (contando interior de igrejas e museus) em 8 horas. 8 dias lah devem ser uma eternidade. Mas Helsinki tem coisas engracadas apesar disso. Por ter 2 linguas oficias, por exemplo, Helsinki tem o dobro de placas, sinais e avisos. Tudo tem que estar em finlandes e sueco (que eram os donos do pedaco). Fora isso, nao vi elevador com porta em lugar nenhum. Comi um doce de flores que nao tem gosto de nada. O povo eh estremamente educado e TODO MUNDO fala ingles. Nao precisa nem perguntar antes. Ateh faxineira de 50 anos, que se desculpou assim quando eu pedi informacoes:
"Sorry, I don't speak English very well. Could you please wait while I call my colleague?"
Ah, primeiro mundo...
Tem fotitos no Flickr. Desse e dos proximos posts.
Thursday, May 08, 2008
Capitulo II: Brahma.
Se tudo que podia dar errado (dentro dos limites de dar certo no final) com Stella deu errado, Brahma foi o contrario. Fez sol nos dois dias, sem nuvens para encobrir o pao-de-acucar (vide fotos), a equipe da produtora foi super profissional e organizada, o diretor foi nota 11 e o cliente nem se deu ao trabalho de levantar da cadeira.
A unica coisa que eu queria falar sobre esse projeto foi algo que eu conclui logo no inicio. O diretor do comercial se chama Carlos Manga Jr., ou Manguinha para quem eh do ramo. Ele eh (na minha opiniao) o melhor diretor do Brasil. Para um brasileiro trabalhar com ele, precisa ralar muito e chegar ao topo. Alem disso, precisa querer porque, no Brasil, raramente a equipe vai ao set de filmagem. Eu tive o prazer de trabalhar com ele, praticamente lado a lado. Mas o curioso eh que, para filmar no Brasil, com a Bossa Filmes e o Manguinha, eu precisei me mudar para o outro lado do mundo. E outra coisa curiosa foi que eu, euzinho, ajudei ele a abrir mais uma porta no mercado internacional (coisa que muitos profissionais brasileiros tem buscado). Foi uma troca lucrativa para ambos os lados. E espero que nao tenha sido a ultima.
Fui.
A unica coisa que eu queria falar sobre esse projeto foi algo que eu conclui logo no inicio. O diretor do comercial se chama Carlos Manga Jr., ou Manguinha para quem eh do ramo. Ele eh (na minha opiniao) o melhor diretor do Brasil. Para um brasileiro trabalhar com ele, precisa ralar muito e chegar ao topo. Alem disso, precisa querer porque, no Brasil, raramente a equipe vai ao set de filmagem. Eu tive o prazer de trabalhar com ele, praticamente lado a lado. Mas o curioso eh que, para filmar no Brasil, com a Bossa Filmes e o Manguinha, eu precisei me mudar para o outro lado do mundo. E outra coisa curiosa foi que eu, euzinho, ajudei ele a abrir mais uma porta no mercado internacional (coisa que muitos profissionais brasileiros tem buscado). Foi uma troca lucrativa para ambos os lados. E espero que nao tenha sido a ultima.
Fui.
Wednesday, April 30, 2008
Capitulo I: Stella Artois.
E lah fomos nohs, rumo a Grumari, praia ao lado da Prainha. O tempo nao estava lah aquelas coisas, mas dava para filmar. Inclusive porque o nosso Diretor de Fotografia era ninguem menos do que Marcelo Durst, vencedor de um Grand Prix no Festival de Cannes. Puxacao aa parte, vamos ao relato.
Os comerciais de Stella Artois sao famosos por uma serie de fatores: sao epicos, grandiosos (meio redundante, nao?), caros e bem produzidos por grandes diretores. Nos saimos com o peh amarrado nessa corrida: um diretor que a gente nao conhecia, um formato apertado (30 segundos) e a maldita Legislacao Russa (no people, no animals, etc.). Adicione aa mistura a tensao do cliente local sabendo que tinha que agradar o Global. Facil...
Primeira cena: barril na agua. Uma cena de 1 segundo. Foi o barril cair na agua para entendermos que nosso diretor nao era dos mais precavidos: a madeira ai da foto ficou quase preta e nao dava mais para ler o logo. Toca a trocar o barril. Break para o almoco. Depois do almoco e com barril novo, comecou a luta contra a arrebentacao. Era impossivel manter o barril na posicao. Foi mais de uma hora tentando e vendo o sol ir embora. Nada do diretor interromper. Eu fiquei tao puto com o diretor que ameacei me jogar no mar para interromper a cena. Por sorte, gracas aa minha loucura, deu para filmar mais UMA cena. 2 cenas em 8 horas! E isso foi soh o primeiro dia. No segundo, choveu. Era tudo que o cliente nao queria. E o diretor resolveu filmar as cenas que o cliente nao queria chuva nem como opcao. Outro dia de desespero. Mas, para a sorte do diretor, a mare ficou tao brava durante a noite que destruiu todo o set. Nao daria para filmar nada na cabana (eh, tinha uma cabana de um naufrago). Entao, o que parecia um dia tranquilo (estava sol), se tornou mais um pesadelo. A comecar pela teimosia do diretor. Ao inves de filmar o produto como combinado (e como estah descrito na police internacional da marca), ele queria porque queria improvisar. Filmar menos espuma no copo, trocar luz, etc. E ainda disse que a cena mais bonita do comercial nao seria filmada. Alegou "Voce nao pode achar que dah para filmar tudo que estah no storyboard", sendo que ele sugeriu a cena e vendou ela como a mais bonita e importante do comercial. Ele ficou a um passo de um murro na boca. Isso porque o problema continuou na edicao e na correcao de cor. Nada de fazer o que foi combinado: soh o que ele queria. Se danou. Nao vai mais trabalhar com a gente. Talvez ateh seja bom para ele. Eh melhor ele ficar na Polonia, onde as pessoas acham que ele eh bom e onde ele vai ser tratado como a estrela que ele pensa ser.
PS - O comercial ficou bonito apesar de tudo. Gracas, principalmente, ao Diretor de Fotografia, que eh incrivel.
Os comerciais de Stella Artois sao famosos por uma serie de fatores: sao epicos, grandiosos (meio redundante, nao?), caros e bem produzidos por grandes diretores. Nos saimos com o peh amarrado nessa corrida: um diretor que a gente nao conhecia, um formato apertado (30 segundos) e a maldita Legislacao Russa (no people, no animals, etc.). Adicione aa mistura a tensao do cliente local sabendo que tinha que agradar o Global. Facil...
Primeira cena: barril na agua. Uma cena de 1 segundo. Foi o barril cair na agua para entendermos que nosso diretor nao era dos mais precavidos: a madeira ai da foto ficou quase preta e nao dava mais para ler o logo. Toca a trocar o barril. Break para o almoco. Depois do almoco e com barril novo, comecou a luta contra a arrebentacao. Era impossivel manter o barril na posicao. Foi mais de uma hora tentando e vendo o sol ir embora. Nada do diretor interromper. Eu fiquei tao puto com o diretor que ameacei me jogar no mar para interromper a cena. Por sorte, gracas aa minha loucura, deu para filmar mais UMA cena. 2 cenas em 8 horas! E isso foi soh o primeiro dia. No segundo, choveu. Era tudo que o cliente nao queria. E o diretor resolveu filmar as cenas que o cliente nao queria chuva nem como opcao. Outro dia de desespero. Mas, para a sorte do diretor, a mare ficou tao brava durante a noite que destruiu todo o set. Nao daria para filmar nada na cabana (eh, tinha uma cabana de um naufrago). Entao, o que parecia um dia tranquilo (estava sol), se tornou mais um pesadelo. A comecar pela teimosia do diretor. Ao inves de filmar o produto como combinado (e como estah descrito na police internacional da marca), ele queria porque queria improvisar. Filmar menos espuma no copo, trocar luz, etc. E ainda disse que a cena mais bonita do comercial nao seria filmada. Alegou "Voce nao pode achar que dah para filmar tudo que estah no storyboard", sendo que ele sugeriu a cena e vendou ela como a mais bonita e importante do comercial. Ele ficou a um passo de um murro na boca. Isso porque o problema continuou na edicao e na correcao de cor. Nada de fazer o que foi combinado: soh o que ele queria. Se danou. Nao vai mais trabalhar com a gente. Talvez ateh seja bom para ele. Eh melhor ele ficar na Polonia, onde as pessoas acham que ele eh bom e onde ele vai ser tratado como a estrela que ele pensa ser.
PS - O comercial ficou bonito apesar de tudo. Gracas, principalmente, ao Diretor de Fotografia, que eh incrivel.
Bem-vindo ao Rio.
Com muito atraso e muito trabalho, vem o post. Direto de Atenas para o Rio de Janeiro (ok, com 1 escala), fui dar sequencia a um processo de mais de 3 meses entre aprovacao de ideia e pre-producao. Foram 2 comerciais, em 5 dias de filmagem. Um esquema e tanto para filmar o novo filme de Stella Artois e de Brahma. Uma experiencia tao complexa que vou contar em capitulos.
Quanto ao Rio, continua lindo. Foi a primeira vez que fui ao Brasil a trabalho e confesso que foi um pouco estranho. Ser recebido em casa com um "Rehlou, Mishterr Toshcanu!" (essa eh a minha melhor transcicao do sotaque carioca) nao eh habitual. Teve o lado bom de levar os gringos no primeiro dia numas atracoes turisticas e o lado estranho de acordar aas 5h da manha para trabalhar ateh a meia-noite durante uma semana.
Do lado bom, uma coincidencia: semi-final da Copa Rio. Flamengo x Botafogo, no Maracana. O jogo foi ruim, mas foi a realizacao de um sonho para o meu produtor (que tambem ama futebol). Outra coisa legal foi ver a cara dos gringos experimentando e manuseando tudo quanto eh fruta brasileira. Voce precisava ver a cara deles ao ver o caju e descobrir que a castanha eh soh um pedacinho dafruta. Tem umas 3 fotinhos no Flickr soh para dar um gosto.
Beijos.
Quanto ao Rio, continua lindo. Foi a primeira vez que fui ao Brasil a trabalho e confesso que foi um pouco estranho. Ser recebido em casa com um "Rehlou, Mishterr Toshcanu!" (essa eh a minha melhor transcicao do sotaque carioca) nao eh habitual. Teve o lado bom de levar os gringos no primeiro dia numas atracoes turisticas e o lado estranho de acordar aas 5h da manha para trabalhar ateh a meia-noite durante uma semana.
Do lado bom, uma coincidencia: semi-final da Copa Rio. Flamengo x Botafogo, no Maracana. O jogo foi ruim, mas foi a realizacao de um sonho para o meu produtor (que tambem ama futebol). Outra coisa legal foi ver a cara dos gringos experimentando e manuseando tudo quanto eh fruta brasileira. Voce precisava ver a cara deles ao ver o caju e descobrir que a castanha eh soh um pedacinho dafruta. Tem umas 3 fotinhos no Flickr soh para dar um gosto.
Beijos.
Sunday, April 13, 2008
Bem-vindo ao Cabo Sounion.
Os ultimos 4 dias foram os primeiros numa serie de viagens que eu mencionei aqui. E o primeiro destino foi a Grecia, mais precisamente o Cabo Sounion. Eh lah que fica o Templo de Poseidon, Deus do Mar. Construido em 440 A.C., o templo era o local destinado aas oferendas e sacrificios em nome de Poseidon.
Numa escala muito mais modesta, estavamos nos, funcionarios da ADV (grupo que controla a minha agencia), fazendo o treinamento anual. Apesar de vivermos em tempos modernos, tambem tivemos de fazer sacrificios. Mais precisamente o da nossa paciencia. O que acontece eh que a empresa escolhida para o treinamento desmarcou em cima da hora. Para compesar, tiveram que encontrar outra empresa que estivesse livre. Quem eh que estah livre em cima da hora? Quem nao tem demanda. Em outras palavras, LIXO.
O treinamento nao tinha conteudo e, o pouco que tinha, estava errado ou desatualizado. No treinamento de midia, a pergunta que fechou a palestra foi:
"Com o advento da internet, a TV vai perder espaco. Assim, qual serah o futuro da midia?"
Das duas uma: ou a palestra nao mudou nos ultimos 10 anos, ou a palestrante vive em outro planeta. Enfim, jah foi. A contrapartida foi um descanso mais do que merecido e necessario. Do meu quarto eu via a Baia e o Templo (olha no Flickr). Sem falar que no resort tinha massagem e tudo mais. To novo. Agora eh hora de embarcar para o Rio de Janeiro.
Fui.
Numa escala muito mais modesta, estavamos nos, funcionarios da ADV (grupo que controla a minha agencia), fazendo o treinamento anual. Apesar de vivermos em tempos modernos, tambem tivemos de fazer sacrificios. Mais precisamente o da nossa paciencia. O que acontece eh que a empresa escolhida para o treinamento desmarcou em cima da hora. Para compesar, tiveram que encontrar outra empresa que estivesse livre. Quem eh que estah livre em cima da hora? Quem nao tem demanda. Em outras palavras, LIXO.
O treinamento nao tinha conteudo e, o pouco que tinha, estava errado ou desatualizado. No treinamento de midia, a pergunta que fechou a palestra foi:
"Com o advento da internet, a TV vai perder espaco. Assim, qual serah o futuro da midia?"
Das duas uma: ou a palestra nao mudou nos ultimos 10 anos, ou a palestrante vive em outro planeta. Enfim, jah foi. A contrapartida foi um descanso mais do que merecido e necessario. Do meu quarto eu via a Baia e o Templo (olha no Flickr). Sem falar que no resort tinha massagem e tudo mais. To novo. Agora eh hora de embarcar para o Rio de Janeiro.
Fui.
Tuesday, April 08, 2008
A largura das avenidas.
Andar de carro em Moscou nao eh facil. Alias, sair do lugar de carro em Moscou nao eh facil. A foto engana. As avenidas principais sao e-nor-mes e dao uma impressao de que eh impossivel lotar tanto espaco vazio. Na foto, por exemplo, o espaco vazio sao NOVE PISTAS DE CADA LADO. Eu nao consigo me acostumar.
O problema eh que esse espaco todo, alem de ser preenchido por mumias paraliticas, eh apenas o contorno de um monte de ruas centrais que mais parecem o labirinto do Minotauro. A cidade eh redonda e circundada por aneis como o da foto. Agora imagine sair desse mundareu de pistas e entrar numa vila olimpia do tamanho de Campinas...
A partir de hoje, comeca meu circuito de viagens. Serao 7 paises em 45 dias. Sempre que sobrar um tempo, faco um updatezinho para voce.
Fui.
O problema eh que esse espaco todo, alem de ser preenchido por mumias paraliticas, eh apenas o contorno de um monte de ruas centrais que mais parecem o labirinto do Minotauro. A cidade eh redonda e circundada por aneis como o da foto. Agora imagine sair desse mundareu de pistas e entrar numa vila olimpia do tamanho de Campinas...
A partir de hoje, comeca meu circuito de viagens. Serao 7 paises em 45 dias. Sempre que sobrar um tempo, faco um updatezinho para voce.
Fui.
Monday, April 07, 2008
Elevadores na Russia.
Lembra do Batoreh da Praca Eh Nossa? Claro que nao. Que pergunta. Bem, eu lembro. E ele tem uma musica que nao me sai da cabeca quando entro nos elevadores daqui: "Voce acha que eh bonito ser feio? Que eh bonito ser feio?"
Eu ainda nao consegui entender a razao pela qual nao ha elevadores normais nesse pais. O elevador da foto, por exemplo, fica numa clinica ultramoderna para estrangeiros. Elevador Otis, novinho. Sem comentar a aparencia geral, olha a ordem dos numeros.
Comparado ao resto, esse ai ateh que era bom. A verdade eh que os elevadores sao, em geral, pequenos, feios e fedidos. Mesmo os mais novos, de marca boa (como diria minha avoh) sao assim.
Os mais antigos sao uma aventura aa parte: batem a porta, tem fios soltos para todo lado e os botoes estao ha muito socados em seus buraquinhos. Sem falar que nos mais antigos, soh eh possivel apertar um andar por viagem. Sempre pergunte: vai aonde?
Going down...
Eu ainda nao consegui entender a razao pela qual nao ha elevadores normais nesse pais. O elevador da foto, por exemplo, fica numa clinica ultramoderna para estrangeiros. Elevador Otis, novinho. Sem comentar a aparencia geral, olha a ordem dos numeros.
Comparado ao resto, esse ai ateh que era bom. A verdade eh que os elevadores sao, em geral, pequenos, feios e fedidos. Mesmo os mais novos, de marca boa (como diria minha avoh) sao assim.
Os mais antigos sao uma aventura aa parte: batem a porta, tem fios soltos para todo lado e os botoes estao ha muito socados em seus buraquinhos. Sem falar que nos mais antigos, soh eh possivel apertar um andar por viagem. Sempre pergunte: vai aonde?
Going down...
Saturday, March 29, 2008
Correndo atras do Leao.
Uns dias atras, eu escrevi sobre a minha primeira campanha na Archive. Apesar da importancia do acontecimento, eu quero colocar meu nome na historia da propaganda Russa. Deixar aqui mais do que um monte de envelopinhos de Engov vazios. Eu quero um Leao. Para isso, fiz tudo o que estava ao meu alcance. Esse, alias, foi o motivo pelo qual eu nao dormi mais de 5 ou 6 horas nos ultimos 2 meses (isso nos dias bons). Aqui, se voce quer fazer algo acontecer, tem que fazer por conta propria. Agradeco e muito, contudo, ao meu produtor, que abracou os projetos e me ajudou a transformar tudo em realidade.
Um dos projetos eh uma parodia do Grand Prix de Cannes do ano passado: Dove Evolution. Se voce nao viu, tambem tah no YouTube. Driblar as dificuldades tecnicas e produzir esse comercial de graca nao foi nada nada nada simples. Mas fiquei satisfeito com o resultado. Agora eh soh espalhar.
Por isso, caro leitor, se voce tem um blog ou conhece o dono de um, se voce tem um monte de amigos no Orkut ou no MSN, se voce tem listas de amigos, vou pedir um favor: coloque esse link no seu blog ou mande para todas essas pessoas maravilhosas que fazem parte da sua vida. Eu ateh pensei em fazer um spam dizendo que a cada 1000 clicks nesse link uma cadeira-de-rodas seria doada, mas achei que nao seria necessario. Veremos. Agora vou dormir que eh algo que eu nem lembro mais como se faz...
Esse eh o link: http://youtube.com/watch?v=jSFD0Ni7miA
Fui.
Zzz.
Monday, March 24, 2008
1 ano de Russia.
Semana passada completei um ano de Russia. Se voce realmente quer saber, nao eh facil (se voce nao queria saber, jah foi). E nao eh soh do trabalho que eu estou falando. Tem muitos fatores que contribuem para esse desgaste: transito, poluicao, custo de vida, auto-critica e clima (falta de sol no inverno). Dah para driblar todos esses problemas e ainda atingir os objetivos. Basta persistencia. Muita.
Conversa de guru motivacional aa parte, a verdade eh que isso me fez crescer muito. Nao eh facil carregar uma agencia nas costas. Alem das rugas e de uma dor no pescoco incessante (vou no medico quarta, mae), tem o fator Moscou. Nao sei se eu jah disse isso, mas um medico falou que 3 anos em Moscou equivalem a 4 em outra cidade. Igual idade de cachorro, sabe?
Ciencia aa parte, queria dizer que estou muito feliz. Foi mais um ano inesquecivel nessa jornada. Por isso, resolvi comemorar com meus funcionarios bem no estilo Russo e ter uma noite esquecivel gracas ao alcool. To vivo, mae, senao nao escreveria o post. Chamei todo mundo que passou pela agencia nesse periodo. Foi muito bacana. O problema foi na hora de ir embora. Meio bebado... Escorreguei numa poca congelada e fui para o chao. Rasguei minha jaqueta de couro e minha calca. Alias, sorte que a jaqueta era de couro e a calca era jeans. Senao, alem do Engov ia ter que tomar uns pontos no cotovelo. MAS TO BEM, MAE!
Que venham os proximos 365 dias.
Para o alto e avante!
Conversa de guru motivacional aa parte, a verdade eh que isso me fez crescer muito. Nao eh facil carregar uma agencia nas costas. Alem das rugas e de uma dor no pescoco incessante (vou no medico quarta, mae), tem o fator Moscou. Nao sei se eu jah disse isso, mas um medico falou que 3 anos em Moscou equivalem a 4 em outra cidade. Igual idade de cachorro, sabe?
Ciencia aa parte, queria dizer que estou muito feliz. Foi mais um ano inesquecivel nessa jornada. Por isso, resolvi comemorar com meus funcionarios bem no estilo Russo e ter uma noite esquecivel gracas ao alcool. To vivo, mae, senao nao escreveria o post. Chamei todo mundo que passou pela agencia nesse periodo. Foi muito bacana. O problema foi na hora de ir embora. Meio bebado... Escorreguei numa poca congelada e fui para o chao. Rasguei minha jaqueta de couro e minha calca. Alias, sorte que a jaqueta era de couro e a calca era jeans. Senao, alem do Engov ia ter que tomar uns pontos no cotovelo. MAS TO BEM, MAE!
Que venham os proximos 365 dias.
Para o alto e avante!
Thursday, March 20, 2008
A primeira a gente nunca esquece.
Lembro quando eu comecei minha carreira na Full Jazz. Nao sabia nada de propaganda. Malemah sabia qual era a diferenca entre um slogan, um titulo, um copy desk, um body copy, um subtitulo. Olhando assim parece complicado, mas na verdade (como dizia um dos redatores) "eh soh colocar um molhinho no texto".
Nessa epoca, quando tudo era novo (e eu ainda nao sabia que tudo jah foi feito), haviam 2 datas magicas: o dia que chegava a SHOTS (fita com os melhores comerciais de TV) e o dia que chegava a ARCHIVE (revista com os melhores anuncios de revista). Na fase pos-deslumbramento, essas duas coisas viram ferramenta de trabalho. Mas o ego de publicitario nao sossega. Ele sabe que todo mundo tah olhando e quer aparecer lah.
Pois, aleluia, aconteceu. Semana passada, saiu a nova ARCHIVE e a ultima campanha que eu fiz aqui foi escolhida. To contando mais pela satisfacao mesmo. Acho que eh meio infantil, mas eu compartilho tanta coisa aqui que isso nao podia ficar de fora. Agora eh comecar a corrida para fazer mais coisa aparecer lah. ;-)
Fui.
Nessa epoca, quando tudo era novo (e eu ainda nao sabia que tudo jah foi feito), haviam 2 datas magicas: o dia que chegava a SHOTS (fita com os melhores comerciais de TV) e o dia que chegava a ARCHIVE (revista com os melhores anuncios de revista). Na fase pos-deslumbramento, essas duas coisas viram ferramenta de trabalho. Mas o ego de publicitario nao sossega. Ele sabe que todo mundo tah olhando e quer aparecer lah.
Pois, aleluia, aconteceu. Semana passada, saiu a nova ARCHIVE e a ultima campanha que eu fiz aqui foi escolhida. To contando mais pela satisfacao mesmo. Acho que eh meio infantil, mas eu compartilho tanta coisa aqui que isso nao podia ficar de fora. Agora eh comecar a corrida para fazer mais coisa aparecer lah. ;-)
Fui.
Sunday, March 16, 2008
Esquerda ou direta? Voce escolhe.
Nao sei se eh pela proximidade de fronteiras ou pela comodidade, mas aqui na Russia voce pode dirigir carros japoneses e ingleses sem alteracao. E nao sao poucos. As vezes, voce estah no transito, atras de um carro, e percebe que nao tem ninguem no banco do motorista. Nessas horas, basta olhar para o logotipo no porta-malas. Com certeza, voce vai ver uma logotipo conhecido e um nome que soa como algo familiar, mas tem umas silabas a menos: Primera, Imprenza, Serena, Teona. No caso dos carros ingleses, voce nao vai reconhecer nem o logo nem o nome. Porque GM eh Opel, ou Vauxhall, etc.
Enfim, essa eh soh uma das coisas que contribuem para o caos total no transito de Moscou. Como meu pai colocou na sua visita aqui (apos 40 minutos parado no transito): "Moscou me faz sentir saudades do transito de Bangkok."
Fui.
Ops.
Ia.
Parou o transito...
Enfim, essa eh soh uma das coisas que contribuem para o caos total no transito de Moscou. Como meu pai colocou na sua visita aqui (apos 40 minutos parado no transito): "Moscou me faz sentir saudades do transito de Bangkok."
Fui.
Ops.
Ia.
Parou o transito...
Monday, March 10, 2008
Meu motorista...
O nome dele eh Serguei e eh assim que eu encontro ele todos os dias: dormindo. Eh assim tambem que eu vejo ele apos longas reunioes ou quando eu saio de um restaurante. Mas o que chama mesmo a atencao eh a personalidade dele. Sao dois extremos vivendo num mesmo corpo: um psicopata e uma senhora doce.
Funciona assim: normalmente, ele eh uma senhora. Nao estah nem ai se eu estou atrasado, nao corre dah passagem para todo mundo e usa os oculos da esposa para procurar alguma rua no mapa (olhe no Flickr ele de oculos rosa). Quando vai ao interior, me traz mel, carne, peixe. Eh uma tipica vovoh. Mas...
Basta alguem tentar mudar de pista sem ligar o pisca, alguem tentar atravessar a rua fora da faixa de pedrestres ou alguem dirigir muito devagar para ele se transformar no SergueiPsico. Nesse modo, de cada 10 palavras, 24 sao palavroes dos mais xulos (segundo testemunhas). Ele enlouquece. Anota numero de placa, grita e ateh desce do carro para brigar com mulher. O alvo nao eh importante. O que importa eh deixar claro que voce fez algo errado.
Muita gente me pergunta por que eu continuo com ele. A resposta eh simples: ele conhece Moscou melhor do que qualquer outro motorista (ateh mesmo taxistas). Claro, isso tambem pode ser uma versao romanceada da real razao: I don't wanna be on his bad side.
Fui.
Funciona assim: normalmente, ele eh uma senhora. Nao estah nem ai se eu estou atrasado, nao corre dah passagem para todo mundo e usa os oculos da esposa para procurar alguma rua no mapa (olhe no Flickr ele de oculos rosa). Quando vai ao interior, me traz mel, carne, peixe. Eh uma tipica vovoh. Mas...
Basta alguem tentar mudar de pista sem ligar o pisca, alguem tentar atravessar a rua fora da faixa de pedrestres ou alguem dirigir muito devagar para ele se transformar no SergueiPsico. Nesse modo, de cada 10 palavras, 24 sao palavroes dos mais xulos (segundo testemunhas). Ele enlouquece. Anota numero de placa, grita e ateh desce do carro para brigar com mulher. O alvo nao eh importante. O que importa eh deixar claro que voce fez algo errado.
Muita gente me pergunta por que eu continuo com ele. A resposta eh simples: ele conhece Moscou melhor do que qualquer outro motorista (ateh mesmo taxistas). Claro, isso tambem pode ser uma versao romanceada da real razao: I don't wanna be on his bad side.
Fui.
Thursday, March 06, 2008
Overdose de coca...
Foi-se. Apos quase 4 anos viajando o mundo, registrando diversos momentos inesqueciveis. 4 continentes, algumas dezenas de paises, algumas centenas de tombos e eventos. Foi-se. Como a maioria dos que vao cedo, foi-se de uma maneira tola e prematura.
Estava voltando da agencia quando resolvi parar no McDonald's para comprar o jantar e ir para casa. Na minha rua, um transito infernal causado pelos mongoloides dos motoristas dos milionarios do restaurante Mario (ao lado de casa). Decidi ir a peh. Como estava com o computador e outras coisas no carro, coloquei o pacotinho do McDonald's na minha bolsa. Logo na entrada de casa, escorreguei numa poca congelada e dei uma pancada na bolsa. O copo de coca-cola amassou e comecou a vazar. Soh ao entrar no apartamento notei o vazamento. Depois de limpar a bagunca e tentar alguns metodos de reanimacao digital, percebi que nao havia mais nada a ser feito. Dei adeus aa minha companheira e comprei sua versao mais nova.
Este tambem foi o motivo pelo qual eu nao atualizei o blog por todo esse tempo. Agora estamos de volta.
C ya.
Estava voltando da agencia quando resolvi parar no McDonald's para comprar o jantar e ir para casa. Na minha rua, um transito infernal causado pelos mongoloides dos motoristas dos milionarios do restaurante Mario (ao lado de casa). Decidi ir a peh. Como estava com o computador e outras coisas no carro, coloquei o pacotinho do McDonald's na minha bolsa. Logo na entrada de casa, escorreguei numa poca congelada e dei uma pancada na bolsa. O copo de coca-cola amassou e comecou a vazar. Soh ao entrar no apartamento notei o vazamento. Depois de limpar a bagunca e tentar alguns metodos de reanimacao digital, percebi que nao havia mais nada a ser feito. Dei adeus aa minha companheira e comprei sua versao mais nova.
Este tambem foi o motivo pelo qual eu nao atualizei o blog por todo esse tempo. Agora estamos de volta.
C ya.
Friday, February 01, 2008
Snowboard em plena quinta-feira.
Para quem vive perguntando como eh que Russo aguenta o frio e a neve, eu respondo: andando de snowboard. Claro que eles continuam bebendo vodka e comendo geleia de carne, mas os esportes de inverno (inclusive aqueles que a gente nao ve a menor graca) veem aa tona nessa epoca. Ontem aa noite, foi a minha vez.
Um pessoal da agencia vai toda semana para uma montanha aqui pertinho (1 hora de carro) e eu resovi ir junto. Depois de tres horas, cansado e com a adrenalina satisfeita, posso dizer que eh a melhor terapia para a canseira do trabalho.
Apesar do pouco tempo (total de 5 horas), na volta a sensacao era de ter passado o final de semana fora da cidade. Acho que eh a calma, o silencio, a natureza (vou parar por aqui para nao parecer viado). A pista estava lotada quando eu sai (2 da manha), sinal de que eu nao sou o unico que pensa assim.
A partir de agora, vai ser programa fixo. Toda quinta-feira. Se voce quiser ver um pouquinho das pistas, vai lah no Flickr.
Bom final de semana. Faca neve ou faca sol.
Um pessoal da agencia vai toda semana para uma montanha aqui pertinho (1 hora de carro) e eu resovi ir junto. Depois de tres horas, cansado e com a adrenalina satisfeita, posso dizer que eh a melhor terapia para a canseira do trabalho.
Apesar do pouco tempo (total de 5 horas), na volta a sensacao era de ter passado o final de semana fora da cidade. Acho que eh a calma, o silencio, a natureza (vou parar por aqui para nao parecer viado). A pista estava lotada quando eu sai (2 da manha), sinal de que eu nao sou o unico que pensa assim.
A partir de agora, vai ser programa fixo. Toda quinta-feira. Se voce quiser ver um pouquinho das pistas, vai lah no Flickr.
Bom final de semana. Faca neve ou faca sol.
Sunday, January 27, 2008
Gelatina de... Carne.
Semana passada eu experimentei um prato supertipico daqui: o Holodets. Eh uma gelatina sabor carne. Enquanto no Brasil a gente coloca frutas e chantilly, aqui o negocio eh bife.
Antes de passar a receita, preciso dizer que o negocio eh bom. A principio, a cara e a consistencia dele sao meio estranhas. Passado o medo, voce se delicia.
Para preparar o Holodets, um ingrediente eh fundamental: paciencia. Isso porque a carne precisa ser cozinha por 7 horas em fogo baixo.
Holodets:
Coloque um quilo de carne na panela e cubra com agua (a agua deve ficar uns 8 cm acima da carne). Tampe a panela ateh ferver.
Adicione sal e cozinhe a carne por 7 horas. Retire a gordura que vai saindo com uma colher.
Ao acabar, separe a carne dos ossos e desfie tudo. Passe o caldo todo por uma peneira. Coloque a carne num prato fundo e despeje o liquido.
Quando a gelatina se formar, pode comer. Ou nao...
Fui.
Antes de passar a receita, preciso dizer que o negocio eh bom. A principio, a cara e a consistencia dele sao meio estranhas. Passado o medo, voce se delicia.
Para preparar o Holodets, um ingrediente eh fundamental: paciencia. Isso porque a carne precisa ser cozinha por 7 horas em fogo baixo.
Holodets:
Coloque um quilo de carne na panela e cubra com agua (a agua deve ficar uns 8 cm acima da carne). Tampe a panela ateh ferver.
Adicione sal e cozinhe a carne por 7 horas. Retire a gordura que vai saindo com uma colher.
Ao acabar, separe a carne dos ossos e desfie tudo. Passe o caldo todo por uma peneira. Coloque a carne num prato fundo e despeje o liquido.
Quando a gelatina se formar, pode comer. Ou nao...
Fui.
Tuesday, January 22, 2008
O inverno que a gente assiste.
A primeira coisa que me perguntam quando o assunto eh Russia eh: e o frio? Resposta: e o frio?
Como voce pode ver na foto, apesar da neve e do frio, estou de camiseta. E eh assim que eu passo quase todo o meu dia. Quando a gente nao tem rotina de turista, que passa o dia todo na rua, o frio eh um espetaculo que a gente assiste de camarote. A neve eh igual aos bichos do simba-safari: eu vejo de pertinho, mas do outro lado do vidro.
Para ser bem honesto, eu passava muito mais frio em SP do que em Moscou. A diferenca eh simples: aqui, tudo tem aquecimento. Minha casa eu deixo nos 27 graus. O carro, nos 28.5 (opcao do meu motorista, tema do proximo post) e o trabalho nos 25C.
O unico momento do dia que eu preciso de jaqueta eh para andar da porta de casa ateh o carro, do carro pro trabalho e vice-versa. Ah, e para ir de casa ateh a academia.
Fora isso, o inverno na Russia nao eh mais o mesmo. Com o aquecimento global (ou nao), o inverno amenizou. Ha tres anos que quase nem neva mais. A temperatura oscila entre -3 e +3. Quase igual a Campos de Jordao, em julho. Essa neve ai da foto eh uma imagem rara, fruto de uma nevezinha que caiu no final de semana.
Fui.
Como voce pode ver na foto, apesar da neve e do frio, estou de camiseta. E eh assim que eu passo quase todo o meu dia. Quando a gente nao tem rotina de turista, que passa o dia todo na rua, o frio eh um espetaculo que a gente assiste de camarote. A neve eh igual aos bichos do simba-safari: eu vejo de pertinho, mas do outro lado do vidro.
Para ser bem honesto, eu passava muito mais frio em SP do que em Moscou. A diferenca eh simples: aqui, tudo tem aquecimento. Minha casa eu deixo nos 27 graus. O carro, nos 28.5 (opcao do meu motorista, tema do proximo post) e o trabalho nos 25C.
O unico momento do dia que eu preciso de jaqueta eh para andar da porta de casa ateh o carro, do carro pro trabalho e vice-versa. Ah, e para ir de casa ateh a academia.
Fora isso, o inverno na Russia nao eh mais o mesmo. Com o aquecimento global (ou nao), o inverno amenizou. Ha tres anos que quase nem neva mais. A temperatura oscila entre -3 e +3. Quase igual a Campos de Jordao, em julho. Essa neve ai da foto eh uma imagem rara, fruto de uma nevezinha que caiu no final de semana.
Fui.
Wednesday, January 16, 2008
Comecou bem...
Depois das aventuras passadas em Londres (ver ultimo post), achei que meu karma turistico estava pago por umas tres reincarnacoes. Again: Haha. Tudo bem que ninguem vomitou em mim no Brasil, mas acho que foi soh o que faltou.
Antes que eu seja injusto com a viagem, foi otimo rever os amigos, ficar com a familia, curtir um calorzinho, pegar uma cor, nadar no mar, ver golfinhos, etc. Soh que o preco pago nao foi dos mais baixos.
Soh para facilitar a sua vida, vou descrever o roteiro: Moscou-SP-Natal-SP-Moscou. Na verdade, quero deixar parte do episodio Natal para o fim porque eh beeeem longo.
Vou comecar pela parte boa. Natal tem coisas muito bonitas. Coisas que soh o Brasil tem: essa mistura de praia, duna, agua doce e salgadas, fauna marinha, calor, vento e tudo mais. Vale a pena conhecer. Eu nao voltaria, mas isso eh outro assunto. Em meio aa essa maravilha toda estao os hoteis e os passeios (como disse, o hotel fica para o final). Um dos passeios mais tradicionais de lah eh o passeio de buggy nas dunas de Jenipabu. Tem com emocao e sem emocao. Minha sugestao: sem emocao. E nao eh por medo nao, eh porque eu sou ateu e nao tenho Deus para pedir socorro quando a vaca vai pro brejo. No meu caso, foi soh um coccix inflamado. No hospital, contudo, teve gente com nariz quebrado, dente quebrado, braco quebrado e muitos casos de morte. No Flickr, uma curiosidade: no meu raio-X do coccix tem uma mancha preta. Eh um "pum". Para quem nunca tinha visualizado um...
Pulo agora para a minha volta a Moscou (jah falo do hotel). Comecou no aviao. Embarque no horario (contradizendo todas as previsoes) e previsao de um voo sem problemas. Falou, dancou. Depois que todo mundo estava sentado no aviao, comeca a angustia. O APU (Auxiliary Power Unit) nao estava funcionando e, como resultado, tivemos o prazer de ficar uma hora e meia numa cabine que beirava os 40 graus. Celsius. Tinha gente sem camisa, idosos passando mal. Caos total. Resolvido um problema, nasce outro. Eu tinha uma conexao em Paris 55 minutos apos a chegada. Ou seja, perdi o voo de conexao e tive que pegar o ultimo voo do dia, para chegar em Moscou aas 18h30 (sendo que no dia seguinte eu voltava pro trabalho). Chegando em Moscou, mais caos. Todas as esteiras de bagagem com problema. Mas eu nao tive que me preocupar com isso porque minha bagagem nao chegou. Meu problema foi enfrentar 3 horas de indas e vindas na fila das bagagens perdidas. Eu e mais uns 500 perdidos. Quando eram quase 22h consegui ir para a minha casa, sem mala e sem forcas para mais nada. A bagagem chegou 2 dias depois com o ziper cortado. Daqui para frente nao tenho mais como lacrar essa mala...
Agora, vamos ao que interessa: o Hotel. Se alguma vez voce resolver ir a Natal, me prometa uma coisa... Pensando bem, duas coisas: nao ir no Reveillon e, atencao, nao ficar no Hotel Parque da Costeira. Esses dois fatores somados garantem a voce uma experiencia inesquecivel. Pena que seja para o lado ruim da coisa. Como esse post jah estah virando um Testamento, vou parar de escrever e colocar aqui a carta que mandamos para CVC, Hotel e Agencia de Turismo. Divirta-se. Afinal, no coccix dos outros eh refresco, neh?
Fui,
A
Ps - Tem fotos no Flickr.
-------------------------------------------------------------------------------
Natal, 04 de Janeiro de 2008.
A Gerente Geral do “Hotel” Parque da Costeira.
A CVC (Diretoria)
A Idealle Viagens (Sra. Fátima).
Tem a presente a intenção de colaborar com a melhoria dos serviços do “hotel” Parque da Costeira, pelo qual nos entusiasmamos após visitar o site (belas instalações, bons recursos, piscinas, meia pensão, etc.). Por intermédio da Idealle Viagens, fechamos um pacote para 4 pessoas (quartos 133 e 309), esperando uma estadia agradável, coerente com o que havíamos visto no site, visto que todos os anos selecionamos um bom hotel para as ferias.
Qual não foi nossa surpresa e frustração ao ver que nosso investimento não daria o retorno esperado e, pior, nos daria dores-de-cabeça diárias, do primeiro ao ultimo dia.
1) Logo na chegada, a recepção nos deu indícios do que seria o resto da estadia: muita confusão e desorganização. Filas enormes, falta de quartos, quartos sem toalhas, quartos sem roupa de cama, sem limpeza, hóspedes ocupando quartos que deveriam estar livres para os recém-chegados (vale ressaltar que eram 15h, muito além do horário de check-out).
2) Em meio a esse caos, outra característica que se mostrou uma regra e não uma exceção: o mau atendimento. Ao invés de reunir o grupo, explicar a situação e oferecer alguma forma de compensação, os funcionários Silvana e Ricardo (recepcionistas no dia) se limitavam a dizer “Esperem a chamada pelo nome”, até que a situação se tornou incontrolável e a verdade veio à tona. Nesse momento, quando requisitamos a presença do gerente a resposta foi ainda mais mediocre “O gerente não está, mas vai entrar em contato assim que possível”. Após 7 dias, concluímos que ele não vai entrar em contato ou não está muito preocupado com seus hóspedes.
3) Após 1h30 de muita discussão, chegamos ao quarto. Mais uma vez, ficou claro que aquilo que o “hotel” anuncia não é o que ele oferece: o quarto não tinha armários. No lugar do mesmo, havia uma viga de madeira com alguns cabides.
4) Ao notar tamanha falta de estrutura, resolvemos entrar em contato com a recepção. Nesse momento, ficou claro o quanto o “hotel” é antigo e qual é a falta de atenção aos detalhes. A lista de ramais COLADA NO TELEFONE DO QUARTO dava como número da recepção o número de um quarto de hóspedes (134). O pobre turista disse não agüentar mais receber ligações (mais um sinal de que a insatisfação não era só nossa).
5) Já que o assunto é telefone e atenção, fica aqui o relato de um dos dias em que usamos o serviço de despertador. Solicitamos a chamada para as 6h45, mas fomos acordados às 6h20. Pelo menos foram 25 minutos ANTES do horário e não DEPOIS. Foi um incômodo, mas não perdemos o passeio do dia.
6) Nos dias seguintes, faltou toalha porque “não tinha”, “não chegou da lavanderia”, ou porque “precisa ir buscar”.
7) Depois de tantos problemas estruturais, fomos experimentar a estrutura gastronômica do “hotel”. Logo no primeiro café (que estava com um gosto horroroso), encontramos folhas no fundo da xícara. Ao mostrarmos o achado para o garçom, ouvimos a seguinte resposta: “Estranho. Vou levar para a cozinha e lavar”. Num Bed&Breakfast isso é quase aceitável. Num hotel caro como este, não.
8) O café acima foi cobrado, assim como quase tudo no hotel. Aqui só não se paga o ar que respira. Tudo aquilo que era anunciado como diferenciais do hotel eram na verdade “extras”. Tudo era cobrado à parte: academia, toalha de praia (!), sauna, Jacuzzi e até (inacreditavelmente) a bolinha de ping-pong. O que não ajudou em nada, visto que TODAS as raquetes estavam quebradas.
9) Mesmo sendo paga, a massagem também teve problemas. Na primeira, a massagista atrasou 1h30. Na segunda, o responsável se esqueceu de marcar a massagem, resultando em novo atraso (mais 1 hora).
10) Chegada a noite do Reveillon, mais surpresas. Primeiro, faltou luz duas vezes pouco antes da ceia. Depois, NA HORA DA CEIA, não tínhamos mesa para sentar. Fomos jogados de funcionário a funcionário, até que improvisaram uma mesa no meio do salão.
11) No dia seguinte (esperamos que o motivo não seja a ceia), um membro de nosso grupo teve problemas intestinais. O papel higiênico do quarto acabou. Ligamos gentilmente para a recepção QUATRO vezes. Na QUINTA VEZ, foi preciso especificar o que estava se passando para conseguir alguma atenção e o esperado papel higiênico.
12) Por falar em ceia. Hoje, três dias após o jantar de ano novo, ainda estamos comendo restos da ceia. É o terceiro dia consecutivo de restos de “Perú à Califórnia” no buffet.
13) O quesito limpeza merece um capítulo à parte. Vamos nos restringir às baratas (três em um quarto e uma no outro) e à sujeira em volta da piscina. Ao mover uma das cadeiras de praia, encontramos embaixo dela: bolos de cabelo, colher, lata, copos, papel de sorvete, embalagens e até um coco verde inteiro. Cadê a faxina das areas comuns?
14) A resposta em todos os casos era padrão: “não sei”, “pode deixar” e “depois eu vejo”. Parecia que eles tinham sido treinados para isso.
15) Para fechar a viagem com chave de ouro, mais um show de falta de consideração. Ao voltar da praia, encontramos todas as nossas roupas espalhadas pelo quarto: em cima da TV, penduradas na viga de madeira, em cima do criado-mudo, etc. (lembre-se que não há armário). O motivo de tudo isso é tão absurdo como o resto da estadia: RETIRARAM UMA DAS CAMAS DO QUARTO. No quarto onde estão mãe e filho existe agora somente uma cama de casal. Ao falar com Edileuza, ouvimos que Berta, a chefa da Governança, autorizou a retirada da cama sem a nossa autorização (!).
A única coisa boa de tudo isso é que estamos indo embora amanhã. Esperamos que tudo isso seja resolvido antes que o “hotel” Parque da Costeira receba novos turistas desavisados. Aliás, o nome deveria mudar para Parque da Barrigueira, visto que é com a barriga que eles andam empurrando todos os problemas que encontramos durante nossa estadia.
Cordialmente,
Andreas, Karin e Márcia Toscano.
Antes que eu seja injusto com a viagem, foi otimo rever os amigos, ficar com a familia, curtir um calorzinho, pegar uma cor, nadar no mar, ver golfinhos, etc. Soh que o preco pago nao foi dos mais baixos.
Soh para facilitar a sua vida, vou descrever o roteiro: Moscou-SP-Natal-SP-Moscou. Na verdade, quero deixar parte do episodio Natal para o fim porque eh beeeem longo.
Vou comecar pela parte boa. Natal tem coisas muito bonitas. Coisas que soh o Brasil tem: essa mistura de praia, duna, agua doce e salgadas, fauna marinha, calor, vento e tudo mais. Vale a pena conhecer. Eu nao voltaria, mas isso eh outro assunto. Em meio aa essa maravilha toda estao os hoteis e os passeios (como disse, o hotel fica para o final). Um dos passeios mais tradicionais de lah eh o passeio de buggy nas dunas de Jenipabu. Tem com emocao e sem emocao. Minha sugestao: sem emocao. E nao eh por medo nao, eh porque eu sou ateu e nao tenho Deus para pedir socorro quando a vaca vai pro brejo. No meu caso, foi soh um coccix inflamado. No hospital, contudo, teve gente com nariz quebrado, dente quebrado, braco quebrado e muitos casos de morte. No Flickr, uma curiosidade: no meu raio-X do coccix tem uma mancha preta. Eh um "pum". Para quem nunca tinha visualizado um...
Pulo agora para a minha volta a Moscou (jah falo do hotel). Comecou no aviao. Embarque no horario (contradizendo todas as previsoes) e previsao de um voo sem problemas. Falou, dancou. Depois que todo mundo estava sentado no aviao, comeca a angustia. O APU (Auxiliary Power Unit) nao estava funcionando e, como resultado, tivemos o prazer de ficar uma hora e meia numa cabine que beirava os 40 graus. Celsius. Tinha gente sem camisa, idosos passando mal. Caos total. Resolvido um problema, nasce outro. Eu tinha uma conexao em Paris 55 minutos apos a chegada. Ou seja, perdi o voo de conexao e tive que pegar o ultimo voo do dia, para chegar em Moscou aas 18h30 (sendo que no dia seguinte eu voltava pro trabalho). Chegando em Moscou, mais caos. Todas as esteiras de bagagem com problema. Mas eu nao tive que me preocupar com isso porque minha bagagem nao chegou. Meu problema foi enfrentar 3 horas de indas e vindas na fila das bagagens perdidas. Eu e mais uns 500 perdidos. Quando eram quase 22h consegui ir para a minha casa, sem mala e sem forcas para mais nada. A bagagem chegou 2 dias depois com o ziper cortado. Daqui para frente nao tenho mais como lacrar essa mala...
Agora, vamos ao que interessa: o Hotel. Se alguma vez voce resolver ir a Natal, me prometa uma coisa... Pensando bem, duas coisas: nao ir no Reveillon e, atencao, nao ficar no Hotel Parque da Costeira. Esses dois fatores somados garantem a voce uma experiencia inesquecivel. Pena que seja para o lado ruim da coisa. Como esse post jah estah virando um Testamento, vou parar de escrever e colocar aqui a carta que mandamos para CVC, Hotel e Agencia de Turismo. Divirta-se. Afinal, no coccix dos outros eh refresco, neh?
Fui,
A
Ps - Tem fotos no Flickr.
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Natal, 04 de Janeiro de 2008.
A Gerente Geral do “Hotel” Parque da Costeira.
A CVC (Diretoria)
A Idealle Viagens (Sra. Fátima).
Tem a presente a intenção de colaborar com a melhoria dos serviços do “hotel” Parque da Costeira, pelo qual nos entusiasmamos após visitar o site (belas instalações, bons recursos, piscinas, meia pensão, etc.). Por intermédio da Idealle Viagens, fechamos um pacote para 4 pessoas (quartos 133 e 309), esperando uma estadia agradável, coerente com o que havíamos visto no site, visto que todos os anos selecionamos um bom hotel para as ferias.
Qual não foi nossa surpresa e frustração ao ver que nosso investimento não daria o retorno esperado e, pior, nos daria dores-de-cabeça diárias, do primeiro ao ultimo dia.
1) Logo na chegada, a recepção nos deu indícios do que seria o resto da estadia: muita confusão e desorganização. Filas enormes, falta de quartos, quartos sem toalhas, quartos sem roupa de cama, sem limpeza, hóspedes ocupando quartos que deveriam estar livres para os recém-chegados (vale ressaltar que eram 15h, muito além do horário de check-out).
2) Em meio a esse caos, outra característica que se mostrou uma regra e não uma exceção: o mau atendimento. Ao invés de reunir o grupo, explicar a situação e oferecer alguma forma de compensação, os funcionários Silvana e Ricardo (recepcionistas no dia) se limitavam a dizer “Esperem a chamada pelo nome”, até que a situação se tornou incontrolável e a verdade veio à tona. Nesse momento, quando requisitamos a presença do gerente a resposta foi ainda mais mediocre “O gerente não está, mas vai entrar em contato assim que possível”. Após 7 dias, concluímos que ele não vai entrar em contato ou não está muito preocupado com seus hóspedes.
3) Após 1h30 de muita discussão, chegamos ao quarto. Mais uma vez, ficou claro que aquilo que o “hotel” anuncia não é o que ele oferece: o quarto não tinha armários. No lugar do mesmo, havia uma viga de madeira com alguns cabides.
4) Ao notar tamanha falta de estrutura, resolvemos entrar em contato com a recepção. Nesse momento, ficou claro o quanto o “hotel” é antigo e qual é a falta de atenção aos detalhes. A lista de ramais COLADA NO TELEFONE DO QUARTO dava como número da recepção o número de um quarto de hóspedes (134). O pobre turista disse não agüentar mais receber ligações (mais um sinal de que a insatisfação não era só nossa).
5) Já que o assunto é telefone e atenção, fica aqui o relato de um dos dias em que usamos o serviço de despertador. Solicitamos a chamada para as 6h45, mas fomos acordados às 6h20. Pelo menos foram 25 minutos ANTES do horário e não DEPOIS. Foi um incômodo, mas não perdemos o passeio do dia.
6) Nos dias seguintes, faltou toalha porque “não tinha”, “não chegou da lavanderia”, ou porque “precisa ir buscar”.
7) Depois de tantos problemas estruturais, fomos experimentar a estrutura gastronômica do “hotel”. Logo no primeiro café (que estava com um gosto horroroso), encontramos folhas no fundo da xícara. Ao mostrarmos o achado para o garçom, ouvimos a seguinte resposta: “Estranho. Vou levar para a cozinha e lavar”. Num Bed&Breakfast isso é quase aceitável. Num hotel caro como este, não.
8) O café acima foi cobrado, assim como quase tudo no hotel. Aqui só não se paga o ar que respira. Tudo aquilo que era anunciado como diferenciais do hotel eram na verdade “extras”. Tudo era cobrado à parte: academia, toalha de praia (!), sauna, Jacuzzi e até (inacreditavelmente) a bolinha de ping-pong. O que não ajudou em nada, visto que TODAS as raquetes estavam quebradas.
9) Mesmo sendo paga, a massagem também teve problemas. Na primeira, a massagista atrasou 1h30. Na segunda, o responsável se esqueceu de marcar a massagem, resultando em novo atraso (mais 1 hora).
10) Chegada a noite do Reveillon, mais surpresas. Primeiro, faltou luz duas vezes pouco antes da ceia. Depois, NA HORA DA CEIA, não tínhamos mesa para sentar. Fomos jogados de funcionário a funcionário, até que improvisaram uma mesa no meio do salão.
11) No dia seguinte (esperamos que o motivo não seja a ceia), um membro de nosso grupo teve problemas intestinais. O papel higiênico do quarto acabou. Ligamos gentilmente para a recepção QUATRO vezes. Na QUINTA VEZ, foi preciso especificar o que estava se passando para conseguir alguma atenção e o esperado papel higiênico.
12) Por falar em ceia. Hoje, três dias após o jantar de ano novo, ainda estamos comendo restos da ceia. É o terceiro dia consecutivo de restos de “Perú à Califórnia” no buffet.
13) O quesito limpeza merece um capítulo à parte. Vamos nos restringir às baratas (três em um quarto e uma no outro) e à sujeira em volta da piscina. Ao mover uma das cadeiras de praia, encontramos embaixo dela: bolos de cabelo, colher, lata, copos, papel de sorvete, embalagens e até um coco verde inteiro. Cadê a faxina das areas comuns?
14) A resposta em todos os casos era padrão: “não sei”, “pode deixar” e “depois eu vejo”. Parecia que eles tinham sido treinados para isso.
15) Para fechar a viagem com chave de ouro, mais um show de falta de consideração. Ao voltar da praia, encontramos todas as nossas roupas espalhadas pelo quarto: em cima da TV, penduradas na viga de madeira, em cima do criado-mudo, etc. (lembre-se que não há armário). O motivo de tudo isso é tão absurdo como o resto da estadia: RETIRARAM UMA DAS CAMAS DO QUARTO. No quarto onde estão mãe e filho existe agora somente uma cama de casal. Ao falar com Edileuza, ouvimos que Berta, a chefa da Governança, autorizou a retirada da cama sem a nossa autorização (!).
A única coisa boa de tudo isso é que estamos indo embora amanhã. Esperamos que tudo isso seja resolvido antes que o “hotel” Parque da Costeira receba novos turistas desavisados. Aliás, o nome deveria mudar para Parque da Barrigueira, visto que é com a barriga que eles andam empurrando todos os problemas que encontramos durante nossa estadia.
Cordialmente,
Andreas, Karin e Márcia Toscano.
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